Mutações: sobre a coragem e outras virtudes

maio 26, 2022

Com José Miguel Wisnik, Ailton Krenak, Francis Wolff, Eugênio Bucci, Vladimir Safatle, Olgária Matos, Lilia Schwarcz, entre outros.

 

Em tempos de mutações, tempos de grandes transformações em todas as áreas da atividade humana, dezoito pensadores do ciclo Sobre a coragem e outras virtudes se reúnem, a partir do dia 6 de junho, no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP, para dar resposta a uma questão fundamental para a existência da democracia hoje: como repensar a teoria da coragem em meio ao declínio de uma época, momento que o filósofo italiano Giorgio Agamben chamou de “tempos de trevas”? Ou seja, como repensar a teoria da coragem hoje? Corajoso não é aquele herói do dia, descrito pelas mídias e mostrado em filmes espetaculares. Ela supõe uma virtude individual, mas também virtude anônima e coletiva, como lemos na tradição republicana.

A primeira resposta dada por muitos conferencistas do ciclo consiste, pois, em dizer que não existe coragem política sem coragem moral e que é preciso buscar a retomada dos fundamentos pessoais e coletivos. Não há democracia sem a consciência de si, sem o saber de si e sem uma ética da coragem. Alguns filósofos chegam a dizer que a coragem é menos uma virtude pessoal e mais uma disposição coletiva em resposta a determinadas questões de uma época.

O segundo momento do ciclo procura analisar o problema do medo. Albert Camus escreveu, durante a Segunda Guerra, que o nosso século é o século do medo e mostra que não existe coragem sem medo: o corajoso é aquele que não ignora o medo. Lemos em Grande Sertão: Veredas, (tema da conferência de abertura do ciclo com o professor José Miguel Wisnik): “Medo, não, mas perdi a vontade de ter coragem”. Hannah Arendt, filósofa citada por alguns conferencistas, dá a resposta: “Ser livre para a liberdade significa, acima de tudo, ser libertada não apenas do medo, mas também da necessidade”. Os filósofos da Antiguidade diziam que a coragem transitava entre o medo e a temeridade. A coragem não é, portanto, uma virtude que age sozinha: a ela estão vinculadas três outras virtudes essenciais: a justiçaprudência saber (ou, como escreve Foucault, coragem de saber e coragem da verdade).

Por fim, a coragem só ganha sentido se se transformar em ação política. Diante do egoísmo organizado pelas mídias eletrônicas e da indiferença crescente das coisas do mundo, indiferença pela ordem social e política, devemos seguir advertência de Hannah Arendt: não é apenas a vida que está em perigo, mas o mundo do viver-juntos, do viver em comunidade: “A coragem é indispensável porque, em política, não é a vida, mas o mundo que está em jogo”.

O ciclo Mutações: sobre a coragem e outras virtudes é uma realização do Sesc SP por meio da unidade do Centro de Pesquisa e Formação em parceria com a Artepensamento, com a curadoria e concepção do filósofo, jornalista e professor Adauto Novaes.

 

 

Programação:

*(biografias dos participantes no final do release)

 

6 de junho: GRANDE SERTÃO: CORAGEM

JOSÉ MIGUEL WISNIK

 

7 de junho: O RITO DE PASSAGEM DO MEDO À CORAGEM

AILTON KRENAK

 

13 de junho: PODE-SE DEFENDER A CORAGEM?

FRANCIS WOLFF

 

14 de junho: CORAGEM EM TEMPOS DE REPÚBLICA BRASILEIRA

LILIA SCHWARCZ

 

20 de junho: A SUPERINDÚSTRIA DO IMAGINÁRIO E O VAZIO DA CORAGEM

EUGÊNIO BUCCI

 

21 de junho: ALÉM DO TEMOR: O LUGAR DO MEDO NOS CAMPOS DA MORTE

RENATO LESSA

 

27 de junho: A ANARQUIA DA CORAGEM

MÁRCIA SÁ CAVALCANTE

 

28 de junho: AS AMBIGUIDADES DA CORAGEM

JORGE COLI

 

4 de julho: UM AFETO PARA A REPETIÇÃO HISTÓRICA

VLADIMIR SAFATLE

 

5 de julho: SOLIDÃO E CORAGEM

NEWTON BIGNOTTO

 

11 de julho: DO PARAÍSO PERDIDO À TERRA PROMETIDA: CORAGEM E EXÍLIO

OLGÁRIA MATOS

 

