"Terra Vista da Lua": Cantor mineiro Felipe de Oliveira grava DVD ao vivo de seu premiado disco no dia 7/10

setembro 29, 2022

Apresentação acontece no Teatro Francisco Nunes, em BH, e inclui canções que não entraram no disco; ingressos custam apenas R$5

 

Quem assistiu à versão virtual do show de “Terra Vista da Lua” pôde experimentar um pouco da potência do espetáculo de Felipe de Oliveira. Gravado no Teatro Marília e exibido no YouTube, em novembro do ano passado, o vídeo marcou a “estreia online” do disco do cantor intérprete mineiro. Agora, com certa trégua da pandemia, após estrear o novo show presencialmente em maio, o artista realiza a gravação do DVD do disco, em formato ao vivo. Baseado no álbum homônimo – premiado como melhor disco de pop/rock de 2021 pelo “2º Prêmio da Música Popular Mineira”, da Rádio Inconfidência – o show acontece no dia 7 de outubro, sábado, às 20h30, no Teatro Francisco Nunes, no Parque Municipal. Os ingressos custam apenas R$5 (inteira) e estão sendo vendidos pelo diskingressos.com.br.


A gravação do DVD acontece em momento de certa maturidade do show “Terra Vista da Lua”. Embora o álbum gravado seja costurado por oito canções, a sessão audiovisual será encorpada por 18 músicas de Felipe de Oliveira e de parceiros, que estão sendo exercitadas ao vivo desde as primeiras apresentações presenciais do trabalho, em maio. “No disco de estúdio, registramos apenas 8 das canções que eu inicialmente havia selecionado para o show. Então, esta é uma oportunidade que tenho de mostrar o trabalho em sua totalidade, lançando fonogramas de todas as 18 canções que temos praticado ao vivo, o que adensa o conceito que já estava proposto anteriormente, ao mesmo tempo em que indica outras possibilidades de percepção”, diz o artista.


Para a gravação, os vídeos serão captados da forma mais orgânica possível, incluindo as interações não programadas com a plateia e as experimentações de caminhos novos para alguns arranjos produzidos em estúdio. “Minha formação musical foi povoada por discos de shows antológicos, que eu ouvia até mais do que álbuns de estúdio. Ali, está evidente a vivacidade do espetáculo, sua qualidade de estar sempre em movimento e a visceralidade do artista. O disco gravado em estúdio é mais controlado, mais correto, mais corrigido. Claro que isso são características importantes em um trabalho musical. Mas me interessa, na performance ao vivo, o que sai do planejado, o inesperado, até mesmo o erro, a falha e a sujidade. O disco ao vivo é o registro de um acontecimento”, avalia.

 

O show de gravação do DVD de “Terra Vista da Lua” adensa a estética vinculada ao imaginário da ficção científica, conceito que também norteou o formato virtual. O repertório traz as 18 canções, algumas assinadas por autores da cena musical contemporânea, como Juliano Antunes, Nobat, Tátio, Dé de Freitas, Gui Borges, Tom Custodio, Dan Nakagawa e Laura Catarina, e outras de artistas como Chico Buarque, Gilberto Gil, Arnaldo Antunes e Belchior. Criado por Felipe de Oliveira, que é formado em Cinema, o conceito do espetáculo amarra a performance musical à construção cênica, estética e dramatúrgica, principalmente por meio da luz e da cenografia. “Eu piloto três retroprojetores ao vivo, que vão sobrepondo imagens numa tela redonda. Eu, que venho do cinema, não consigo dissociar música de cena e imagem”, afirma o artista. “Luz é ritmo, a curva melódica de uma canção tem parecença com a curva dramática de uma dramaturgia. A tensão que precisamos sustentar, do princípio ao fim de um espetáculo, é da mesma natureza da tensão que faz soar a corda de um instrumento”, completa.


