Após o estrondoso sucesso do single “Alô Ex”, faixa do álbum TDP 20 – Nossa História que comemorou as duas décadas de sucesso do grupo, o Turma do Pagode acaba de disponibilizar em todas as plataformas de streaming “Não Sou Brinquedo”.
Com uma fusão única e explosiva do pagode com o funk somada a um refrão marcante, a faixa é a primeira colaboração do grupo com MC Don Juan, um dos maiores expoentes da música urbana, e promete atingir o topo dos principais charts.
Produzida pela Turma do Pagode com arranjos de Marcelinho TDP, “Não Sou Brinquedo” fala daquela garota que liga no meio da madrugada para encontrá-lo, então some e do nada aparece novamente. O refrão ‘mais que dá vontade dá’, simples e direto, gera uma identificação imediata com o público e entrega a vontade reprimida de quem sabe que é feito de brinquedo.
“Essa música chamou muito a nossa atenção em uma das audições para seleção de repertório para um novo projeto. O Marcelinho sugeriu a inclusão de uma rima em uma das partes da música e o Thiagão pensou de cara em MC Don Juan. Na mesma hora entrou em contato com o empresário dele que adorou a ideia e liberou”, lembra Fabiano.
“Quando o Marcelinho deu a ideia de incluir uma rima na música, de cara pensei no MC Don Juan. Ele é um artista que todos nós gostamos muito e todo mundo adorou a ideia. A música combinou perfeitamente com ele, estamos muito felizes com o resultado final e esperamos que o nosso público e o dele curta bastante”, diz Thiagão.
“Essa música com Turma do Pagode é uma realização pra mim, sempre esperei por esse convite até porque gosto muito do som dos caras. Espero que tenha representado no pagode, muita responsabilidade participar de um projeto desses. Mais um som feito com coração na rua”, diz MC Don Juan.
Gravado em um rooftop na Zona Norte de São Paulo, o clipe de “Não Sou Brinquedo” está disponível no canal oficial do grupo no YouTube. Assista aqui.
Leiz (tantã e vocal), Caramelo (banjo e vocal), Rubinho (pandeiro), Thiagão e Neni (percussão), Marcelinho TDP (cavaquinho), Leandro Filé (violão) e Fabiano Art (surdo) somam 10 milhões de seguidores nas redes sociais, 7 milhões de ouvintes mensais no Spotify, 3 bilhões de visualizações no canal oficial no Youtube e 5 bilhões de áudio/vídeo streams nas plataformas digitais.
O dia 28 de janeiro marca a data oficial da criação da Companhia, que anuncia as atividades previstas para o ano
Cena de Memória em Conta-Gotas – Crédito Iari Davies | Cena de Gnawa – Crédito Iari Davies | Cena de O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos – Crédito Marcelo Machado | Cena de Petrushka – Crédito Iari Davies
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa –, completa 16 anos de existência em 28 de janeiro. Para celebrar a ocasião, a Companhia anuncia a programação da Temporada 2024.
“Que alegria poder celebrar os 16 anos da São Paulo Companhia de Dança! Preparamos um 2024 repleto de atividades que confirmam e expandem nossa missão de difundir a dança para diferentes públicos, em diversos palcos, sejam eles no Brasil ou fora, físicos ou virtuais, por meio de apresentações, streamings, ações educativas e de formação de plateia, livro, documentários, entre tantos outros. Seguimos em movimento e dançando”, celebra Inês.
Oficina de Dança
As ações começam no sábado, dia 27/1, na sede da São Paulo Companhia de Dança, no bairro do Bom Retiro, com duas Oficinas de Dança. Das 9h às 10h30, Thamiris Prata, bailarina do elenco, ministra a oficina de Balé Clássico. Das 11h às 12h30, é a vez do professor-ensaiador da casa, Bruno Veloso, com a oficina de Dança Contemporânea. As oficinas são gratuitas e a idade mínima para participar é 14 anos. Também é recomendado nível intermediário nas modalidades. A ação – que está com as vagas esgotadas - faz parte do eixo Educativo e possibilita que os participantes conheçam um panorama sobre como funciona uma aula em uma companhia profissional.
