A mostra inédita, concebida inteiramente pelo MIS, estreia no dia 16 de agosto e ocupará os três andares do Museu, com recriações de cenários e um panorama dos trabalhos mais influentes do cineasta
Cena icônica de Marilyn Monroe no filme “O pecado mora ao lado”, de 1955, um dos clássicos de Billy Wilder que ganha destaque na nova megaexposição do MIS
(Crédito: Coleção Marc Wanamaker; Bison Archives; Hollywood California USA)
A partir de terça-feira, 6 de agosto, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, inicia a venda de ingressos da megaexposição “O cinema deBilly Wilder”, que homenageia um dos cineastas mais célebres do século 20, diretor de clássicos como Crepúsculo dos deuses e Quanto mais quente melhor. A mostra inédita, concebida inteiramente pelo MIS, tem curadoria do diretor-geral do Museu, André Sturm, e abre para o público no dia 16 de agosto. Os ingressos, de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), poderão ser adquiridos antecipadamente no site https://megapass.com.br/mis. Às terças-feiras, a entrada no Museu é gratuita.
Sobre a exposição
Com recriações de cenários e um panorama de seus trabalhos mais influentes, a exposição vai ocupar os três andares do Museu da Imagem e do Som de São Paulo, convidando os visitantes a mergulhar na piscina de Norma Desmond, dançar com Marilyn Monroe, tramar golpes de indenização no cinema noir, desvendar casos de tribunal concebidos por Agatha Christie, escapar do inferno número 17 e se render aos encantos de Sabrina.
A exposição faz um percurso pela extensa filmografia de Billy Wilder, destacando 13 dos seus 27 longas-metragens, e conta com textos de Ana Lúcia Andrade, especialista na obra do cineasta, autora do livro “Entretenimento inteligente – o cinema de Billy Wilder”. Entre cartazes, fotografias de bastidores, stills de filmes, cenas selecionadas e editadas exclusivamente para a mostra, objetos de cena, figurinos originais usados nas gravações e depoimentos em vídeo de pessoas que conviveram com o diretor, a exposição consegue aproximar o visitante do fazer cinematográfico, ao mesmo tempo que apresenta e instiga o público sobre a trajetória profissional do homenageado.
Imagem do projeto de um dos espaços da exposição dedicados ao filme “Crepúsculo dos deuses”
“Billy Wilder foi um dos maiores diretores e roteiristas de todos os tempos, um cineasta criativo, genial, corajoso e ousado”, afirma André Sturm. “Seus filmes foram feitos dentro do sistema de Hollywood e conseguiam ser sucesso de bilheteria, ao mesmo tempo em que eram repletos de segundas leituras, fazendo com que o público se interesse por eles até hoje. Seus roteiros ironizavam, de forma sutil e outras vezes nem tanto, hábitos, tabus e assuntos delicados num tempo de forte censura."
Indo desde o primeiro longa-metragem que dirigiu, “Semente do mal” (1934), a exposição faz um passeio que vai muito além da obra de Wilder, ao proporcionar uma viagem pelo próprio cinema. O percurso vai num crescente, exibindo não só a habilidade de comunicação do seu criador, como também expondo os anseios de uma plateia cada vez mais ávida por histórias envolventes e contagiantes. Nesse ritmo, a mostra apresenta ao público salas dedicadas exclusivamente a filmes selecionados pela curadoria, entre eles “Pacto de sangue” (1944), sua mais clássica incursão no cinema noir; “Se meu apartamento falasse” (1960), comédia ácida sobre as relações profissionais e pessoais, com Shirley MacLaine no elenco; “Farrapo humano” (1945), um drama sensível sobre a doença do alcoolismo; e “A vida íntima de Sherlock Holmes” (1970), um suspense bem-humorado sobre o personagem criado pelo britânico Sir. Arthur Conan Doyle. A mostra não deixa de lado as contribuições incontornáveis de Billy Wilder que contaram com a musa e ícone pop Marilyn Monroe no elenco: “Quanto mais quente melhor” (1959), uma espécie de conto shakespeariano vanguardista sobre dois amigos fugindo da máfia, travestidos de mulher, e “O pecado mora ao lado” (1955), responsável por uma das cenas mais icônicas do cinema ocidental: Marilyn com seu vestido branco esvoaçante em cima da grade do metrô. Entre as galerias exclusivas, está também a do filme que se tornou seminal para o cinema moderno, “Crepúsculo dos deuses” (1950), vencedor dos prêmios Oscar de Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora. O filme mostra uma versão pouco explorada dos bastidores da fama e do poder em Hollywood, protagonizado por uma estrela decadente e um roteirista em busca de ascensão. Os destaques da exposição contam, ainda, com os longas “A montanha dos sete abutres” (1951), “O inferno nº 17” (1953), “Sabrina” (1954), “Testemunha de acusação” (1957) e “Irma La Douce” (1963).
