O muralista paulistano Eduardo Kobra inaugurou ontem, 9 de abril, domingo de Páscoa, no mural “Fraternidade”, em frente à Paróquia São Paulo da Cruz (Igreja do Calvário), à rua Cardeal Arcoverde, 950, em Pinheiros, São Paulo, na esquina com a rua Henrique Schaumann. Por volta das 11h, diante de muitas pessoas, entre fãs de seu trabalho e curiosos, Kobra deu os últimos retoques e assinou o mural. Além do lançamento, o Instituto Kobra realizou um evento, também na Igreja do Calvário, a partir do meio-dia. Foi servido no Salão Nobre um almoço para 120 pessoas - 80 delas atendidas pelo projeto “Cracolândia - Da Pedra para a Rocha” e 40 atendidas pelo projeto “Fraternidade O Caminho”.  O evento teve a parceria da Igreja do Calvário, que preparou o muro e os andaimes necessários para a pintura e cedeu suas instalações e estrutura para o almoço.

“Convidamos o chef Henrique Fogaça e, também, o pastor Rica, que trabalha há muitos anos na Cracolândia. Ambos aceitaram participar, imediatamente. Além de cozinhar, Fogaça conseguiu os alimentos para o almoço. O pastor Rica trouxe, além das 80 pessoas resgatadas pelo projeto, para almoçarem, 15 pessoas do projeto que já estão em fase de reinserção, para integrar a equipe de serviço, como garçons e outras funções”, disse Kobra, que finalizou o mural por volta das 10h30, com os últimos retoques e sua assinatura. No mural de 62,70 metros por 7,60 metros foram utilizados 200 litros de tinta, 60 litros de solvente, 30 rolos de fita crepe e 120 latas de spray.

Kobra também destaca a receptividade que recebeu deste o início de todos na Igreja do Calvário. De acordo com o Padre Norberto Donizetti Brocado, que lidera a Paróquia, “desde quando nos foi apresentado pelo Instituto Kobra o projeto para uma nova pintura no muro de nossa igreja, o abraçamos com ousadia e esperança.  Creio que arte dessa pintura do Eduardo Kobra pode gerar sempre mais a solidariedade e Fraternidade entre todas as pessoas”. Durante a inauguração, o padre abençoou o mural: “Que essa obra de arte seja para o bairro de Pinheiros, para a cidade de São Paulo, para o Brasil e para o mundo, um sinal de que é possível ter um novo jeito de nos doarmos, de resgatarmos pessoas para a vida e de sermos sempre fraternos. Aos católicos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém”.  O bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo. Dom Rogério Augusto das Neves, destacou que “solução para todos os problemas a gente não tem, mas iniciativas como essas, de pessoas que se empenham em prol de boas causas, podem amenizar os problemas de muitas pessoas”. E finalizou: “nós todos somos filhos de Deus, imperfeitos, mas a gente pode fazer muita coisa se temos boa intenção e o coração bom. Que esse painel maravilhoso fique impresso no muro e no coração de cada pessoa, com essa mensagem tão positiva”.     

O muro da Igreja do Calvário, um dos primeiros que o artista fez fora do bairro onde nasceu, o Campo Limpo, é tradicional na trajetória de Kobra. Já foram mais de 20 murais no local. O artista urbano recorda que começou a pintar de forma ilegal e que durante muitos anos renovava o grafite a cada ano ou às vezes a cada seis meses, sempre sem permissão para a pintura. “Acho que gostaram desde o início, já que faziam vistas grossas. Eu chegava lá, colocava a escada e pintava. Aos poucos, conheci o padre e pessoas da igreja e passaram a autorizar-me ou até mesmo a convidar-me para fazer os murais”, conta Kobra, que tem atualmente o mural “Coexistência” - feito em 2021, durante a Pandemia - em outro muro da igreja, na rua Henrique Schaumann, onde também já realizou diversas obras.