Temporada 2024
Intitulada Tornar visível o invisível, esta temporada foi inspirada pelo poema de Orhan Pamuk e sua definição de amor;
“O amor é a capacidade de tornar visível o invisível e o eterno desejo de sentir o invisível em nós próprios”.
Orhan Pamuk
“A dança é um diálogo sem palavras, onde cada gesto, cada salto, cada pirueta é uma frase carregada de significado. Ao assistir a um espetáculo, somos transportados para um espaço onde o tempo externo parece suspender-se, deixando-nos à deriva em um oceano de emoções que transbordam dos artistas e ecoam na plateia”, nos conta Inês.
As apresentações têm início em junho, quando a SPCD sobe ao palco do Teatro Sérgio Cardoso com dois programas diferentes. De 21 a 23 de junho, a SPCD apresenta Le Chant du Rossignol (2023), de Marco Goecke; Odisseia (2018), de Jöelle Bouvier; e a inédita Mingmu, de Jomar Mesquita. Na semana seguinte, de 28 a 30 de junho, o público confere Petrushka (2023), de Goyo Montero; Memória em Conta-Gotas (2023), de Lili de Grammont; e Gnawa (2009), de Nacho Duato.
No segundo semestre, as apresentações acontecem no Theatro São Pedro, entre os dias 22 e 25 de agosto. No repertório, The Eighth, de Stephen Shropshire; e Cartas do Brasil, de Juliano Nunes.
Já entre os dias 31 de outubro e 3 de novembro, a SPCD se une novamente à Orquestra Acadêmica da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) para um programa com música ao vivo na Sala São Paulo. Serão apresentadas a remontagem de Ana Botafogo para Les Sylphides (Chopiniana); A Morte do Cisne, na versão de Lars Van Cauwenbergh; e Madrugada, de Antonio Gomes.
No final do ano, a SPCD volta ao palco do Teatro Sérgio Cardoso com seu O Quebra-Nozes no Mundo dos Sonhos (2022), uma releitura de Márcia Haydée. As apresentações acontecem em 30 de novembro, 1º de dezembro, 4 a 8 e 11 a 15 de dezembro.
Programa de Assinaturas 2024
O Programa de Assinaturas proporciona para o público a chance de estar cada vez mais perto da São Paulo Companhia de Dança. Assinantes têm prioridade de escolha de assento para apresentações da Companhia, preço especial nos ingressos e outros benefícios exclusivos como visita à sede e bastidores, assim como desconto em teatros parceiros. Este ano, o pacote de assinaturas irá englobar os espetáculos realizados no Teatro Sérgio Cardoso, totalizando três programas diferentes. As vendas de novas assinaturas têm início em 28 de janeiro, pelo site www.spcd.com.br/assinatura/.
Programa de Patronos 2024
Outra forma de estar perto da SPCD é por meio do Programa de Patronos, uma ação pioneira de apoio à dança no Brasil com contribuições mensais a partir de R$ 100. O Programa segue uma tendência global, na qual museus e orquestras do mundo todo financiam parte de suas atividades por meio de uma sólida rede de apoio da sociedade civil. Iniciativas dessa ordem aprofundam o relacionamento das instituições culturais com seu público, o que amplia o sentimento de pertencimento quanto à sua atuação, além de se mostrarem importantes para aprimorar a excelência e a continuidade de grandes corpos artísticos. Além de contribuir para que a dança chegue a todos os públicos, o Programa garante uma série de benefícios, como visitas a bastidores de espetáculos e outras ações de interação com os artistas, kits exclusivos SPCD, acesso a pré-estreias e até a possibilidade de acompanhar a Companhia em uma turnê internacional, entre outros, de acordo com a categoria. As informações podem ser conferidas pelo site www.spcd.com.br/patronos/.
Turnê Internacional
Em 2024, a São Paulo Companhia de Dança embarca rumo à Europa para suas já tradicionais turnês internacionais. Entre os meses de fevereiro e março, com organização feita pela Dance Consortium, a Companhia circula por 14 cidades na Irlanda e Reino Unido. Em abril, serão mais duas semanas entre Áustria e Alemanha. Em maio, a SPCD encerra a turnê com passagem por seis cidades na França. No repertório, estão obras assinadas por coreógrafos brasileiros e internacionais. As turnês da SPCD são pagas integralmente pelos teatros que contratam os espetáculos e, além de contribuírem para a difusão da arte produzida em São Paulo no exterior, geram receitas para que a Companhia realize muitas outras atividades no Brasil.
SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 980 mil pessoas em 18 diferentes países, passando por cerca de 160 cidades em mais de 1.100 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, já realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: as Atividades Educativas e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.
DIREÇÃO ARTÍSTICA E EDUCACIONAL | INÊS BOGÉA é doutora em Artes, bailarina, documentarista, escritora, professora nos cursos de especialização Arte na Educação da Universidade de São Paulo e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança da Universidade Regional de Blumenau. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo. Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo (2001-07) e integrou o júri técnico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão (2016-21). É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-04) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado (2007-08). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança. Desde 2022 é também diretora artística e educacional da São Paulo Escola de Dança.
Gratuitas e ministradas pelos docentes Monica Proença e Alister Mazzotti, as aulas serão presenciais entre os dias 26 de fevereiro e 16 de março
Cenas da São Paulo Escola de Dança – Foto de Samira Dantas
A São Paulo Escola de Dança, Centro de Formação em Artes Coreográficas, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, com gestão da Associação Pró-Dança, abre inscrições para um novo Curso de Extensão Cultural: Introdução à Neurologia Funcional para Dança, com os docentes Monica Proença e Alister Mazzotti. As inscrições são gratuitas pelo link, até o dia 15/02.
As aulas acontecem em formato presencial, na sede da Escola, entre os dias 26 de fevereiro e 16 de março e são voltadas a pessoas a partir dos 16 anos. Os docentes, residentes do Canadá, virão ao Brasil especialmente para esta finalidade, como parte do trabalho de difusão de suas investigações e desenvolvimento das suas áreas de pesquisa, ao qual ambos têm se dedicado nos últimos anos. A partir de um currículo elaborado por eles, a ação visa contribuir para o aperfeiçoamento de bailarinos aspirantes e profissionais na prevenção de lesões, com a aplicação de fundamentos do campo da neurociência.
Monica Proença é coreógrafa, professora e jurada de dança, especializada em Dança Moderna, Contemporânea e Ballet Contemporâneo, com mestrado em Pedagogia da Dança para Dança Moderna e Contemporânea pela Universidade Palucca de Dresden, Alemanha e Alister Mazzotti coordenador de dublês que atua à nível mundial e membro de longa data da direção da Associação Alemã de Dublês, além possuir certificações em métodos no campo emergente da Neurologia Funcional e Aplicada, concentrando-se nos últimos anos principalmente no Z-Health® e no ActionTypesApproach®.
SERVIÇO
Curso de Extensão Cultural gratuito – São Paulo Escola de Dança: Introdução à Neurologia Funcional para Dança
Docentes: Monica Proença e Alister Mazzotti
Inscrições: Gratuitas, até 15/02, pelo site da Escola, para pessoas a partir dos 16 anos.
Período de realização: 26 de fevereiro a 16 de março
Criada em 2022 pelo Governo do Estado de São Paulo, a São Paulo Escola de Dança é uma instituição comprometida em dar voz e espaço consistente para a reflexão, o aprendizado e a troca de saberes a partir da especificidade da dança interligada com todas as linguagens artísticas com foco em uma imprescindível valorização da pluralidade. Ela se estrutura em quatro eixos de atuação: Cursos Regulares, que têm como objetivo oferecer formação em técnicas; Cursos Livres, que tem por objetivo promover o acesso a linguagem da dança para população em geral – a partir de 13 anos; Cursos de Extensão Cultural, que visam contribuir para a criação, produção e discussão da dança; Oportunidades e Projetos Especiais, que possibilitam ações afirmativas e de permanência a estudantes de baixa renda e/ou em vulnerabilidade social.
