A Bienal de Arte Digital do Festival de Arte Digital (FAD) retorna em 2022 para sua segunda edição. Realizada em 2018 com sucesso e público de cerca de 70 mil visitantes no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, desta vez ocorrerá apenas na capital carioca entre 5 de novembro de 2022 a 22 de janeiro de 2023, no Oi Futuro, no Flamengo. O patrocínio é da Oi, com incentivo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e do Governo do Estado do Rio de Janeiro. A correalização é do Oi Futuro.
Com inscrições gratuitas até 10 de outubro sob o tema CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA, podem participar profissionais de diversas áreas, brasileiros ou estrangeiros, artistas, criadores, produtores ou coletivos artísticos. Em formato híbrido, com exibição presencial e digital, a Bienal irá priorizar modelos mais sustentáveis com trabalhos que contemplem áreas artísticas e científicas, desde que atuem dentro do segmento de novas mídias e tenham como resultado arte e cultura em transversalidade com outros campos e ciências. Serão aceitas obras audiovisuais por meio de telas, ecrãs, aplicações em realidade aumentada, realidade virtual, metaversos, além de eventos e ações em modelo virtuais, exclusivamente.
O objetivo do processo seletivo é democratizar e ampliar o acesso à produção digital, refletir sobre a produção criativa, artística e intelectual e promover a difusão da cultura digital, além de estabelecer relações com novos produtores e artistas nacionais e internacionais.
Os trabalhos serão inscritos nas categorias performances (projetos audiovisuais dedicados à apresentação artística autoral); galeria (instalações audiovisuais de arte tecnológica, trabalhos que desenvolvam conteúdo conceitual, criativo e artístico aliados à tecnologia, seja ela digital, analógica ou híbrida, e que possam propor a interação do espectador/usuário); intervenções públicas interativas (trabalhos com base tecnológica que intervenham, ocupem, utilizem e permaneçam com conteúdo conceitual, criativo e artístico no espaço urbano); laboratório (oficinas e workshops de pequena duração com temática livre) e simpósio internacional (palestras, painéis, apresentação de estudos, ensaios científicos e conceituais, resultados de pesquisas podendo ser do aspecto teórico de práticas técnicas).
Podem se inscrever maiores de 18 anos. O edital completo, o FAQ, e o formulário de inscrição estão disponíveis no site da bienal (www.bienalartedigital.com).
Para tirar dúvidas, o canal é a plataforma Discord em https://discord.gg/JgCf6DVs9u na qual foi criada a comunidade Bienal de Arte Digital. Outras redes sociais são:
A segunda edição da Bienal de Arte Digital quer refletir sobre as nossas condições de existir no mundo. Já inseridos em uma época em que as ‘Linguagens híbridas’ – o tema da primeira Bienal - são realidade, como convivemos com a tecnologia em um mundo completamente digital?
Em seu texto de apresentação da Bienal de Arte Digital, Tadeus Mucelli, curador artístico e criador do Festival de Arte Digital, explica: “uma bienal é como um livro que, através de capítulos, tentamos dar voz a narrativas e visões, formas de 'ser' e 'ver' no mundo com as coisas sencientes. E quando dizemos "coisas" estamos incluindo uma ontologia digital (da vida) em interseção ou sobreposição a ontologia humana (de estar no mundo). Onde formas, processos e modos de existir convivem quase que onipresente com o que entendemos por 'sersientes', numa aproximação além de biorgânica e biotecnológica. Um olhar mais holístico que considera as terceiras partes (algoritmos, computação inteligente, formas digitais de 'vida') muito presentes em nosso cotidiano.
Se tratamos das “Linguagens Híbridas” como a impossível separação entre arte, ciência e tecnologia, produtoras de ferramentas capazes de produzir novas realidades, novas experiências de vida, em CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA buscamos compreender, pensar e propor as formas de COEXISTÊNCIA.
Como coexistir, 'viver, 'ser ' na dimensão de um mundo biotecnológico e pós-digital?
O questionamento é abrangente quando se dá conta de que existência se dá sob perspectivas distintas e múltiplas. Os olhares sobre o 'como existir' e suas 'condições' são de uma forma um infinito exercício da própria maneira de perceber e viver o mundo. Um olhar em direção a coexistência.
Existir, coexistir. Condições de existência.
Quais são as formas de existência possíveis em nosso presente?
Quais as condições humanas frente ao mundo técnico e digital?
O quão estamos inseridos para uma ontologia digital da vida que redireciona o sentido humano de ser e viver?
No avanço das sociedades biotecnológicas e digitais onde coexistimos?
Arte, ciência e tecnologia são campos ricos do conhecimento e da produção humana. Sobretudo, são lugares de nossa existência e produzem formas e sentidos de viver. Somos imensamente diversos se considerarmos que as condições de existência se escaldam desde a geografia, política, economia, culturas e costumes, mentalidades.
Mas na aproximação de um mundo habitado por dados, informação, inteligência artificial, máquinas inteligentes e relações biocíbridas estamos em uma rede muito mais complexa do 'estar no mundo'. As humanidades digitais, como campo de estudo, vêm tentando mitigar os efeitos disso e potencializar nossa forma de lidar com formas de existir e operar no digital, por exemplo.
Em sua segunda edição, a Bienal de Arte Digital busca proposições para as adversidades, mas também em meio as potencialidades das condições de existir, trabalhos artísticos-científicos com o uso de tecnologias digitais nas mais diversas formas de expressão como discursos, textos, imagens, formas audiovisuais, virtuais, além de fazeres diversos que possam integrar um capítulo importante de nossa produção artística, intelectual, social e política nesse momento”.
BIENAL DE ARTE DIGITAL:
Realizada em 2018 no Rio e em Belo Horizonte com um público de mais de 70 mil pessoas, a Bienal de Arte Digital foi promovida pelo FAD, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. A programação contou com artistas do Brasil, Chile, China, Espanha, Estados Unidos, Itália, México e Reino Unido, apresentando exposições, performances e simpósios com o tema “Linguagens Híbridas”. A proposta da Bienal é se tornar uma agenda nacional de arte digital e mostrar a cada dois anos obras e exposições que reflitam temas sociais importantes, evidenciando que a arte possibilita à tecnologia exibir suas experiências sociais.
Oi FUTURO:
O Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi, atua como um laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de Educação e Cultura. Por meio de iniciativas e parcerias em todo o Brasil, estimulamos o potencial dos indivíduos e das redes para a construção de um presente com mais inclusão e diversidade. Há 17 anos, o Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma programação que valoriza a convergência entre arte contemporânea e tecnologia. O espaço também abriga o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças. Há 18 anos o Oi Futuro gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que seleciona projetos em todas as regiões do país por meio de edital público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados pelo Oi Futuro, que beneficiaram milhões de espectadores.
SERVIÇO
2ª Bienal de Arte Digital do Festival de Artes Digital (FAD)
Rio de Janeiro - de 5 de novembro de 2022 a 22 de janeiro de 2023- Oi Futuro, no Flamengo
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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