O MIS conta com diversos parceiros de conteúdo para a realização desta exposição, como a Biblioteca Margaret Herrick (responsável pela entrega dos prêmios Oscar), a Western Costume Company, o Festival Cannes Lions 2024, a Cinemateca Francesa e o Bison Archives. Como de costume, o Museu oferecerá uma programação especial paralela, que exibe todos os filmes presentes na exposição, além de debates, cursos, masterclasses e bate-papos sobre o cineasta e o cinema de seu tempo.
A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo, e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, VIVO, TozziniFreire Advogados, Grupo Comolatti e Sabesp e apoio institucional das empresas Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Telium. O apoio operacional é Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, Renaissance São Paulo Hotel, Pipo Restaurante, illycaffè, Sorvetes Los Los, Água Mineral São Lourenço, Campari e Delícias by Louise. O apoio de mídia é da Folha de São Paulo, JCDecaux e AdoroCinema.
Serviço
Exposição | O cinema de Billy Wilder
Data: a partir de 16.08
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia); grátis às terças-feiras e na terceira quarta-feira do mês, graças a uma parceria com a B3.
Após sucesso da primeira edição, que ocorreu no Dia dos Namorados, Master Maestros II - Time to Love promove nova noite de emoções no Teatro Liberdade em um show inédito e único com os pianistas Miguel Briamonte e Paulo Braga acompanhados por Jarbas Homem de Mello e Carmen Monarcha
Está chegando a hora de se deixar envolver novamente pela magia dos pianos. Idealizado por Manuel Fernandes e sob direção musical do maestro Miguel Briamonte, “Master Maestros II – Time To Love” chega ao Teatro Liberdade dia 18 de setembro, quarta-feira, 20h30.
O show tem como base dois pianos de cauda no palco e, em cada apresentação, Briamonte estará acompanhado de um maestro convidado, dando vida a um dueto pianístico como nunca visto antes. Nesta edição, os artistas convidados Jarbas Homem de Mello e Carmen Monarcha se juntam ao time.
No repertório, estão lindas e emocionantes canções nacionais e internacionais que exaltam o amor e a chegada da primavera.
SOBRE OS ARTISTAS:
Miguel Briamonte
Diretor musical e\ou regente dos seguintes musicais: “O Fantasma da Ópera”, “A Bela e a Fera”, “Chicago”, "A Família Addams", “O Musical, Mamonas”, “Forever Young”, “Sweet Charity”, “Miss Saigon”, “Cats”, “Ou Tudo Ou Nada”, “Vitor ou Vitória”, “Priscilla, A Rainha do Deserto”, “Hair”, “Castelo Rá-Tim-Bum”, “Peter Pan”. Diretor musical, arranjador e/ou compositor de mais de 50 espetáculos teatrais, entre eles: “Marília Pêra Canta Ary Barroso”, “Mademoiselle Chanel”, “Num Lago Dourado”, “Amigas, Pero No Mucho”, “Os Reis do Riso”, “Operilda”, “Um Réquiem Para Antonio”, “Gonzaga Sinfônico”, “Acordes Celestinos”, “Scapino”, “Sardanapalo”, “Pantagruel”, “Bixiga”,. Compositor, diretor e produtor musical das trilhas dos balés “Enthousiasmous” e “Baobá” e do longa “Salve Geral” ( prêmio de melhor trilha ) e das três temporadas da série “Questão de Família”- GNT. Diretor e produtor musical, arranjador e pianista de todos os espetáculos nacionais e internacionais dos artistas: -Edson Cordeiro - de 1990 a 1997 e dos três primeiros cds do cantor, que lhe renderam dois Prêmios Sharp de Melhor Arranjador Nacional nos anos de 1992 e 1996 e uma indicação em 1994; - Carmen Monarcha; - Fafá de Belém.
