MANU LAFER lança BOLIM BOLACHO
agosto 16, 2022Quando o compositor, intérprete e violonista Manu Lafer lançou seu Thesaurus (2021), coletânea em partituras, letras e cifras de sua obra completa ao longo de seus mais de 20 anos de carreira artística, a ideia original era incluir nesse projeto breves comentários que, com as letras, facilitariam o uso das partituras, originadas do violão, instrumento no qual as canções surgiram. Entretanto, os comentários se alongaram e ganharam dinâmica própria, tornando-se, agora, Bolim Bolacho, livro que o músico lança em formato físico e digital, que comenta cada faixa dos mais de 20 discos lançados, incluindo sua atuação como intérprete de samba, pop, jazz e outros estilos.
A publicação é um memorial do artista e uma análise de música popular, que remonta a outras épocas, outros artistas: o autor, ao falar de si, coloca-se numa linha de história e numa escola de composição dentro da canção popular. O Brasil afrodescendente e indígena é personagem desses comentários e desse memorial: o autor dedica-se ao campo da Saúde Indígena, como médico, e, ainda anteriormente, como filho da antropóloga Betty Mindlin. É neto e filho de membros da Academia Brasileira De Letras, respectivamente José Mindlin e Celso Lafer.
Ao comentar suas gravações, Manu Lafer fala de suas influências, destacando Caetano Veloso, João Gilberto, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Paulinho Da Viola, Chico Buarque e Dorival Caymmi – este último pai de seu parceiro e amigo Danilo. Como admirador e divulgador do American Songbook, que conheceu do Brasil e nos Estados Unidos – onde trabalhou como pesquisador, na atividade de médico –, Manu Lafer fala também dos compositores e cantores desta tradição. Os endossos somam-se aos de outros volumes. Professores, parceiros, companheiros de geração como: Luiz Tatit, Germano Mathias, Mateus Aleluia, Danilo Caymmi, Toninho Horta, John Pizzarelli, Howard Alden, Jack Wilkins, Ken Peplowski, Renato Epstein, Marlui Miranda, Justin Poindexter e Ivan Lins.
O título Bolim Bolacho surgiu do nome de uma canção do começo do século XX que está na raiz dessa tradição de compor, no samba amaxixado. É desta tradição que Manu Lafer, ao falar de seu trabalho de compositor, cantor, violonista, intérprete e agregador de personalidades, aficionados, artistas e instrumentistas, discorre com inteligência, comprometimento, generosidade e vasto conhecimento.
Vendas: Amazon
0 comments
Deixe sua opinião sobre o post: Não esqueça de curtir e compartilhar