Kobra fala sobre o processo produtivo do mural que entregou no domingo. “Resolvi utilizar uma imagem direta para falar desse tema tão delicado: a fome”, diz, acrescentando que gostaria de não precisar falar sobre esses assuntos nos murais. “Se o mundo fosse diferente, eu não falaria sobre esse tema. Mas basta a gente andar pelas cidades do Brasil ou mesmo em grandes cidades e capitais do mundo, que a gente vê famílias inteiras nas ruas, pessoas em situação de fome, muitas vezes devido a outro grave problema, que é o desemprego. Como resultado, há o desequilíbrio social e a desigualdade. Nesse mural, criei duas mãos que ocupam o painel inteiro. Uma das mãos é de um idoso ou idosa que oferece um prato de comida. A outra, que recebe, simboliza de forma geral todas as pessoas do mundo que passam por esse tipo de situação”, conta.

Na pintura, a mão que oferece o prato de comida tem as características pictóricas do artista. Já a mão que recebe, tem referências ao mapa mundi. Simboliza, como disse Kobra, que a fome é um problema existente em vários países, mas também que combatê-la deve ser uma causa mundial. “O mural busca ser simples e direto para sensibilizar as pessoas que transitam pela região ou que vão conhecer o mural através da mídia e redes sociais. Que sua mensagem ajude a tornar as pessoas mais solidárias, a doarem mais, a se doarem mais, enfim, a ter mais fraternidade e solidariedade para ajudar ao próximo”, afirma Kobra.

            Foi no mesmo sentido que o chef Fogaça entrou no evento. “Quando Kobra ligou, dizendo que iria refazer o muro da Igreja do Calvário e fez o convite para que eu participasse da ação e servisse 120 pessoas em situação de vulnerabilidade, aceitei na hora. Esse é o tipo de ação que já estou acostumado a fazer. Sempre tenho prazer em contribuir. Fiquei muito feliz por ter sido convidado para um trabalho tão importante dentro da cidade de São Paulo e poder ajudar”, disse o chef, que foi elogiadíssimo durante o evento e que acrescentou: “o importante é que fizemos na Páscoa um almoço e servimos as pessoas, proporcionando um momento de alegria para elas e, também, para nós mesmos. Que a data inspire muita gente para ações durante o ano inteiro”.

Veja o cardápio que foi servido no almoço

Entrada: Polenta com ragu de linguiça 

Prato Principal: Moqueca de banana da terra com peixe branco, arroz e farofa com pimenta dedo de moça 

Sobremesa: Brigadeiro com calda de chocolate.

Sobre Eduardo Kobra

Eduardo Kobra, 48 anos, tem 3.000 murais, em cerca de 35 países e em diversas cidades e estados brasileiros – como “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “The Times They Are A-Changin” (sobre Bob Dylan), em Minneapolis; “Let me be Myself” (sobre Anne Frank), em Amsterdã; “A Bailarina” (Maya Plisetskaia), em Moscou; “Fight For Street Art” Basquiat e Andy Warhol), em Nova York; e “David”, nas montanhas de Carrara. Em todos os trabalhos, o artista busca democratizar a arte e transformar as ruas, avenidas, estradas e até montanhas em galerias a céu aberto.  Dois desses murais entraram no Guinness Word Record como o “maior mural do mundo”. Primeiro “Etnias – Todos Somos Um”, no Rio de Janeiro, com cerca de 3.000 metros quadrados e, depois, o “Mural do Chocolate”, localizado na rodovia Castelo Branco, em Itapevi, em São Paulo, com 5.742 metros quadrados. Em setembro do ano passado, Kobra fez o mural “The Future is Now!”, de 24 metros de comprimento por 14 metros de altura (336 metros quadrados), em uma das fachadas da Organização das Nações Unidas, em Nova York, cidade onde podem ser vistas 22 de suas obras.