Paulo Braga
Paulo Braga desenvolve intenso trabalho de pesquisa sobre o piano no Jazz e na MPB, bem como suas fusões com a música de vanguarda. Músico requisitado da cena musical, é integrante do Trio Bonsai, do Trio 3-63 ,duos com Letícia Sabatella e com o guitarrista Lupa Santiago. Desde 1988, é parceiro de Arrigo Barnabé em diversos projetos.
Paulo é jundiaiense, formado em piano pelo Conservatório de Tatuí e foi o responsável pela criação do Departamento de Música Popular, que coordenou até 1994. Foi professor da UNICAMP até 2002. Exerceu a função de Coordenador Artístico e Pedagógico na EMESP – Tom Jobim (Escola de Música do Estado de São Paulo) de 2009 até 2023. Como professor, já participou de festivais em Tatuí, Curitiba, Ourinhos e ministrou workshops na Juilliard School em NYC, se apresentando na programação do Carnegie Hall.
Braga também atua como curador, tendo participado do Prêmio Visa Instrumental, Itaú – Rumos, Jam SESC, Festival Brasil Instrumental, Mostra de Piano na Casa de Francisca, IlhaBela in Jazz, Festival Moacir Santos. Atuou como solista frente algumas importantes orquestras e grupos, dentre eles a Banda Sinfônica e Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, a Royal Philarmonic Concert Orchestra, a Camerata Villa Lobos, a Camerata Antiqua de Curitiba, e a Orquestra Sinfônica e Camerata de Cordas de Tatuí,Quarteto da Cidade de São Paulo, Quarteto de Cordas da OSESP, Orquestra Sinfônica de Campinas, Orquestra Sinfônica de Jundiaí.
Em 2023 lança o álbum FAROL com o Paulo Braga Piano Trio, formado com Edu Ribeiro-bateria e Bruno Migotto-contrabaixo. Em 2024 retoma alguns projetos, dentre eles o "Piano Solo", trazendo releituras do trabalho autoral e de outros compositores com a liberdade só possível neste formato.
Jarbas Homem de Mello
Jarbas Homem de Mello é o ator, dançarino, cantor, diretor e roteirista que ficou conhecido por atuar em várias peças do teatro musical brasileiro.
Desde 1990 dedica a sua carreira ao teatro, principalmente musicais, onde é considerado um dos mais consagrados atores do ramo. Consolidou sua carreira no teatro, sobretudo por atuar em musicais como “O Fantasma da Ópera”, “Zorro”, “Os Miseráveis”, “Crazy For You” , “Chaplin” (2016) e “Cantando na Chuva” (2017). Recentemente foi um dos protagonistas do musical “Tarsila, a brasileira” e faz o show "Jarbas Homem de Mello canta Queen".
Carmen Monarcha
Soprano de fama internacional, formada em Solo Singing Performance pelo Conservatorium Hooge School Masstricht/Holanda, com aperfeiçoamento na Áustria e Alemanha. Representou o Brasil por mais de 18 anos ao lado do maestro Andre Rieu e sua Johann Strauss Orquestra nas turnês mundiais que percorreram mais de 70 países.
Carmen ganhou o reconhecimento da mídia internacional e do público com sua voz e carisma, apresentando-se em célebres halls como – Walbüne/Berlim, International Forum Hall/Tokyo, Fox Theater/Saint Louis e Detroit, Semper Oper/Dresden, Stade de France/Paris, O2 Arena/Londres entre outros.
Venceu vários concursos de canto lírico no Brazil, dentre eles o reconhecido Concurso de Canto Internacional Bidu Sayão. Participou ativamente dos principais festivais de música e ópera do país como o renomado Festival de Inverno de Garanhuns-PE; Festival de Inverno de Campos do Jordão; Festival Internacional de Ópera do Amazonas e o Festival de Ópera do Theatro da Paz.
