Recorde de bilheteria na Broadway, musical Funny Girl ganha versão brasileira estrelada por Giulia Nadruz e Eriberto Leão
agosto 04, 2023
Dirigido por Gustavo Barchilon, montagem adapta
história original para dialogar com nosso tempo
O clássico dos musicais Funny Girl ganha uma versão brasileira assinada por Bianca Tadini e Luciano Andrey, dirigida por Gustavo Barchilon e produzida pela Barho Produções em parceria com a 7.8 Produções Artísticas. O espetáculo estreia no Teatro Porto, em São Paulo, dia 18 de agosto e segue em cartaz até 8 de outubro, com apresentações às sextas-feiras, às 20h, aos sábados, às 16h30 e às 20h, e aos domingos, às 15h30 e às 19h
Estreado em 1964, Funny Girl tem trilha de Julie Styne, letras de Bob Merrill, texto de Isobel Lennart e foi originalmente estrelado por Barbra Streisand, que também deu vida à protagonista da história na adaptação para o cinema dirigida por William Wyler em 1968.
Recentemente, o musical ganhou uma nova versão americana que acaba de virar um recorde de bilheteria na Broadway. A montagem é protagonizada por Lea Michelle (que vive papel dos sonhos da sua personagem no seriado Glee, pelo qual a atriz ficou conhecida).
A atriz escolhida para viver o papel da protagonista Fanny Brice na versão brasileira é a jovem Giulia Nadruz, que, com apenas 31 anos, tem em seu currículo musicais como West Side Story, O Fantasma da Ópera, Barnum-o rei do show, Tick Tick Boom!, Ghost e Shrek.
Já o seu par na trama, o jogador Nicky Arnstein, é vivido por Eriberto Leão, que encara pela primeira vez um musical da Broadway. Os dois foram escolhidos em um longo processo de audições, que durou duas semanas e contou com mais de 500 candidatos.
O elenco conta ainda com nomes como Stella Miranda (vivendo Rose Brice) e Afonso Monteiro,Alessandra Vertamatti, Alice Zamur, André Luiz Odin, Arízio Magalhães, Cárolin von Siegert,Dante Paccola, Eriberto Leão, Fábio Galvão, Gabi Germano, Marcelo Góes, Mariana Fernandes,Martina Blink, Mattilla, Nábia Villela, Rodrigo Garcia, Rodrigo Varandas, Talihel, Vânia Canto eYasmin Calbo.
Ajudada e encorajada pelo jovem dançarino Eddie Ryan, ela logo vê sua carreira decolar, começa a explorar o humor em suas apresentações e se torna a estrela de Ziegfeld Follies. Certo dia, ela conhece e se apaixona pelo jovem Nicky Arnstein, um jogador compulsivo. Mas enquanto Fanny ascende em sua carreira, o relacionamento deles se deteriora.
Para Gustavo Barchilon, que se lembra com carinho das músicas de Funny Girl interpretadas por Barbra Streisand desde a infância, pois sua família as reproduzia em casa, o musical transcende a questão do feminismo e fala sobre o poder da mulher.
“Quando falamos que a Fanny Brice estava à margem dos padrões, estamos nos referindo a uma época em que a mulher não tinha voz e ela era aquela menina que, desde o começo, disse que seria uma estrela. Uma mulher que já se posicionava e que chegou aonde chegou, é completamente fora dos padrões daquela época. E até hoje estamos discutindo sobre feminismo. Trazer uma biografia feminina e mostrar como existem mulheres poderosas há muitotempo me interessou bastante”, comenta Barchilon.
O diretor conta que a versão brasileira busca adaptar a obra para a nossa realidade atual. “Acho que os clássicos precisam ser revistos, porque tem muitos espetáculos que hoje em dia são politicamente incorretos. E o Funny Girl também tinha alguns pontos assim. Eu sugeri algumas adaptações, expliquei para os detentores dos direitos do espetáculo o porquê estava fazendo isso e eles aceitaram e ficaram curiosos para ver as mudanças. Quem me conhece também sabe que, por mais que a peça se passe em outro lugar ou outra época, busco sempre trazer alguma coisabrasileira”, diz.
Ele ainda explica que nessa adaptação procurou mesclar aspectos da versão original do musical com o filme e outras referências. “Nossa versão é completamente original. Nós acrescentamos e cortamos o texto, inserimos músicas do filme, colocamos músicas que estão na montagem atual em cartaz na Broadway. Além disso, a nossa é a primeira montagem que se passa em um só ato. E toda essa mistura ainda tem um toque brasileiro, né?”, acrescenta.
A montagem tem alguns números grandiosos: são mais de 400 peças de figurino, 35 perucas e uma orquestra com 14 músicos. “Eu não teria como trazer um espetáculo de Julie Styne pro Brasil sem uma orquestra primorosa – o que já foi feito em Gipsy. E o legal é que conseguimos com tudo isso montar um espetáculo clássico que se comunica com os dias de hoje”, comenta oencenador.
Sinopse
“FUNNY GIRL – A GAROTA GENIAL” conta a história de Fanny Brice, uma jovem judia tratada como patinho feio pelos demais. Sonhando com o estrelato e a fama, ela rouba a cena em show local e é contratada por um famoso produtor que resolve investir em sua carreira. Já reconhecida por seu talento nos palcos, Fanny se apaixona pelo jogador compulsivo Nicky. Logo se casam, mas enquanto a carreira da atriz e cantora prospera, o relacionamento dos dois se deteriora.
Ficha Técnica:
Direção Artística: Gustavo Barchilon. Direção Produção: Thiago Hofman. Produtora Associada: Cecilia Simoes. Versão Brasileira: Bianca Tadini e Luciano Andrey. Coreografia / Direção de Movimento: Alonso Barros. Direção Musical: Carlos Bauzys. Figurino: Fábio Namatame. Cenário: Natália Lana. Design de Peruca e Maquiagem: Feliciano San Roman. Design de Som: Tocko Michelazzo. Design de Som Associado: Gabriel Bocutti. Desenho de Luz: Maneco Quinderé. Direção de Arte: Gus Perrella.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
0 comments
Deixe sua opinião sobre o post: Não esqueça de curtir e compartilhar