Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta a exposição Playmode, que traz os jogos como meio de reflexão

novembro 15, 2022

  Exposição no CCBB SP reúne 42 obras criadas por artistas do Brasil, EUA, Japão, Suíça, Croácia, Grécia, França, Nova Zelândia, Irlanda, Bélgica, Itália, Portugal, República Tcheca e Alemanha;

Ingressos podem ser retirados antecipadamente pelo site www.bb.com.br/cultura; 

 

“Xadrez Auto-Criativo”, (2019), de Ricardo Barreto e Raquel Fukuda.  Foto: Thiago Nunes Fotografia

 

São Paulo, novembro de 2022 - Playmode, mostra em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo (CCBB SP) explora o potencial lúdico dos games para provocar reflexões profundas sobre a sociedade e a condição humana. A exposição, capaz de ressignificar os jogos, é gratuita e ficará em cartaz até 16 de janeiro de 2023. São 42 trabalhos de artistas e coletivos de 14 países diferentes, que ocuparão do térreo ao 4º andar do CCBB SP. Os ingressos podem ser retirados antecipadamente em www.bb.com.br/cultura.

              A exposição Playmode convida os visitantes a uma participação ativa, que os coloca diante de experiências lúdicas, sensoriais e conceituais. “Os jogos criam um mundo à parte, alterando as nossas perspectivas e formas de ver as realidades que nos envolvem”, comenta Filipe Pais, que assina a curadoria da mostra ao lado de Patrícia Gouveia.

               “Buscamos obras que simbolizam a revolução digital que nós vivemos e que apresentem, pela linguagem da tecnologia, as necessidades básicas humanas de interagir, de se espelhar no outro e de resistir à imobilidade”, completa a curadora.

               Realizada pela primeira vez no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT de Lisboa, em Portugal, Playmode desembarcou no Brasil neste ano nos CCBBs Belo Horizonte e, depois, Rio de Janeiro. Após a temporada na capital paulista, a mostra segue para Brasília.

              A exposição tem patrocínio da BB Asset Management, gestora de fundos que oferece soluções de investimentos simples e inovadoras e, tradicionalmente, apoia projetos de alto valor cultural, como essa mostra, disseminando a cultura por meio do livre acesso à arte. Ao realizar Playmode, o Centro Cultural Banco do Brasil oferece ao público a oportunidade de se relacionar com formas renovadoras de apresentação da arte, além de democratizar o acesso a obras nacionais e internacionais que proporcionam novas visões de mundo e convidam à reflexão.  

 

     Organização e destaques da mostra

            Playmode divide as 42 obras em quatro momentos dentro de um percurso que se inicia no térreo do CCBB SP. Depois, o visitante sobe para o 4º andar, descendo um a um, até chegar novamente no início do trajeto.     

            É no térreo que o público será apresentado à proposta de Playmode, compreendendo desde o início como o jogo serve a diferentes propósitos que levam à reflexão – evasão à realidade, construção e transformação social, subversão ou crítica dos próprios mecanismos da brincadeira. Lá se encontra uma das obras mais emblemáticas da exposição: o “Xadrez Auto-Criativo”, (2019), de Ricardo Barreto e Raquel Fukuda. A instalação propõe uma reformulação desse jogo clássico. Os seis tabuleiros distribuídos nas mesas, previamente determinados pelos artistas, demonstram jogadas possíveis com as quais o público poderá interagir a partir de regras do xadrez.

 

   

      “Cubo de Dados” (1970) e “A Taça do Mundo é Nossa” (2018), dos brasileiros Nelson Leirner e Jaime Lauriano, respectivamente. Fotos: divulgação/Tiago Nunes Fotografia

             Já no 4º andar, aborda-se a experiência lúdica dos jogos como uma possibilidade de gerar novas leituras acerca de acontecimentos passados, servindo como ponto de partida para uma reflexão ampla sobre o papel dessas brincadeiras na sociedade e de que maneira elas contribuem para a formação de nossas identidades. É nesse andar que se encontra o “Cubo de Dados” (1970), de Nelson Leirner. A peça se vale desses quadrados clássicos para brincar com a geometria espacial e transformar a forma cúbica simples em uma escultura fractal.

             O trabalho de Jaime Lauriano, presente neste andar, é embalado pelo futebol. “Morte Súbita” (2014) é um vídeo em que pessoas aparecem com a camisa da seleção brasileira cobrindo seus rostos, refletindo o poder do futebol no país na década de 1970.

“Morte Súbita” (2014) por Jaime Lauriano. Foto: divulgação/cortesia do artista

              Lauriano avança na temática com a “A Taça do mundo é nossa”. A obra é uma réplica do troféu Jules Rimet da Copa de 1970, em que o Brasil de Pelé encantava os brasileiros. Enquanto isso, regimes repressivos se consolidavam em diversos países da América Latina. Os dois trabalhos do artista refletem sua marca de correlacionar aspectos sociais para causar reflexão e emoção.