DIREÇÃO ARTÍSTICA E EDUCACIONAL | INÊS BOGÉA é doutora em Artes (Unicamp, 2007), bailarina, documentarista, escritora, professora nos cursos de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da Universidade de São Paulo (USP) e Pós-Graduação em Linguagem e Poética da Dança: Documentário, Memória e Dança da Universidade Regional de Blumenau (FURB) em parceria com a Fundação Fritz Muller (FFM). É autora do “Por Dentro da Dança” com a São Paulo Companhia de Dança na Rádio CBN. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo de 2001 a 2007 e integrou o júri técnico/crítico do quadro Dança dos Famosos do programa Domingão do Faustão/TV Globo de 2016 a 2021. É autora de diversos livros infantis e organizadora de vários livros. Na área de arte-educação foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004) e consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria da Cultura do Estado (2007-2008). É autora de mais de quarenta documentários sobre dança.
É O HIT DO CARNAVAL! POCPOC, de Pedro Sampaio, atingiu a primeira posição do Top 50 Brasil do Spotify nesta sexta-feira (26). Com mais de 1.3 milhão de plays, a faixa é o primeiro trabalho solo do DJ a alcançar o número um do ranking. A faixa soma quase 40 milhões de streams na plataforma. Enquanto o clipe, que conta com a participação da atriz Deborah Secco, tem mais de 10 milhões de visualizações no YouTube.
O sucesso é tanto que a faixa entrou também no Top 200 global, sendo a sexta vez que o DJ e produtor emplaca seu trabalho no chart mundial do Spotify. Também estiveram na lista “DANÇARINA”, “GALOPA”, “NO CHÃO NOVINHA”, “SENTADÃO” e “CHAMA ELA”. Além disso, Pedro Sampaio é o único artista pop masculino brasileiro com duas músicas que ultrapassam 200 milhões de streams no Spotify Brasil, com “DANÇARINA” e “GALOPA”.
O artista já havia atingido a primeira posição da plataforma com “DANÇARINA”, parceria com MC Pedrinho, em 2022. Na época, o hit bateu também o recorde em Portugal de música que mais tempo ficou no topo das paradas da plataforma por 20 semanas, sendo 19 consecutivas, batendo “Despacito”, fenômeno mundial de Luís Fonsi.
No país lusitano, onde Sampaio tem tido cada vez mais espaço, “POCPOC” ocupa a terceira posição. No ano passado, o artista esteve duas vezes no país. Sua turnê solo passou por Açores, Braga e Lisboa, esgotando as maiores casas de shows da região, reunindo mais de 35 mil pessoas. Além disso, Pedro foi atração do Festival de São Mateus, em Viseu, onde teve recorde de público em um único dia. Em 2024, o músico volta a Portugal para se apresentar no Palco Gulp nos 20 anos do Rock in Rio Lisboa.
CARNAVAL
Com uma estrutura de Carnaval cada vez maior, Pedro transita por diferentes formatos de festas, entre eventos públicos e privados, camarotes, trios elétricos, entre outros. No ano passado, foram 14 shows em 9 dias. “Eu fiz meu primeiro carnaval temático, meu primeiro trio em São Paulo… Foi um projeto que tenho muito orgulho! E o mais importante pra mim é poder cantar para públicos diferentes no Brasil todo e receber essa energia em vários cantos do país”.
Em 2024, o músico passará por nove cidades, com cerca de 15 shows em 14 dias. Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Ouro Preto (MG), Porto Seguro (BA), Olinda (PE) e Acari (CE) receberão apresentações do funk star. Com a agenda de verão lotada, ele não pretende ficar parado. “Esse ano vem muita coisa aí (risos). Mais shows, mais trios, um tema que tenho certeza que vocês vão amar e, de quebra, um remix de “CAVALINHO” novo pra galera curtir junto com POCPOC”, finaliza.
CARNAVAL E POESIA NA LÍRICA DE CARLOS CARDOSO E DOS MESTRES
Grandes poetas do Brasil fizeram do carnaval, folia mais popular do país, matéria viva de seus versos: Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, entre outros. Expoente da poesia nacional contemporânea, Carlos Cardoso ingressa esse time de notáveis com "A Pedra no Carnaval". O poema ganha um novo relevo na mídia – e nos olhos do público leitor - neste período de blocos carnavalescos pelas ruas de todo país e nos ensaios para os desfiles da Marquês de Sapucaí no Rio de Janeiro e do Sambódromo do Anhembi em São Paulo. Paralelamente, seu autor expande sua presença nas livrarias com o recente lançamento de sua mais nova incursão poética, Coragem, que tem inspirado uma série de perguntas sobre processos criativos, a busca pela palavra mais adequada a uma frase lírica e transcendental.
