Sertões dá início à saga das equipes com apoio oficial Can-Am e a supremacia continua, com domínio das primeiras posições

agosto 29, 2022


São muitos desejos e objetivos a impulsionar todos a buscar seus limites

 
 

Família Poeira dominou as três primeiras posições

Fotos: Doni Castilho e Marcelo Machado de Melo

Persephone Vanessa Maria Silva


Foi dada a largada do primeiro dia de prova oficial do Sertões 30 anos, que celebra também o bicentenário da Independência do Brasil. O resultado não poderia ter sido melhor para a Can-Am, com nada menos do que as nove primeiras posições na categoria UTV. A Família Poeira, como são conhecidos os Varela, iniciou com o pé direito, começando com Reinaldo Varela e seu navegador José Fiuza na primeira posição, Rodrigo Varela e Matheus Mazzei na segunda e Bruno Varela e Gustavo Bortolanza na terceira. Gabriel Varela e Daniel Spolidorio ficaram com a sexta posição.

 

Mas foi só o primeiro dia e tudo, tudo pode mudar hoje ao final do dia, como afirma Deninho Casarini, que tem Ivo Mayer como seu copiloto, e é um dos nomes cotados para levar o título do Sertões 2022, o tricampeonato: “Andamos com muita calma por ser o primeiro dia. Testamos tudo em condições de corrida e fizemos o décimo-sétimo lugar na geral. Seguiremos nesse ritmo e acreditamos que é o certo”.

 

Já Nelsinho Piquet finalizou o dia na décima-sexta colocação na geral, porém na liderança da classe UTV3, a mais próxima dos veículos originais como saem de fábrica: “Mantivemos, eu e meu navegador Filipe Bianchini, um ritmo constante, sem cometer erros para fechar a primeira especial na liderança da classe. Para mim é sempre um desafio os primeiros quilômetros do rali. Passo a maior parte do tempo entre os carros da Stock Car, Porsche Cup e Lamborghini, então uso os primeiros quilômetros para me adaptar ao carro e retomar o ritmo de uma competição do nível do Sertões”.


Outro favorito ao título deste ano reforça a necessidade de adaptação rápida nesse início de prova. Deni Nascimento com seu parceiro Gunnar Dums tiveram um dia de muitos desafios, com saltos frequentes e esforço redobrado para evitar tanta poeira. Largaram em décimo-segundo, mas terminaram em vigésimo-primeiro lugar: “Ficamos mais tempo no ar do que no chão e com isso perdemos a tração traseira. Começamos bem, mas no quilometro sessenta já estávamos sem tração e ainda faltava percorrer cento e poucos quilômetros. Com isso, fizemos mais da metade da prova em 4x2. O resultado foi ótimo diante do imprevisto. Vamos em frente”.

 

Helena Deyama e Cris Starling seguem confiantes com a sétima posição na classe UTV3, a mesma de Nelsinho Piquet: “Estamos muito satisfeitas para um primeiro dia de prova e teste do Maverick X3. Precisamos considerar que temos um UTV praticamente sem modificações porque é assim que gostamos de correr e, até o fim, faremos tudo para finalizar a competição com a melhor classificação possível”.

 

Até o final, muita aventura pela frente

Nos próximos dias, pilotos, navegadores e suas máquinas desbravarão o Brasil em mais de 7 mil km de rali, dos quais 60% são de trechos cronometrados, passando por 14 cidades, oito estados e todas as regiões do Brasil, até a chegada em Salinópolis (PA), no dia 10 de setembro.

 

E para além dos resultados – obviamente o que todos buscam em uma competição –, é preciso levar em conta que para chegar a algum lugar, seja uma cidade, um vilarejo, uma capital ou ao pódio há uma jornada e, desta vez longa, a maior da história do Sertões. São muitos dias, e noites, pensando em rali, em estratégia, em eficiência, em melhorar, em não errar, em ser perfeito.