Instituto Kobra: a arte como instrumento de transformação social

            Nascido em 2020, o Instituto Kobra, acredita na arte como instrumento de transformação social de crianças, adolescentes, jovens e mesmo adultos.  Fundada e presidida pelo artista Eduardo Kobra, a instituição parte da própria biografia de seu criador para fundamentar a importância e o papel da cultura como agente transformador de vidas e realidades. O Instituto Kobra promove ações, prioritariamente em comunidades e leva manifestações artísticas - não só das artes plásticas e do grafite, mas também da música, do teatro e da literatura - àqueles que têm menos acesso a museus e centros culturais.

             Uma experiência embrionária foi o projeto Galeria Circular, em 2019. Transformado em galeria itinerante de arte, um ônibus adaptado percorreu 12 bairros da região metropolitana de São Paulo apresentando 14 obras de Kobra que estiveram ou ainda estão expostas em diversos locais pelo mundo. O artista idealizou e participou de todos os dias do projeto.

            O Instituto Kobra surgiu também para funcionar como um espaço para promoção de causas por meio da arte — principalmente aquelas que fazem parte dos princípios do muralista, como a defesa do meio ambiente, o discurso pacifista, a pauta antirracista, o respeito entre os povos e a luta pela liberdade.

            Neste sentido, devido ao combate à pandemia do Covid-19, a primeira ação concreta da instituição foi usar sua arte para levar oxigênio para hospitais de Manaus.  Kobra - como já destacado no tópico “Obras com a temática da Pandemia e da Saúde”, mas que repetimos aqui - transformou um cilindro de oxigênio, em desuso, de 1m30, em uma obra de arte, exemplar único, chamada “Respirar”.  Pintou o cilindro como se fosse um recipiente transparente, com uma árvore plantada dentro. A obra foi adquirida por 700 mil reais. Os recursos obtidos com a venda da peça foram aplicados integralmente na construção de duas usinas de oxigênio no Amazonas. Na prática, isso significou 20 leitos de UTI’s beneficiados 24h por dia, numa ação perene, que ficaram como legado. Em um dia, a usina gera 480 horas de oxigênio. Em um mês, são 14.400 horas. “A título de comparação, um cilindro abastece um leito de UTI com oxigênio por até 10 horas. Ou seja, para fazer uma entrega equivalente à usina, seriam necessários mais de 1.400 cilindros por mês.”, contou o muralista.

Em outra ação, Kobra utilizou seu talento para uma campanha que ajudava famílias desassistidas, com situação de vulnerabilidade ainda mais agravada pela pandemia do covid-19. Após Kobra criar o painel Coexistência, onde mostrava crianças de cinco religiões – budismo, cristianismo, islamismo judaísmo e hinduísmo – em oração e vestindo máscaras, o Instituto Kobra sorteou uma serigrafia da obra entre as pessoas que fizeram doações. Com o valor arrecadado, R$ 450 mil, foram produzidos e distribuídos 20 mil kits com alimentos e produtos básicos de higiene.

        Mas o Instituto Kobra não se resumirá a ações desse tipo. No projeto estão previstas a construção de uma sede e outras maneiras de promover a cultura, como palestras, oficinas e a realização de pinturas públicas. Além do próprio Eduardo Kobra, a entidade viabilizará a presença de outros muralistas e grafiteiros, brasileiros e estrangeiros, que, por meio de intercâmbios culturais, irão levar sua arte, seu conhecimento e suas histórias de vida aos brasileiros. O artista escolheu a cidade de Itu, no interior de São Paulo, onde reside, para ser a sede do Instituto. 

A área foi cedida pela prefeitura da cidade, na antiga Fepasa, com concessão de 20 anos. O espaço é composto por barracões, com mil metros quadrados de área coberta e uma grande área verde, de aproximadamente quatro mil metros quadrados, no entorno.  Entre várias ações, Kobra pensa em levantar paredes a céu aberto e reunir no Instituto artistas do mundo todo para intervenções artísticas no espaço. A sensibilidade do muralista para o tema vem do berço. Kobra nasceu em 1975, no Jardim Martinica, Campo Limpo, bairro da zona sul paulistana. Da mesma maneira como a arte mudou sua vida, ele acredita que a cultura e a educação podem ser ferramentas de transformação social para muitos brasileiros, especialmente os jovens.

