Grupo Xingó prorroga inscrições gratuitaspara núcleos de pesquisa em cinema elínguas africanas em São Paulo (SP)

junho 15, 2022


Prazo se estende até 16 de junhoConteúdo abrange estudos sobre

povos e línguas africanas  e a produção audiovisual de mulheres negras.

 


Grupo Xingó, sediado na Mooca, na Zona Leste de São Paulo, prorroga até 16 de junho as inscrições para dois núcleos de pesquisa do projeto B(OIÁ): Dissidências Submersas: Povos e Línguas Africanas: Da África para o Brasil e O que o cinema produzido por mulheres negras nos conta?. As duas turmas, presenciais, ocuparão o Teatro Arthur Azevedo e a sede do grupo, respectivamente. O terceiro núcleo do projeto, Mitologia dos Orixás, já está com as vagas esgotadas.

 

Os interessados devem se candidatar por meio de formulários online, disponíveis também nas redes sociais do grupo (@grupoxingo). As vagas serão preenchidas de acordo com critérios pré-estabelecidos pelo grupo, que incluem etnia, gênero e região. A iniciativa conta com o apoio da 31ª Edição do Fomento à Dança de São Paulo – da Secretaria Municipal de Cultural de São PauloGrupo Xingó atua na capital paulista há 15 anos, com um trabalho de pesquisa continuada em dança e teatro.

 

“Temos criado, nesses quinze anos, uma rede ampla de pessoas que não costumam ver teatro. A Mooca é um território de entrada para a Zona Leste e ter espaços gratuitos de dança e teatro aqui é fundamental”, explica Natália Siufi, cofundadora do Grupo Xingó.

 

A prática de estudo e pesquisa está focada em uma perspectiva antirracista e parte de um conhecimento não ofertado sobre a história de matrizes fundamentais do Brasil. Os núcleos apresentam uma visão contra-colonial da história da África e das línguas bantas e iorubás, além de buscar outras referências estéticas no cinema e audiovisual, que não partam de uma premissa unilateral e hegemônica.

 

“O Grupo Xingó trabalha com este acesso à consciência corporal, com um estudo profundo das nossas ancestralidades. Nossa articulação visa acessar, a partir da lei de fomento, que é uma verba pública, o maior número de pessoas e fazer com que elas participem do projeto e, principalmente, criar uma rede de pessoas que por vezes são vítimas desse sistema patriarcal e racista”, ressalta Erika Moura, artista, educadora e cofundadora do Grupo Xingó.

 

Sobre os Núcleos

 

INSCRIÇÕES PRORROGADAS:

 

Núcleo Vozes Dissidentes - Povos e Línguas Africanas: Da África para o Brasil

Orientado pela pesquisadora, linguista e mãe de santo, Iyá Monadeosi, visa aprofundar estudos nas línguas bantas, línguas iorubás, história da África e do Candomblé. Vagas: 30. Duração: 8 meses (módulos de oito encontros cada, às terças-feiras, das 10h às 12h30). Local: Teatro Arthur Azevedo (Av. Paes de Barros, 955 - Mooca – SP). Inscrições no link: bityli.com/BRZItd.

 

Núcleo Imagens Dissidentes - O que o cinema produzido por mulheres negras nos conta?

Orientado pela diretora, atriz, fotógrafa e professora Maria Fanchin, apresenta uma outra história do cinema e audiovisual, com curtas, médias e longas metragens de narrativas indígenas, negras e da América Latina. Vagas: 12. Duração: 12 meses (encontros quinzenais divididos em módulos, aos sábados, das 10h às 13h, além de seis Cineclubes Públicos, mediados por convidados – Cine Corpas, em locais a confirmar). Local: Casa Sede do Grupo Xingó (Rua Jumana, 126, cj. 02 – Mooca – SP).

 

INSCRIÇÕES ESGOTADAS:


Núcleo Vozes Dissidentes - Mitologia dos Orixás

Orientado pela atriz e candomblecista Gueda Liberto, aborda as diferentes narrativas sobre o tema, focado inicialmente nos 16 principais orixás do Candomblé.. Duração: 2 meses (oito encontros, às terças-feiras, das 18h30 às 20h30). Local: Casa Sede do Grupo Xingó (Rua Jumana, 126, cj. 02 – Mooca – SP).  

 

Sobre o Grupo Xingó

 

O grupo de dança-teatro Xingó existe há quinze anos, na Zona Leste da cidade de São Paulo, produzindo e circulando arte, sistematizando metodologias do seu fazer, buscando outras relações de trabalho possíveis, mais horizontais, fortalecendo parcerias dentro da categoria e para além dela, em movimentos, fóruns e redes.

 

Em 2016, a casa-sede foi inaugurada na Mooca, em uma espécie de escola popular, com espaços de prática em balé, contato improvisação, danças brasileiras e teatro de rua. Em parceria com o Teatro Arthur Azevedo, o grupo desenvolve projetos de aulas abertas no saguão, a Festa Xingó de Variedades e outros eventos e programações.

 

Além dos espetáculos de repertório e dos cursos e treinamentos, o Grupo é responsável pela realização do Festival Curto-Circuito, uma temporada anual itinerante em territórios de resistência como aldeias, quilombos e assentamentos do interior do estado.

Contemplado com diversos prêmios públicos ao longo de quinze anos, o Xingó desenvolve uma pesquisa continuada séria, profunda e que provoca outras referências que não as eurocêntricas e patriarcais no campo da arte e da cultura.

 



 
 


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