Poemas de Cardoso receberam leituras de artistas como: Othon Bastos, Patrícia Pillar, Marco Ricca, Tony Belloto e Malu Mader em interpretações registradas em vídeo, o que lhe garantiu espaço na cena audiovisual.
“A PEDRA NO CARNAVAL” POESIA DE CARLOS CARDOSO DO PREMIADO LIVRO MELANCOLIA
“Espero que a pessoa, ao ler ou ver ou ouvir meus poemas, interprete-os e os sinta de uma forma distinta e, a partir daí, uma conexão comece a ser estabelecida. A poesia dá fruição de mão-dupla, onde os poemas despertam memórias. A poesia do movimento. Por isso, acredito que a poesia estabelece conexões com nossas raízes profundas e, ao mesmo tempo, com o desconhecido”, explica o poeta Carlos Cardoso.
A ouriversaria por trás de sua escolha de palavras, estrofe após estrofe, valeu a ele um duplo reconhecimento em terras italianas. Em meados de novembro, o autor do consagrado Melancolia recebeu, num auditório em Roma, duas prestigiosas honrarias pela força lírica de sua obra e ao humanismo de seu olhar: o Prêmio Amicizia Italia Brasile e La Palma d’Oro di Assissi-Pax. Durante a premiação, Cardoso leu para o público italiano três poemas de sua autoria: “Pedra”, “Ora” e “Calmaria”. Em seu discurso de agradecimento, Cardoso destacou: “Eu sou um brasileiro em Roma. É meu dever como autor - e, sobretudo, como cidadão do meu país - entender que minha presença aqui simboliza um gesto de consideração para com o Brasil. É um reconhecimento de vocês para com o que a minha terra natal produz na arte, no verso”, disse o poeta.
Carlos Cardoso também já tinha sido premiado no Brasil com um dos mais importantes prêmios literários do país, o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2019, como o melhor livro de poesia por Melancolia, reconhecimento que o coloca entre os grandes poetas brasileiros da atualidade. E recebeu a Medalha Pedro Ernesto, da Prefeitura do Rio de Janeiro em 2023.
A PEDRA NO CARNAVAL
No carnaval a pedra
se fantasia de flores,
a pedra tem amores,
dissabores,
a pedra se disfarça
mas não há farsa
que a pedra não veja,
a pedra toma cerveja
e ainda é pedra,
ela percorre a avenida
da saída ao início,
a pedra é doce feito fel,
é mel que figura na louca,
é precipício.
No carnaval a pedra
vive para esclarecer que é pedra,
no carnaval a pedra não reza,
a cartilha?
A pedra se solta na ladeira,
faz besteira, brincadeira?
A pedra namora, beija,
é marinheiro, é bailarina
ou general, a pedra é mal?
A pedra se fantasia, se disfarça,
mas não se esquece que é da massa,
massa mole, pedra dura que não fura,
a pedra é vertigem, é fumaça,
namoradeiro, patrulheira,
é porta-bandeira, se veste de máscara
em formato de pedra,
a pedra ergue, degenera, empedra,
tudo que é não era,
a pedra não erra,
no bloco raso ou fundo
é porco imundo, é bela,
a pedra no carnaval
é só e somente pedra.
Sobre o autor
Carlos Cardoso é um poeta e engenheiro carioca premiado no Brasil e no exterior por sua lírica. Conquistou uma série de honrarias com Melancolia, que foi eleito o melhor livro de poesia pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2019. Seus poemas foram traduzidos e publicados na França, na Espanha, na Itália, em Portugal, nos Estados Unidos, no México, na Colômbia, na Bulgária e na Ucrânia, entre outros países. Em 2021, lançou o aclamado Sol Descalço e, em 2023, regressou às livrarias com o inédito Coragem, todos pela editora Record.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!