Canções de Edith Piaf ganham ritmos bem brasileiros no trabalho do cantor e compositor francês Nicola Són, que se apresenta em 13 de setembro dentro da série TUCCA Concertos Internacionais

E se a cantora francesa Edith Piaf - dona da voz que tornou mundialmente famosas canções como "Non, je ne regrette rien" (que ganhou versões, por exemplo, de Bibi Ferreira e Maria Betânia) e "La vie en rose" (que virou "Triste Primavera" na voz de Francisco Alves) - fosse brasileira? Essa é a proposta do cantor e compositor francês Nicola Són, que se apresenta no dia 13 de setembro na Casa Natura Musical, em São Paulo, dentro da série de concertos internacionais realizada pela TUCCA (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). Toda a renda dos ingressos é revertida para o tratamento de crianças e adolescentes carentes atendidos pela associação, em parceria com o Hospital Santa Marcelina, na Zona Leste de São Paulo.

Són veio ao Brasil inúmeras vezes e se encantou com o que o país tem a mostrar musicalmente. Em 2013, decidiu que São Paulo podia muito bem ser sua nova cidade, e deixou Paris. Em um projeto com Igor Ribeiro, surgiu a ideia de misturar a sentimentalidade das canções de Piaf com o tempero tropical brasileiro: "Queria fazer um trabalho no sentido contrário: em vez de adaptar a música brasileira para o francês, trazer a música francesa para os ritmos brasileiros. Quis pensar como seria se a Piaf fosse brasileira", explica o músico.

E bem brasileiro ficou o resultado do trabalho - intitulado “Piaf do Brasil”, e lançado pela gravadora Biscoito Fino. "Padam Padam" ganhou ares de funk carioca; "Non, Je ne Regrette Rien" conquistou um espaço entre os clássicos do chorinho; e "La Vie en Rose" se tornou uma balada latina, que tanto marcou a música brasileira nos tempos áureos do rádio. A direção que transformou os clássicos do cancioneiro francês em joias bem brasileiras ficou a cargo do violonista e arranjador do grupo Casuarina Daniel Montes - que teve liberdade para tratá-las como novas canções.

A música brasileira inspira os trabalhos de Són desde 2011 - como se percebe nos álbuns dele lançados desde então, “Parioca”, “Nordestin” e “Sampathique”. Mas seu contato começou muitos mais cedo, quando tinha 15 anos de idade, quando descobriu a canção “Ligia”, de Tom Jobim, na voz de João Gilberto. “Encontrei uma coletânea de jazz na discoteca dos meus pais, e foi muito impactante, porque era muito diferente de todas as outras faixas, que traziam Count Basie, Louis Armstrong, etc”.

TUCCA Concertos Internacionais

Os ingressos para a série de concertos e apresentações promovida pela TUCCA podem ser adquiridos individualmente (para cada evento) ou na forma de assinatura anual. A série já trouxe nomes como o do consagrado trompetista cubano Arturo Sandoval e o do pianista francês Jean-Yves Thibaudet.

Em outubro se apresenta o guitarrista Pat Metheny, no Teatro Alfa. Neste semestre a série ainda trará outros espetáculos de peso: a orquestra de câmara norte-americana Sphinx Virtuosi, com um repertório inédito e participação do virtuoso violinista Ricardo Herz; e em 6 de dezembro é a vez do trompetista Terence Blanchard, em parceria com o E-Collective e Turtle Island Quartet – todos na Sala São Paulo.

SERVIÇO

TUCCA Música pela Cura 2022 apresenta Nicola Són “Piaf do Brasil”

Onde: Casa Natura Musical - R. Artur de Azevedo, 2134 - Pinheiros, São Paulo - SP

Quando: 13 de setembro, às 21h

Quanto: De R$ 50 a R$ 320

Informações: vendas@tucca.org.br ou 11 97567-5387

Site: https://casanaturamusical.com.br/eventos/nicola-son/

Sobre a TUCCA:

A TUCCA, Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer, é uma associação sem fins lucrativos 100% dedicada a oferecer assistência multidisciplinar para crianças e adolescentes com câncer por meio do cuidado integral, humanizado e sem custo para o paciente, certos de que o diagnóstico precoce e o acesso a um tratamento individualizado e de qualidade são a maneira mais efetiva de vencer o câncer. 

Fundada em 1998 por médicos, pais de pacientes e representantes da sociedade civil, a TUCCA tem como proposta elevar as taxas de cura e melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens com câncer, que não têm condições de pagar por um tratamento adequado. Desde 2001, mantém parceria com o Hospital Santa Marcelina, união que já beneficiou mais de 4.000 crianças e adolescentes carentes com câncer. Esta jornada pela cura conta com o apoio de empresas, da sociedade civil e de voluntários.