A jornalista Bárbara Gancia conta como conseguiu largar o cigarro
No “CNN Sinais Vitais”deste domingo, 29 de maio (19h30), o médico Roberto Kalil debate com especialistas as causas e consequências do tabagismo, doença responsável pela morte de 443 pessoas por dia no Brasil, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).“Muita gente acha mais difícil largar o cigarro do que a heroína”, diz a jornalista Bárbara Gancia, que conseguiu dar adeus ao tabagismo.
São fumantes 9,5% dos brasileiros, equivalente a 20 milhões de pessoas acima dos 18 anos, segundo a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). Os danos causados pelo cigarro provocam gastos de cerca de R$ 125 bilhões de reais por ano para o sistema de saúde e à economia brasileira. A médica do INCA, Tânia Cavalcante, explica que o tabagismo é uma epidemia declarada em 1986 pela Assembleia Mundial de Saúde. “Atualmente, responde por 8 milhões de mortes anuais. Aqui no Brasil são 162 mil mortes anuais, são mortes altamente evitáveis”, destaca Tânia.
A cardiologista Jaqueline Scholz, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do InCor, explica que “a principal causa de morte dos fumantes, todo mundo acha que é a parte respiratória, mas não, é o cardiovascular. Infarto e acidente vascular cerebral, é o grande matador, explica. Segundo a especialista, o cigarro provoca mais de 40 doenças, entre elas vários tipos de câncer. A médica é a criadora do Programa de Assistência ao Fumante (PAF), que oferece terapia comportamental e medicamentos capazes de aumentar em três vezes o sucesso da pessoa que quer deixar de fumar. O programa mostra o exemplo da publicitária Tálita Sobral, ex-fumante que conseguiu largar o vício graças ao tratamento.
O pneumologista Ciro Kirchenchtejn, membro da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, explica que o tratamento melhorou a partir do momento em que o tabagismo passou a ser encarado como doença e o fumante deixou de ser considerado culpado pelos médicos. “Hoje, você não manda embora um doente hipertenso, você não manda embora um doente com asma. Então, ele precisa de acolhimento, precisa entender que ele tem uma doença porque a nicotina vai para o cérebro e ela modifica o centro do prazer. E o prazer é uma área fundamental para a vida”, explica.
No Rio de Janeiro, o “CNN Sinais Vitais" mostra os desafios de Elizabeth que, mesmo com um câncer de língua, enfrenta dificuldades para largar o vício. “Mais de 80% dos cânceres de pulmão estão relacionados ao cigarro, 70% dos cânceres de bexiga também estão relacionados ao cigarro. Quem fuma tem 30 vezes mais chance de desenvolver uma doença relacionada ao cigarro do que não fumante”, explica o médico Gustavo Melo Caboclo, chefe do Centro de Combate ao Tabagismo do INCA.
Cigarro eletrônico é outro grande vilão
Apesar da venda estar proibida no Brasil, uma pesquisa de 2020, conduzida pelo IPEC, estimou que mais de 1 milhão de brasileiros já usavam o cigarro eletrônico. Um dos mitos sobre este tipo de cigarro é que ele não faz mal. Mas o pneumologista Ciro Kirchenchtejn alerta:“Você fumar cigarro eletrônico, narguilé, mascar o tabaco, você fumar cigarro com filtro ou sem filtro, você está levando para o seu corpo de todas as formas uma droga que cria uma dependência, que rouba sua liberdade. Você é obrigado a gastar dinheiro todos os dias com uma coisa que você não precisaria”.
*O “CNN Sinais Vitais”, com o médico Roberto Kalil, vai ao ar aos domingos às 19h30, pela CNN Brasil.
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