 

Desde o mais experiente, o campeão mundial e do Dakar com Can-Am, Reinaldo Varela, passando pelo razoavelmente novato na modalidade Nelsinho Piquet, que este ano participa pela segunda vez da prova completa, até Deninho Casarini, que busca o tricampeonato, cada um carrega em si um desejo mais latente. Vamos conhecer quais são os pensamentos dos pilotos apoiados pela Can-Am:

 

Bruno Varela

“Rally dos Sertões é uma prova que a gente espera o ano inteiro e que mais tem pressão. Por isso, tentamos nos concentrar e treinar esse fator psicológico o ano inteiro para chegar aqui bem tranquilo e leve. Como não somos novatos, e já temos muitos anos de Sertões, estamos bem-preparados. Vai ser uma prova muito difícil, com vários trechos inéditos e todo tipo de piso, como cerrado, estradas montanhosas, praia...de tudo. E acho importante destacar o trabalho social realizado durante a competição. Passamos por muitas cidades precárias e a ação ajuda essas pessoas o ano inteiro e durante o rali. Eles se sentem abraçados por nós e isso é muito legal. A jornada para nós é o resultado, somos bem competitivos, não viemos para brincar. Todo ano estamos tentando disputar pela ponta e sempre buscar bons resultados para a equipe e esse ano não vai ser diferente. Viemos em busca do primeiro lugar e vamos focar nisso”.

 

Deni Nascimento

“As perspectivas são as melhores possíveis, nossa equipe está bem concentrada e nosso Can-Am Maverick X3 muito bom, na configuração perfeita para uma competição longa como esta. Ajustes são sempre necessários e a gente vai fazendo o que for preciso ao longo da disputa. O diferencial deste Sertões será o jogo de equipe e a união do time. Serão muitos dias e isso gera um cansaço muito grande, que exigirá muito de todos. Mas estamos aqui para levar nosso Maverick X3 ao pódio e ao bicampeonato. E por mais que haja uma pressão psicológica, por mais que toda prova dê um frio na barriga, lido bem. Acho que é por isso que buscamos esse tipo de esporte radical, para ter essa sensação. O bom é que depois de tantos anos a experiência fala mais alto. Nem o fato de ser líder do campeonato brasileiro me tira a tranquilidade. Ganhará quem tiver o melhor time e mais foco na prova, sem deixar de apreciar e aproveitar tudo o que o Sertões oferece, como passar pela Amazônia. Para mim será encantador porque sou fã da Floresta Amazônica”.

 

Gabriel Varela

“Mesmo com a decisão de participar do Sertões meio em cima da hora, estamos preparados. E no fim das contas, acredito que isso acaba influenciando para estar com a cabeça muito boa para chegar em Salinópolis com o melhor resultado possível. O fator psicológico para uma prova como essa conta como 80% do que vamos precisar porque é uma prova muito longa, são muitas horas com capacete na cabeça, ouvindo navegador, tendo as dificuldades que a gente passa e tudo mais. Por isso, estar bem-preparado mentalmente já é uma grande vitória. Já é meu décimo Rally dos Sertões, estou acostumado a enfrentar dias longos. Quando colocamos o capacete só queremos fazer o nosso melhor, não importa quantos quilômetros temos para percorrer. O tempo dentro do carro passa muito rápido, por mais que a gente passe por diversos tipos de terrenos, é sempre muito prazeroso estar pilotando. Então, só de estar fazendo o que se ama não tem pressão, é só divertimento. Isso aqui é a nossa paixão, o que a gente mais gosta de fazer. Não é à toa que 15 dias antes do rali eu falei ´não tem como ficar de fora´. Claro que a jornada mais importante é chegar, não importa como. Mas o nosso objetivo é bem claro, buscar a primeira colocação e é o que viemos fazer aqui no Sertões de 2022”.

 