Sobre a Igreja do Calvário*

“A Igreja do Calvário é uma paróquia católica que tem como padroeiro São Paulo da Cruz e desde a fundação é administrada pelos passionistas, evangelizando no bairro de Pinheiros e região. Além das missas para atender os devotos da região, catequisamos crianças, ministramos cursos de batismo, noivos e outras tantas pastorais, para as diversas necessidades da igreja. Os movimentos que servem o público estão focados no ECC (Encontro de Casais com Cristo), que evangeliza e acolhe casais em encontros de imersões únicas, em finais de semana inesquecíveis para os participantes. Temos uma creche (CCA) com mais de 120 crianças gratuitamente assistidas em conjunto com a Prefeitura de São Paulo, onde o perfil assistido são pais que trabalham ou moram nas imediações e deixam seus filhos aos nossos cuidados. Nos orgulhamos de ser uma creche de referência em São Paulo, servindo de modelo para outras unidades que queiram iniciar ou melhorar os trabalhos semelhante ao nosso. 

            Uma grande ação de reeducação alimentar é efetuada na creche, inserindo comida natural, diminuindo ao máximo os alimentos processados - como biscoitos, bolachas, doces industrializados - comida industrializada, inserindo frutas frescas, saladas, legumes, doces e bolos caseiros na alimentação e reeducação alimentar das crianças.

            Fazemos uma ação fraterna doando mais de 100 cestas básicas mensais para necessitados cadastrados e na pandemia chegamos a atender mais de 250 cestas básicas no pico de fornecimento, tudo graças às doações recebidas e complemento da Igreja do Calvário.

Mantemos, em parceria com a Fraternidade o Caminho, a nossa comunidade São Gabriel de dependentes químicos na cidade de Itu, onde atualmente 20 internos são gratuitamente assistidos, para se tratar da dependência química.

Por tudo isso e mais, somos gratos a Deus. Desde quando nos foi apresentado pelo Instituto Kobra o projeto para uma nova pintura no muro de nossa igreja, abraçamos o projeto com ousadia e esperança.  Com o projeto “Fraternidade”, entramos em plena unidade com a Campanha da Fraternidade deste ano de 2023.  Creio que arte dessa pintura do Eduardo Kobra pode gerar sempre mais a solidariedade e Fraternidade entre todas as pessoas.  Continuamos a ser fiel ao nosso mestre Jesus Cristo: ‘Dai-lhes vós mesmos de comer.’ (MT 14,16). Feliz e Santa Páscoa da Vida e Fraternidade.” 

*Depoimento enviado pelo Pe. Norberto Donizetti Brocardo, que lidera a Paróquia, com padres auxiliares.

Sobre o projeto “Cracolândia – de Pedra para a Rocha” *

Alguns quarteirões situados no centro de São Paulo, a cidade mais rica do país, são palco todos os dias de um espetáculo nada glamouroso. Segundo as autoridades, cerca de duas mil pessoas, das quais aproximadamente 400 são crianças e adolescentes, dividem aquele espaço com tendas improvisadas feitas de plástico, papelão e jornais, enquanto se desviam umas das outras em caminhos erráticos e pouco esperançosos.

Conhecida como Cracolândia, a região da rua Helvétia, próxima à Estação da Luz, só consegue chamar a atenção dos demais paulistanos e de todo o País, quando é foco de reportagens da imprensa sobre a degradação social em que vivem aqueles homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos. Enquanto isso, o chamado “fluxo”, como é conhecida a movimentação de compra e venda de entorpecentes, segue ininterrupto e cruelmente fazendo suas vítimas à luz do dia, a céu aberto e aos olhos de quem quiser ver.