Percorreu os principais palcos do país em parceria com o Tenor Thiago Arancam em sua turnê Bella Primavera e como solista convidada de orquestras. Ao lado do pianista Daniel Gonçalves e Miguel Briamonte, faz uma fusão entre estilos musicais, indo da ópera e música de câmera à MPB, jazz e pop com seus arranjos exclusivos e únicos, firmando-se como uma artista Crossover de referência no mercado musical. Seu último CD, “Amore”, com direção musical do maestro Renato Misiuk, ficou em primeiro lugar nas vendas do estilo clássico nas melhores lojas do ramo.
Seguindo o legado de sua mãe, a Mestra Marina Monarcha, paralelamente a sua carreira como cantora, Carmen vem se dedicando a preparação vocal e artística das novas vozes do cenário musical atual, através de Master Classes e atuando nas atividades pedagógicas e no fórum acadêmico do “VI Encanta” da Fundação Carlos Gomes em Belém/PA.
Mentorada pelo renomado escritor e psiquiatra Dr. Augusto Cury, defende o estudo da Voz como ferramenta fundamental de auto conhecimento e comunicação, aproximando-nos da origem de nossa essência e personalidade. Através do estudo da Voz e do poder da música, acredita ser possível obter a clareza de propósito pessoal necessária para uma boa qualidade de vida e saúde emocional.
Mais informações sobre o Teatro Liberdade e sua programação em:
A partir do dia 6 de agosto, o SescTV traz uma programação especial com compositores e estudiosos brasileiros que renovaram a forma de compor e são referência na música contemporânea: Gilberto Mendes, Edino Krieger e Hans-Joachim Koellreutter.
Todos os programas ficarão disponíveis sob demanda após a exibição pelo SescTV.
O primeiro documentário a ser exibido é Gilberto Mendes e a Música Nova, de Marcelo Machado, no dia 6 de agosto, às 16h30. O filme homenageia o compositor e maestro e traz depoimentos de representantes importantes da música instrumental contemporânea. Na semana seguinte, dia 13 de agosto, às 16h30, Edino Krieger e as Bienais da Música Contemporânea, com Quinteto Brasília, que foi gravado durante o Sonora Brasil, tradicional projeto de música do Departamento Nacional do Sesc.
Para finalizar, o filme Koellreutter e a Música Transparente, dirigido por Cacá Vicalvi e que conta a trajetória do compositor, professor e musicólogo brasileiro de origem alemã Hans-Joachim Koellreutter.
***
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Gilberto Mendes e a Música Nova
O documentário, dirigido por Marcelo Machado, homenageia o compositor e maestro Gilberto Mendes, criador do Festival Música Nova. Depoimentos de representantes da música instrumental contemporânea e peças relevantes recuperam sua importância na cena.
Dia 06/08, terça, 16h30
Edino Krieger e as Bienais da Música Contemporânea, com Quinteto Brasília
O programa exibe o concerto do Quinteto Brasília com peças de Edino Krieger, Osvaldo Lacerda e Vieira Brandão, gravado durante o Sonora Brasil, que viajou mais de 100 cidades. Traz, ainda, entrevistas do compositor Krieger e dos músicos envolvidos.
Dia 13/08, terça, 16h30
Koellreutter e a Música Transparente
Dirigido por Cacá Vicalvi, o documentário conta a trajetória do compositor, professor e musicólogo brasileiro de origem alemã Hans-Joachim Koellreutter.
Dia 20/08, terça, 16h30
Sobre o SescTV
O SescTV é o canal cultural do Sesc São Paulo que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o país. Distribuído gratuitamente para mais de 60 operadoras de TV por assinatura e plataformas de streaming em todo o Brasil, sua grade é composta por espetáculos, documentários, filmes, curtas e entrevistas que tratam de temas como arquitetura, literatura, filosofia, teatro, política, sociedade, ética e cotidiano.