Helena Deyama

“Expectativa, tensão e ansiedade são sempre muito grandes numa competição. Porém, quando me perguntam como que é o meu preparo físico para uma prova dessas, explico que não me preparo para a prova, e sim mantenho sempre uma boa forma física, uma boa alimentação e um bom preparo psicológico. No caso deste Sertões, que será bem longo, o mais importante é ter um foco e uma boa preparação mental, saber controlar a mente e não ficar nervosa. Estou muito animada com essa configuração porque gosto de grandes desafios. Minhas expectativas estão altas. O Can-Am Maverick X3 está bem-preparado e queremos muito, Cris e eu, chegar ao pódio na categoria. Tenho certeza de que conseguiremos. Um dia de cada vez, sem cometer erros, sem problemas mecânicos. Acho também um privilégio muito grande para nós pilotos e navegadores podermos atravessar o Brasil inteiro, passando por vários biomas. Vejo uma grande família, uma grande caravana se deslocando a toda velocidade pelo país. E uma coisa muito legal dos Sertões e que vai muito além de ser uma competição, há solidariedade ao povo brasileiro. Cria-se uma corrente do bem em prol de pessoas tão necessitadas ao longo do caminho. Mas o mais legal de tudo isso, embora todo meu foco esteja no resultado, tenho certeza de que vou curtir cada dia da prova, cada quilômetro percorrido”.

 

Nelsinho Piquet

“O que mais me chama a atenção neste tipo de competição é a resiliência para se chegar ao fim e fazer as coisas darem certo. A integração total entre piloto, navegador e equipe é fundamental para que tudo funcione. E é assim que estamos, unidos. A maior prova foram alguns perrengues que já aconteceram e todos botamos a mão na massa para resolver e cá estamos em busca do lugar mais alto do pódio. O desafio do que vou enfrentar com meu Can-Am Maverick X3 terá um contexto histórico e isso me deixa muito feliz: o rali vai homenagear o bicentenário da Independência em 2022, cruzando cinco regiões do Brasil e oito estados. E, além disso, a prova vai cruzar cinco biomas: mata atlântica, Pantanal, caatinga, cerrado e a Amazônia. Será um grande privilégio vivenciar tudo isso tão de perto”.

 

Reinaldo Varela

“Sobre a questão psicológica, estou muito tranquilo e nem lembro que vai ter largada. Estou curtindo aqui o momento de festa maravilhoso que está acontecendo, sem pressão. Nem mesmo o fato de enfrentarmos os trechos que nunca corremos me deixa tenso, até porque faz parte do rali. O que importa nesse momento é reconhecer todo tipo de terreno. Isso realmente faz toda a diferença. Acho que este ano será bem parecido com o que vimos em 2018, quando percorremos Goiás, Bahia, Piauí e Ceará. A jornada é muito importante, chegar no destino, mas está no sangue a competitividade para chegar no pódio no primeiro lugar. Claro que tudo é experiência, mas por enquanto a estratégia é ganhar”.

 

Rodrigo Varela

“Um rali com o dobro do tamanho. É bastante e exigirá muito do psicológico. O Rally dos Sertões é um rali que cansa muito, leva ao desgaste máximo do competidor com sete dias...imagina dobrando o desafio? Como já tive o prazer de correr uma prova longa do Sertões, de quadriciclo, sei bem quão desafiador é.  A estratégia é que fará a diferença para ter um excelente resultado no final. Mas com nosso Can-Am Maverick X3 superbem preparado temos tudo para chegar lá. Esse UTV já vem sendo testado há muitos anos, foi campeão várias vezes do Sertões, então, acredito que temos todas as chances de nos dar bem nesse desafio”.

 

 

Resultados extraoficiais – dia 1 (Geral)

1.    R. Varela/ J. Fiuza – Can-Am – 02h21min24s

2.    R. Varela/M. Mazzei – Can-Am – a 00min23s

3.    B. Varela /G. Bortolanza – Can-Am – a 00min40s

4.    F. Pirondi/M. Ritter – Can-Am – a 00min55s

5.    C. Batista/ R. Nicoletti – Can-Am – a 01min44s

6.    G. Varela/D. Spolidorio – Can-Am – a 01min50s

7.    R. Luppi/M. Justo – Can-Am – a 02min10s

8.    O. Leite/J. Miranda – Can-Am – a 02min16s

9.    F. Franciosi/ E, Franciosi – Can-Am – 02min31s

10. G. Cestari/J. Ardigo – Polaris – a 03min29s

Gabriel Varela e Daniel Spolidório

Foto: Vandreist

 

Nelsinho Piquet e Filipe Bianchini

Foto: José Mário Dias

 

Deninho Casarini e Ivo Mayer

Foto: Fernando Genaro

Deni Nascimento e Gunnar Dums

Foto: Duda Bairros

 

Helena Deyama e Cris Starling

Foto: Victor Eleutério

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