               No 3º andar entra em cena o mundo digital, com vídeos e games, que questionam a presença das crianças no mundo dos adultos e apresentam uma discussão sobre regras fixas e interações sociais livres. Assim, são apresentados jogos mais sóbrios e artísticos, que explicitam uma agenda ativista e pedagógica – em forte contraste aos clássicos jogos de entretenimento –, convocando a atenção dos visitantes e fazendo-os pensar de forma crítica sobre sistemas sociais, políticos e religiosos.

               Um dos destaques desse momento é o vídeo "For a Better World" (2012), da artista portuguesa Priscila Fernandes. Nele, crianças são mostradas na KidZania, famoso parque de diversões de Lisboa (Portugal), brincando em ambientes hospitalares, supermercados, entre outros locais de trabalho. Assim, a criança aprende desde cedo como que funciona a mecânica da vida adulta.

"For a Better World", (2012), de Priscila Fernandes. Foto: Thiago Nunes Fotografia

              Por fim, os 2º e 1º andar concluem a exposição com brincadeiras e jogos que convidam os visitantes a ensaiarem novas formas de transformar a realidade. Compreendendo que os games contribuem para a mudança de comportamentos. Os jogadores acabam sendo levados a sonhar com soluções para o mundo real – ao mesmo tempo em que podem ser treinados para as mais questionáveis tarefas. Assim, as obras presentes nesses espaços fazem o seguinte apelo: coloque-se no lugar do “outro”.

“Everything”, 2017 David OReilly. Foto: Cortesia do artista

              Um exemplo é “Everything” (2017), de David OReilly, que apresenta um game de simulação em que o jogador pode explorar diferentes criaturas e objetos, adquirindo paisagens e planetas, enquanto tem acesso a citações narradas pelo filósofo Alan Watts, conhecido por popularizar reflexões filosóficas de pensadores clássicos e modernos.

             A questão indígena também tem vez na mostra. Em “Huni Kuin” (2016), o antropólogo Guilherme Menezes apresenta um jogo de videogame sobre a cultura do povo indígena Kaxinawá, do norte do Brasil. Ao interagir com a obra, o visitante descobre alguns mitos e histórias dessa etnia, a partir da trajetória de dois irmãos Huni Kuin.

“Huni Kuin” (2016) por Guilherme Meneses, Bobware e Beya Xinã Bena. Foto: Agência Galo/Amanda Neves

             Concebido em conjunto com indígenas, antropólogos, artistas e programadores, o jogo sugere reflexões sobre como os processos colaborativos podem contribuir para questionar o lugar dos humanos no planeta Terra. Foram quatro anos de desenvolvimento do projeto que pode ser conferido em Playmode.

De todos os cantos

           Em Playmode estão obras de artistas, coletivos e estúdios do Brasil, EUA, Japão, Suíça, Croácia, Grécia, França, Nova Zelândia, Irlanda, Bélgica, Itália, Portugal, República Tcheca e Alemanha. São eles:  Aram Bartholl, Bill Viola + Game Innovation Lab, Bobware, Brad Downey, Brent Watanabe, Coletivo Beya Xinã Bena + Guilherme Meneses, David OReilly, Filipe Vilas-Boas, Harum Farocki, Isamu Noguchi, Jaime Lauriano, Joseph DeLappe, Laura Lima + Marcius Galan, Lucas Pope, Mary Flanagan, !Mediengruppe Bitnik, Milton Manetas, Molleindustria, Nelson Leirner, Pippin Barr, Priscila Fernandes, Raquel Fukuda + Ricardo Barreto, Samuel Bianchini, Shimabuku, Tale of Tales (Auriea Harvey e Michaël Samyn) e The Pixel Hunt.

SERVIÇO

Exposição: Playmode

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo

Data: 26/10/2022 a 16/01/2023

Ingressos: Pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB.

Entrada Gratuita

Classificação indicativa: De acordo com cada obra

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças

Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal.

Informações: (11) 4297-0600

Estacionamento conveniado: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas - necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento. No trajeto de volta, tem parada na estação República do Metrô. As vans funcionam entre 12 e 21h.

Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista.

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m).

bb.com.br/cultura | twitter.com/ccbb_sp | facebook.com/ccbbsp | instagram.com/ccbbsp

ccbbsp@bb.com.br

 

Sobre a BB Asset Management

A BB Asset Management é líder da indústria nacional de fundos de investimento, com patrimônio líquido sob gestão de R$ 1,435 trilhão em recursos e 20,12% de participação de mercado, conforme ranking de Gestores de Fundos de Investimento da Anbima, de agosto de 2022. Oferece soluções de investimento inovadoras e sustentáveis para todos os perfis de investidores e sua excelência em gestão é atestada por duas importantes agências de rating – Fitch Rating e Moody´s.

 



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