No acervo do canal, que passa dos 10.000 títulos, estão produções próprias e licenciamentos que são distribuídos ao longo da programação para criar uma experiência enriquecedora para o telespectador em todos os horários.Além da programação ao vivo, o site do SescTV oferece uma seleção de produções originais brasileiras e estrangeiras que podem ser assistidas na íntegra, gratuitamente e sem necessidade de cadastro em sesctv.org.br.
Para assistir o SescTV:
Consulte as operadoras e serviços de streaming sobre a disponibilidade do canal.
Peça com Thai de Melo inaugura novo horário no teatro,
com reflexões bem-humoradas sobre as situações do cotidiano.
Com direção de Bruno Guida, Thai de Melo faz sua estreia nos palcos com o espetáculo
Como é que eu vim parar aqui?, no Teatro Unimed. (créditos: @maltoni / divulgação)
Após fazer sucesso nas redes sociais falando sobre moda, comportamento e estilo, Thai de Melo faz sua estreia nos palcos com o espetáculo Como é que eu vim parar aqui?. Com direção de Bruno Guida e produção de Dani Angelotti, a montagem traz as experiências e reflexões da comunicadora de forma cômica e questionadora. O espetáculo estreia na quarta, 07 de agosto, às 20h, no Teatro Unimed, com sessões toda quarta-feira, até 25 de setembro, abrindo um novo dia e horário na programação do teatro, que celebra cinco anos de existência em 22 de agosto. Além do novo horário às quartas-feiras, o Teatro Unimed segue com sua agenda tradicional, com sessões de sexta a domingo: Thiago Soares, em Último Ato (até 18 de agosto), e Marília Gabriela e Theodoro Cochrane, em A Última Entrevista de Marília Gabriela, que retorna em 30 de agosto.
Como é que eu vim parar aqui?
Com uma abordagem de autoficção, que busca conduzir o público por uma jornada profunda pela mente da protagonista, no palco são explorados os momentos em que ela se depara com situações inesperadas, questionando-se sobre as escolhas que a levaram até ali.
“Senti a vontade de transpor o mundo da internet para o teatro sem necessariamente ser didática sobre o assunto. Quero testar essa persona em outro ambiente e nada mais diferente da Internet que o teatro. Segundo minha mãe, eu falei minha primeira palavra aos 10 meses de idade, eu disse ‘água’, talvez isso explique minha sede de me comunicar que agora vou testar em outro lugar”, explica Thai.
A trama acompanha Thai, que inicia a peça de forma reflexiva. Aos poucos, ela transcende suas próprias experiências e começa a se questionar sobre temas universais que ecoam na sociedade contemporânea. Questões como maternidade, casamento, expectativas pessoais e sociais, carreira, traumas, busca pela fama, impacto da Internet e memórias de infância. A narrativa conduz a protagonista a uma jornada de compreensão dessas grandes questões sociais ao longo do enredo. “É sobre como lidar com as expectativas que as pessoas têm sobre a gente. Qual é a linha que nos separa do outro”, descreve Thai.
A narrativa é construída de forma cômica, que permite aos espectadores se identificarem com situações e reviravoltas que a vida apresenta. Simultaneamente, o espetáculo carrega uma carga emocional que ressoa com experiências universais e torna a história da comunicadora não apenas pessoal, mas também popular.
O espetáculo convida o público a refletir sobre as escolhas, aventuras e desafios que marcam cada jornada individual. A obra, também, cria uma oportunidade para se conectar com as histórias de Thai, além de incentivar a reflexão sobre temas cotidianos.
"Estamos criando uma linguagem conjunta para o espetáculo. São criadores que muitas vezes vêm de outros universos, como Ana Ariette, diretora de arte, que não é exatamente cenógrafa, embora já tenha feito cenário; Alexandre Herchcovitch, gênio da moda, que não é necessariamente um figurinista teatral; e Flávia Lafer, que é uma stylist. Além disso, há profissionais teatrais como Dan Maia, responsável pela trilha sonora, e Gabriel Malo, pela direção de movimento. A combinação desses profissionais gera algo inusitado, com a estética apurada e um leve flerte da estética da bufonaria”, detalha Bruno Guida.