Foi nesse ambiente que, em 2013, surgiu a Associação da Pedra para a Rocha, uma organização não governamental (ONG), sem fins lucrativos, dedicada à assistência e à reabilitação social. 

No dia a dia, o pastor Rica, idealizador do projeto, sua família e dezenas de voluntários trabalham em meio a essa realidade levando alimentos a essas milhares de vidas, mas também evangelizando, amando, se doando, cuidando e resgatando sonhos e reconstruindo vidas.

Dentro da Cracolândia, encontraram pessoas que perderam suas esperanças, que foram abandonadas, vivem a maior parte de suas vidas ou até mesmo nasceram nessa realidade. Por isso, a missão do projeto é também ouvir suas histórias, levar afetividade e mostrar que ainda há uma chance de transformação e recomeço.

Diariamente são mais de 2.000 refeições são oferecidas à comunidade, além de eventos como Festa das Crianças, Festa de Natal, noite do hambúrguer, do sushi e tantos outros momentos, para levar o cuidado e atenção. Além disso, o projeto tem uma comunidade terapêutica que trabalha de forma 100% gratuita, em que todos trabalham com horta, animais, trabalhos domésticos e participam de cursos profissionalizantes que ajudam em sua ressocialização (o projeto tem três pilares básicos: resgate, tratamento e reinserção).  

“Cada passo que avançamos desde o início da nossa jornada permitiu que entidade já tenha conseguido enviar centenas de frequentadores da Cracolândia para suas casas e para o convívio de suas famílias, completamente recuperados. Cada história transformada é uma vitória, mas ainda temos uma grande estrada pela frente; e nosso objetivo é que ainda mais vidas e sonhos sejam reconstruídos”, diz o pastor Rica.

*Adaptado do site do projeto: https://www.projetodapedrapararocha.com.br/pagina/sobre-nos.html)

Sobre o projeto “Fraternidade O Caminho”*

Somos uma Fraternidade católica, plurivocacional, formada por consagrados, sacerdotes e leigos nos seus mais variados rostos e idades. Nossa Fraternidade começou na periferia da Zona Sul da cidade de São Paulo, no ano de 2001, com Pe. Gilson Sobreiro, nosso fundador, juntamente com Ir. Serva das Chagas Ocultas do Crucificado, nossa cofundadora, a leiga Márcia Oliveira Maia Prates e alguns jovens.

            A dramática realidade do vício das drogas e do tráfico, no qual se encontravam centenas de jovens, foi o “pontapé” inicial que deu origem a nossa Fraternidade. No início, era apenas uma Casa de Acolhimento. Entretanto, com o passar do tempo, fomos discernindo que Deus queria algo mais. Esse algo mais era uma comunidade consagrada totalmente a Ele.

Alguns dos primeiros membros abraçaram a Vida Consagrada pela profissão dos Conselhos Evangélicos de pobreza, obediência, castidade e total disponibilidade ao Reino; outros fizeram os seus vínculos como Leigos Associados, outros permaneceram como membros da Juventude.  À medida que os anos se passaram, somaram-se a estes, os casais e as crianças.

Parte inseparável da Fraternidade são os “filhos prediletos”, que é como chamamos os nossos acolhidos. Muitos deles, depois de reabilitados, se juntaram a nós, formando um importante exército de resgate daqueles que ainda se encontram no mundo das drogas, do tráfico, da criminalidade, em situação de rua, de cárcere e de prostituição.

            Estamos vinculados à Diocese de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo, sob os cuidados de Dom Pedro Luiz Stringhini. Vale a pena ressaltar que Dom Pedro Luiz nos acompanha desde os nossos primeiros anos. Temos por ele um profundo carinho, respeito e uma enorme gratidão.

            Nosso status canônico, dentro da Igreja, é de Associação Pública de Fiéis de Direito Diocesano, em vista de ereção como Instituto Religioso de Direito Diocesano.   

*Texto do site do projeto:  https://www.ocaminho.org/