13ª. Edição do CINEFANTASY – Edição Comemorativa das três últimas edições on-line, que iniciou no dia 26/05 com o “Esquenta”, no Instituto Criar, com “Workshop de Stop Motion para crianças”, na AACD de São Paulo, “Debate Mulheres no Audiovisual” e “Oficina de Cinema”, ambos na Oficina Oswald de Andrade, “Exibição de Curtas e Longas metragens” em três salas de cinema (Reserva Cultural, Cine Satyros Bijou e Oswald de Andrade) e encerrando no próximo dia 16 com a “Mostra do homenageado Neville D’Almeida”, no cineclube da Oficina Cultural Oswald de Andrade.

O Festival https://cinefantasy.com.br/ com sua programação totalmente gratuita lotou quase todas as sessões e trouxe o que a de melhor no cinema fantástico vindas do Brasil, da América Latina e do mundo por meio de 84 filmes exibidos nesse período. 

“Pela primeira vez recebemos no Brasil o Gran Prêmio Fantlatam. Uma premiação que consagra obras, cineastas, roteiristas, atrizes e atores e que é promovida pela Alianza Latinoamericana de Festivales de Cine Fantástico. O maior esforço da nossa aliança é construir pontes e derrubar os muros muitas vezes invisíveis nas fronteiras do audiovisual da América Latina.

Hoje o cinema fantástico é consagrado nas maiores premiações do mundo e se posiciona fortemente contra a degradação das cidades, a destruição dos recursos naturais, o racismo estrutural, a misoginia e a discriminação da comunidade lgbtqia+.

Durante a pandemia, 22 festivais de cinema do gênero deram as mãos numa teia colaborativa de conteúdos, num intercambio de jurados e, sobretudo, na criação de um novo formato de relacionamento entre festivais de cinema fantástico nas Américas, criando um pacto de união e compromisso permanente.

Nós acreditamos que o apocalipse e a distopia devem permanecer nas telas, que o cinema traduz a dimensão simbólica dos cantos e recantos de cada país, atua como instrumento de reflexão potente que nos protege dos autoritarismos, e que deve ser um gatilho consciente de mudança das nossas sociedades a favor da democracia”, afirma Mônica Trigo, diretora geral do Festival.

Helena Ignez, Neville D’Almeida e Gilda Nomancce – Homenageados nas edições on_line, recebendo seus troféus pessoalmente no encerramento no Reserva Cultural. 

“Festivais de cinema são engrenagens vitais. Eles não apenas tornam as obras que nem sempre encontram espaço circuito comercial, mas também porque abrigam reflexões sobre o cinema, os rumos que ele pode tomar e porque reúnem pessoas com interesses comuns. Nossa 13ª edição celebrou o reencontro com as pessoas e as telas num memorável onde pudemos ter perto quem esteve distante nesses anos de pandemia”, idealizador e coordenação de Eduardo Santana.

A próxima edição 14º. Cinefantasy será entre os dias 21 a 25 de Setembro e as inscrições podem ser feitas através do site até o próximo dia 24 de junho.

Tradicionalmente o cinema fantástico é associado a obras de horror, ficção científica e fantasia, mas sua origem remonta a um período anterior ao cinematógrafo, com técnicas envolvendo a projeção de imagens a partir de ilusões de ótica, provocando ao mesmo tempo o encantamento e o medo nos espectadores.

As produções do gênero podem promover uma subversão das leis gerais do mundo e da vida, confundindo o possível e o impossível, fazendo do fantástico um gênero que força o deslocamento das percepções e oferece a experiência do excesso e da intensificação de sensações.

A liberdade de sua forma possibilita a abordagem de questões com ousadia, mostrando questões sociais como a discriminação e desigualdade de forma transgressora à estética tradicional.