A produtora Dani Angelotti conta um pouco sobre desejo produzir uma peça com Thai de Melo, que faz sua estreia no meio teatral: “Acho que cada vez mais, em todas as linguagens artísticas, não somente nas artes cênicas, pensar novos caminhos, atrair novos públicos e dialogar com outras linguagens é um caminho necessário a ser explorado. Thai possui potência e será uma grande revelação nos palcos”, analisa.
Da internet aos palcos
Thai de Melo, nascida em Boa Vista, Roraima, formou-se em jornalismo. Embora nunca tenha exercido a profissão, foi onde aprimorou seu lado comunicativo e questionador e, então, passou a se comunicar na internet. Sua trajetória no mundo da moda começou em lojas de renome, como Cris Barros, e logo evoluiu para a criação de conteúdo digital. Sua habilidade atraiu a atenção de marcas prestigiadas como Gucci, Dior e Prada. Thai ganhou reconhecimento online por conta de sua abordagem como comunicadora de moda.
Sobre Bruno Guida - Diretor
Ator, diretor e tradutor, membro do Lincoln Center Director's Lab, com formação no Teatro Escola Célia Helena, na École Philippe Gaulier, em Paris, e na Escola de Teatro de Moscou (GITIS). Dirigiu espetáculos como Bárbara e A Última Entrevista de Marília Gabriela, de Michelle Ferreira; In Extremis, de Neil Bartlett; Blackbox, do coletivo P.L.U.T.O., The Pillowman, de Martin McDonagh, e outros. Como ator, participou de mais de 20 montagens teatrais.
Sobre Dani Angelotti - Produtora
Possui mais de 20 anos de experiência em direção artística e produção, atuando principalmente nas artes cênicas. É diretora e criadora da Cubo Produções e vice-presidente da APTI. É idealizadora do MIACENA e conta com mais de 50 produções com nomes como Mônica Martelli, Rodrigo Lombardi, Mel Lisboa, Maria Ribeiro, Caco Ciocler, Chico Buarque, entre outros.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Juliana Rosenthal e Thai de Melo
Direção: Bruno Guida
Atuação: Thai de Melo
Direção de arte: Ana Arietti
Figurinos: Alexandre Herschcovitch e Flavia Laffer
Iluminação: Cesar Pivetti
Trilha sonora: Dan Maia
Direção de movimentos: Gabriel Malo
Assistente de direção: Giselle Lima
Fotografia: Mariana Maltoni
Designer: Lucas Cobucci
Assessoria e Imprensa do espetáculo: Adriana Balsanelli
Assessoria de Imprensa Teatro Unimed: Fernando Sant’ Ana
Assessoria jurídica Teatro Unimed: Carolina Simão
Gerente técnico Teatro Unimed: Reynold Itiki
Comunicação Teatro Unimed: Dayan Machado
Produção Executiva: Camila Scheffer
Direção de Produção: Dani Angelotti
Idealização: Thai de Melo e Dani Angelotti
Teatro Unimed
O Teatro Unimed está localizado em um dos pontos centrais da cidade de São Paulo: esquina da Rua Augusta com a Alameda Santos, a apenas uma quadra da Avenida Paulista e da estação de metrô Consolação (linha 2 Verde). Muito versátil, com o que existe de mais moderno em tecnologia cênica, ideal para espetáculos de teatro, música, dança, eventos, gravações e transmissões ao vivo, o Teatro Unimed é o primeiro teatro criado pelo arquiteto Isay Weinfeld e ocupa o primeiro andar do Santos Augusta, empreendimento da desenvolvedora Reud, combinação única de escritórios, café, restaurante e teatro, o que permite uma experiência completa, antes e depois de cada espetáculo. Elegante e integrado ao lobby no piso térreo, o Perseu Coffee House é a porta de entrada do Teatro Unimed. Com mobiliário vintage original dos anos 50 e 60, assinado por grandes nomes do design brasileiro, como Zanine Caldas, Rino Levi e Carlo Hauner, e uma carta de cafés, pratos e drinks clássicos, é o lugar perfeito para encontros informais, desde um café da manhã até o happy hour. O Casimiro Ristorante, localizado no quarto andar do edifício, é uma iniciativa de um dos mais admirados e tradicionais restaurantes de São Paulo, o Tatini, fruto da dedicação de três gerações de profissionais voltados para a gastronomia italiana de qualidade: Mario Tatini, Fabrizio Tatini e Thiago Tatini.