No palco, Felipe estará acompanhado por André Milagres (guitarra e violão sete cordas), Marco Aur (baixo) e Yuri Vellasco (bateria). “Yuri está estreando agora conosco. Já Marco e André, completamos cinco anos tocando juntos. Estamos entrosados, nos conhecemos bem e somos amigos, o que contribui para a performance”, diz o artista, empolgado com o retorno das possibilidades presenciais. “O período de pandemia foi duro para todos nós. Eu, assim como tantos colegas, precisei desmarcar todas as datas e esperar. Fiz o exercício de imaginar outros caminhos para mim, comecei um mestrado. Só agora, diante da real possibilidade de retorno, é que dimensionei o quanto não cantar me deixa triste. O contraste entre o hiato e o retorno ao palco me confirmou o quanto a música me acende”, reflete o artista.


Ainda durante o hiato gerado pela pandemia, Felipe de Oliveira angariou outro êxito musical: ser agraciado pelo “Prêmio da Música Popular Mineira”, da Rádio Inconfidência. “O intérprete é uma figura muito presente na mediação entre público e composição, mas pormenorizada no ambiente da música. Receber esse prêmio é um reconhecimento do lugar do intérprete como autor. O intérprete converge universos de diferentes compositores, sintetiza referências, sons e imagens, arranja os elementos à sua disposição de maneira única, como qualquer outro criador”, finaliza.


Este projeto é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte e tem patrocínio da Araújo Fontes.


O disco “Terra Vista da Lua”


Com produção de Barral Lima e viabilizado através da Lei Aldir Blanc e de uma campanha de financiamento coletivo, “Terra Vista da Lua” saiu no dia 8 de outubro de 2021, pelo selo Under Discos. A gravação aconteceu ao vivo no estúdio, com a construção de arranjos feita coletivamente, ao lado dos músicos André Milagres e João Paulo Drumond. Entre as participações especiais, figura a cantora e atriz Laila Garin (protagonista de “Elis, o Musical”) na canção “Encontro Nosso”, composta por Laura Catarina, filha do cantor e compositor Vander Lee. Também há a presença de Babaya Morais no coro da faixa “Irmão”, ao lado de Gabriel Mestro. Já a inédita “Eu Queria Tanto Fazer um Samba” tem letra de Dan Nakagawa, autor recorrente no repertório de Ney Matogrosso.


Premiado como o melhor álbum de pop/rock de 2021 pelo “2º Prêmio da Música Popular Mineira”, da Rádo Inconfidência, o segundo disco do artista sucede “Coração Disparado”, que figurou entre os 100 melhores da música brasileira de 2018, pelo site especializado “Embrulhador”. Com o repertório do primeiro álbum, o artista circulou por festivais, em MG e outras capitais, ao lado de importantes nomes da música brasileira, como João Bosco, Filipe Catto, e Maria Beraldo.


Sobre Felipe de Oliveira


Felipe de Oliveira é um cantor e intérprete mineiro que iniciou sua carreira musical em 2015, após uma trajetória no cinema, área na qual é graduado. O artista vincula a música à herança cênica deixada pela sua passagem pelo audiovisual, bem como à sua experiência com a dança flamenca, construindo shows e álbuns pautados por dramaturgia, narrativa e ritmo. Após participar do The Voice Brasil em 2016, realizou um financiamento coletivo para a produção do primeiro álbum da carreira, que veio em 2018, intitulado “Coração Disparado”. Desde então, usa sua voz andrógina para versar, de maneira política e poética, sobre a mediação das relações humanas contemporâneas.


SERVIÇO

Felipe de Oliveira - Gravação de DVD ao vivo de “Terra Vista da Lua”

Quando. 7 de outubro, sábado, às 20h30

Onde. Teatro Francisco Nunes (Avenida Afonso Pena, 1321 - Centro, BH - MG)

Quanto. R$5 (inteira) e R$2,50 (meia-entrada). Os ingressos podem ser adquiridos pela página diskingressos.com.br.

Escute o disco “Terra Vista da Lua”

Assista aos vídeos de “Terra Vista da Lua”


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