Especialista explica como lidar com a coprofagia canina
setembro 15, 2023Hábito, que está relacionado a questões fisiológicas e comportamentais, tem solução com acompanhamento adequado
São Paulo, setembro de 2023 - A coprofagia canina é o termo usado para descrever o comportamento em que os cães consomem suas próprias fezes ou as de outros animais. Embora este seja um comportamento desagradável para os humanos, é relativamente comum no universo canino. Existem vários fatores pelos quais o pet pode exibir o hábito de coprofagia, que podem variar entre casos de deficiências nutricionais, tédio, estresse, curiosidade, comportamento instintivo de limpeza em filhotes. Além disso, existem casos ocasionais e, indiferente da frequência, é necessário que o tutor consulte um médico veterinário para descartar problemas de saúde subjacentes.
Segundo a Dra. Paola Frizzo, professora de Medicina Veterinária da Universidade Anhembi Morumbi, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, este hábito está presente principalmente em cães filhotes e jovens e raramente é identificado em felinos. “O cão pode ingerir as fezes por vários motivos, como desnutrição, presença de verminose, comportamental ou doenças que levem à má absorção intestinal, como a deficiência na produção de enzimas digestivas”.
A veterinária afirma ainda que o hábito pode ser comum em algumas raças. “Alguns grupos têm pré-disposição genética para a coprofagia, por exemplo: Pug, Lhasa-Apso, Yorkshire, Spitz Alemão e Shih-tzu”.
Alerta
A docente afirma que a ingestão de fezes pode ser um sintoma de outras doenças já existentes no cão. “A coprofagia pode estar relacionada principalmente à presença de parasitas intestinais (vermes e protozoários), doenças que afetem a absorção intestinal dos nutrientes, entre elas a Insuficiência Pancreática Exócrina e Doença Intestinal Inflamatória ou até doenças que levem ao aumento do apetite, como Hiperadrenocorticismo e Diabetes Mellitus”, afirma.
“A alimentação desbalanceada, como rações de baixa qualidade ou ingestão de alimentação natural, sem o acompanhamento de um veterinário nutricionista, também pode levar o pet à desnutrição. Sendo assim, o cão sente mais fome e necessidade de obter os nutrientes onde conseguir, seja nas próprias fezes, na de outros animais ou até na terra e areia. Entre os principais fatores de desequilíbrio dietético estão a deficiência de vitaminas do complexo B e a baixa quantidade e qualidade de proteínas nos alimentos ofertados”.
Comportamento
“O ato da coprofagia pode ter origem comportamental, caso sejam excluídas as causas nutricionais, parasitárias e de doenças que levem à má absorção intestinal. A superpopulação de animais no ambiente de convívio, situações estressantes (como mudança de ambiente, novo contactante, ausência dos tutores), confinamento em espaço limitado, síndrome da separação, falta de atenção e cuidados essenciais, principalmente quando filhote, podem levar a esse comportamento. Além disso, repreender o animal na hora do ocorrido pode acabar estimulando o comportamento inadequado do pet”, afirma Paola.
Segundo a especialista, o importante é avaliar a causa e eliminar a possibilidade de parasitismo, desnutrição e doenças que levem à má absorção de nutrientes. Uma vez que todas as doenças sejam descartadas e é identificado que a causa é comportamental, o ideal é buscar o atendimento com um médico veterinário comportamentalista para alinhar um tratamento.
Tratamento
Segundo a professora, existem medicações que podem auxiliar a diminuir o hábito, pois elas agem alterando o cheiro e sabor das fezes. Porém, a causa de base deve sempre ser investigada e o melhor tratamento deve ser instituído pelo médico veterinário responsável. “O tutor deve estar atento a qualquer alteração gastrointestinal, como vômitos, diarreia, fezes com presença de muco e/ou sangue. Também é recomendado um exame coproparasitológico pode ser realizado para investigação da presença de verminoses e/ou protozoários intestinais no cão”.
Caso o dono identifique que houve a ingestão de fezes, o ideal é não “brigar” com o pet. “O correto é evitar a punição no ocorrido, pois o cão pode entender que a correção ocorreu por ele ter defecado e não pela ingestão. Portanto, a repreensão pode gerar mais ansiedade ao animal, entendendo que ao comer as fezes e eliminá-las do local, irá agradar o tutor. Sendo assim, o melhor a se fazer é ignorar a atitude no momento do ato e buscar a ajuda de um médico veterinário para avaliar a causa” afirma Paola.
A médica afirma que o tutor não deve deixar de levar o cão para um acompanhamento especializado. “Em casos em que o pet tenha alguma verminose e/ou presença de protozoários nas fezes a tendência é que o animal se recontamine constantemente, o que torna o hábito recorrente. Caso algum parasita seja diagnosticado através do exame de fezes (coproparasitológico), o ato da coprofagia pode atrapalhar e atrasar o tratamento e a qualidade de vida do cão”, finaliza.
Sobre a Universidade Anhembi Morumbi
Possui laboratórios de última geração e diferenciais como a internacionalidade, já tendo enviado, desde 2006, milhares de alunos do Brasil para realização de cursos no exterior, além de receber centenas de estudantes estrangeiros em seus campi, que se tornaram locais multiculturais para o aprendizado. A Anhembi Morumbi também contribui para democratização do Ensino Superior, ao oferecer cursos digitais com diversos polos dentro e fora de São Paulo. Além disso, o aluno aprende na prática desde o primeiro dia de aula.
Saiba mais sobre a Anhembi Morumbi em link. . Sobre A Ânima Educação Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade do país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por mais de 410 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior e em mais de 700 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Ânima foi um dos destaques do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. Além disso, o CEO, Marcelo Battistela Bueno, foi premiado como Executivo de Valor, no setor de Educação, no Prêmio Executivo de Valor 2022, que elege os gestores que se destacaram à frente de empresas e organizações. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
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