Abertas ao público, atividades acontecem nos sábados 10 e 17 de agosto, nos dois espaços da Pampulha, e incluem apresentações de choro, brincadeiras e confecção de brinquedos, oficina de plantas medicinais e contação de histórias
Celebrado no dia 17 de agosto, o Dia Nacional do Patrimônio Cultural surgiu em 1998, em homenagem ao advogado e escritor mineiro Rodrigo Melo Franco de Andrade, criador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O patrimônio cultural é composto por monumentos, conjuntos de construções e sítios arqueológicos, de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas. Esta composição está definida na Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural, elaborada na Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em Paris (França), em 1972, e ratificada pelo Decreto No. 80.978, de 12 de dezembro de 1977.
Neste ano, no Circuito Municipal de Cultura, o Dia do Patrimônio Cultural contará com atrações culturais em dois espaços da Pampulha: a Casa do Baile e o Museu Casa Kubitschek. As atividades acontecem nos sábados 10 e 17 de agosto, e incluem apresentações de choro, brincadeiras e confecção de brinquedos, oficina de plantas medicinais e contação de histórias. A programação é aberta ao público. Este evento conta com apoio cultural do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, através de recursos do Fundo Especial do Ministério Público - FUNEMP.
A programação começa no dia 10 de agosto, sábado, às 15h, quando a Casa do Baile recebe a atração “Voos Rasantes - Rabiola Brincando Pela Cidade”, do Rabiola - Instituto Cultural de Arte e Educação. O grupo busca promover arte, cultura, educação e cidadania em Belo Horizonte por meio da confecção de brinquedos e das experimentações com materiais diversos. Nesta edição, três brincantes vão conduzir as atividades culturais, que terão materiais como pés de lata, cordas, bolinhas de gude, peões, rolimãs, brinquedos de papel, bolhas de sabão gigantes e arenas. O Rabiola trabalha, ainda, a música e o patrimônio cultural através de brincadeiras cantadas e cantigas de roda.
Quem também se apresenta na Casa do Baile, no dia 10, às 16h30, é a flautista Raissa Anastásia. No show “Raissa Anastásia e Regional”, que traz um repertório com forte presença de músicas autorais, a artista divide o palco com as instrumentistas Bia Nascimento (violão), Analu Braga (Pandeiro) e Maria Elisa Pompeu (Cavaquinho). A apresentação mescla choro, frevo, baião e composições autorais, destaca o trabalho de compositoras mulheres, para levar ao conhecimento do público a produção artística de mulheres da cena instrumental do choro de Belo Horizonte.
No dia 17 de agosto, sábado, às 10h, acontece no Museu Casa Kubitschek a oficina “Minhas Plantas, Meu Quintal”. A iniciativa foi criada pelo Coletivo Minhas Plantas, Meu Quintal, grupo do bairro União que há 40 anos resgata a memória de raizeiras e benzedeiras locais e trabalha a utilização das ervas e plantas medicinais. Tendo participado e realizado de diversos eventos ao longo desses anos, como o “Encontro Nacional de Agroecologia - ENA”, em 2018, o coletivo recebeu o título de Ponto de Cultura Nacional, em 2023. As ações do coletivo geralmente envolvem distribuição de mudas e ervas medicinais, prosas e troca de saberes e degustação de chás.
Logo depois, às 11h, o Museu Casa Kubitschek recebe a atração “Coisas da mata, a hora da caipora”, da atriz e narradora de histórias Rosilda Figueiredo e do ator e violeiro Dario Marques. Trata-se de um espetáculo de contação de histórias cênico musical voltado para o público infantojuvenil, que apresenta um caçador que se encontra com a Caipora e o Anhangá, seres encantados da tradição oral brasileira. A montagem do espetáculo foi realizada com a mescla de diversas linguagens artísticas, resultando numa concepção estética que alterna entre o teatro e a contação de histórias.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!