A PUC-SP aprovou por unanimidade no Conselho Universitário (Consun), na manhã desta quarta-feira (26/4), uma política de ação afirmativa para contratação de docentes negros. O objetivo é que a Universidade chegue à porcentagem de 37% do total de seu quadro docente – parâmetro percentual de população negra do município de São Paulo, segundo dados do Censo Demográfico de 2010, do IBGE.
A nova deliberação começa a ser aplicada no segundo semestre de 2023 e valerá por seis anos, devendo ser reavaliada bianualmente.
Dados da Pró-Reitoria de Planejamento e Avaliação Acadêmicos (PróPAC), colhidos em 2022 através do plano de trabalho docente, apontaram apenas 5,34% de docentes autodeclarados negros na PUC-SP. “A representatividade é medida que se impõe como de reconhecimento e reparação de nosso passado escravagista”, afirma a profa. Mônica de Melo, pró-reitora de Cultura e Relações Comunitárias.
A atual gestão da Universidade considera importante o enfrentamento do racismo em todas as suas formas: intersubjetivo, institucional e estrutural, entre outros. “A ausência de docentes negros nos quadros da Universidade revela cumplicidade com o ‘pacto da branquitude’ na manutenção de seus privilégios, na exclusão de humanidade das pessoas negras, com uma abolição da escravização sem qualquer reparação, sem qualquer política pública que garantisse educação, trabalho, terra, moradia, ou seja, condições dignas de sobrevivência para a população negra”, afirma a pró-reitora Mônica de Melo.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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