Hepatites virais: um alerta silencioso para a saúde pública
julho 14, 2023Diagnóstico é desafio, mas os tratamentos são promissores O Julho Amarelo reforça as ações de conscientização sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das hepatites virais. Essa infecção que acomete o fígado pode causar alterações leves, moderadas ou graves, mas, por não apresentar sintomas, pode tornar o quadro do paciente mais delicado. De acordo com dados da Organização Nacional de Saúde (OMS), mais de 1,4 milhão de mortes por ano são causadas por complicações relacionadas a essa doença, em todo o mundo. No Paraná, a Secretaria Estadual de Saúde destaca que a taxa de mortalidade da hepatite C pode ser comparada aos índices do HIV e da tuberculose. Para o Gastroenterologista e Hepatologista do Hospital São Marcelino Champagnat e do Hospital Universitário Cajuru Jean Tafarel, a dificuldade no diagnóstico é um dos fatores mais preocupantes. Por isso, é aconselhável que médicos solicitem exames de hepatite B e C pelo menos uma vez na vida. “A região Sul registra mais casos de hepatite C, seguindo a incidência desse tipo no Brasil. Atualmente, todas as pessoas identificadas com a doença são tratadas, independentemente do grau. Isso significa que 100% delas se curam tomando um comprimido por três meses, sem efeitos colaterais”, detalha. Números alarmantes A hepatite C é a mais severa entre os tipos de vírus, com grande chance de se tornar crônica. É contraída através do sangue contaminado e seus derivados, compartilhamento de seringas e relações sexuais sem o uso de preservativos. Já a hepatite E é de curta duração e cura naturalmente. Na maioria dos casos, é uma doença benigna transmitida por via fecal-oral, pelo consumo de água contaminada. “Pode ser grave em gestantes, mas raramente causa infecções crônicas em pessoas com algum tipo de imunodeficiência. Assim como a hepatite A, a hepatite E não tem um tratamento específico. A maioria dos casos é registrada em países asiáticos”, alerta Jean. Sintomas |
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