 

12 de julho: FIGURAÇÕES CONTEMPORÂNEAS DO HUMANO: ANTROPOCENO E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

MARCELO JASMIN

 

18 de julho: CORAGEM DE ENTRAR NO NOVO MUNDO

PEDRO DUARTE

 

 

19 de julho: A CORAGEM DA VERDADE

HELTON ADVERSE

 

25 de julho: A CORAGEM DE FALAR E A POTÊNCIA DAS VOZES NEGRAS

TESSA MOURA LACERDA

 

26 de julho: A VARIANTE AUDACIOSA

LUIZ ALBERTO OLIVEIRA

 

1 de agosto: NASCEMOS NO MEDO. DE ONDE VEM A CORAGEM?

MARIA RITA KEHL

 

2 de agosto: SOBRE A VIRTUDE DA CORAGEM E O DESAFIO DA VERDADE

OSWALDO GIACOIA JUNIOR

 

Serviço:

Mutações: sobre a coragem e outras virtudes

De 6 de junho a 2 de agosto de 2022.

Horário das conferências: 19h30 às 21h30.

Preços: R$ 15,00 / R$ 7,50 / R$ 4,50

Informações e inscrições: sescsp.org.br/cpf

Recomendamos o uso de máscara. O acesso às unidades do Sesc está sujeito a legislação municipal referente à COVID-19.

 

CENTRO DE PESQUISA E FORMAÇÃO DO SESC

sescsp.org.br/cpf

Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar.

Bela Vista – São Paulo - SP

Tel: 3254-5600.

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*Biografias:

ADAUTO NOVAES é jornalista e professor; foi por vinte anos diretor do Centro de Estudos e Pesquisas da Fundação Nacional de Arte/ Ministério da Cultura. Em 2000, fundou a empresa de produção cultural Artepensamento. Os ciclos de conferências que organizou resultaram nos seguintes livros de ensaios: Os sentidos da paixão, O olhar, O desejo, Ética, Tempo e história (Prêmio Jabuti), Rede imaginária: televisão e democracia, Artepensamento, A crise da razão, Libertinos/libertários, A descoberta do homem e do mundo, A outra margem do Ocidente, O avesso da liberdade, Poetas que pensaram o mundo, O homem-máquina, Civilização e barbárie, O silêncio dos intelectuais, todos editados pela Companhia das Letras. Publicou ainda A crise do Estadonação (Record, 2003), Muito além do espetáculo (Senac São Paulo, 2000), Oito visões da América Latina (Senac São Paulo, 2006), Ensaios sobre o medo (Senac São Paulo, 2007), O esquecimento da política (Agir, 2007) Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo (Agir/Senac São Paulo, 2008) e A condição humana (Agir/Sesc SP, 2009).
JOSÉ MIGUEL WISNIK é professor sênior da área de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo, além de ensaísta e músico. Entre seus livros publicados encontram-se O coro dos contrários – A música em torno da Semana de 22 (1977), O som e o sentido – Uma outra história das músicas (1989), Sem receita – Ensaios e canções (2004), Machado maxixe – O caso Pestana (2008), Veneno remédio – o futebol e o Brasil (2008) e Maquinação do mundo – Drummond e a mineração (2018). Atuou como professor visitante na Universidade da California (Berkeley) e na Universidade de Chicago. Recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura (1978, 2009), o Troféu Noel Rosa (1989), o Prêmio Kikito do Festival de Cinema de Gramado (1989), o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (1991, 1993, 1995), o Prêmio do Festival de Cinema do Ceará (2001), a Ordem do Mérito Cultural (2009) e o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2019).
AILTON KRENAK, ativista indígena da etnia Krenak, fundou em 1988 a União das Nações Indígenas e, em 1989, o movimento Aliança dos Povos da Floresta. Atualmente, dirige o Núcleo de Cultura Indígena (Reserva Indígena Krenak, médio Rio Doce, MG). Em 2016, recebeu o título de Professor Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde leciona as disciplinas “Cultura e História dos Povos Indígenas” e “Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais”, no curso de especialização. Roteirista e apresentador das séries de TV: Índios no Brasil (1998/99, MEC - Video nas Aldeias); série Taru Andé - O Encontro do Céu Com a Terra (Canal Futura, 2007). Apresentador da série Fronteiras Fluídas (Noctua-Ancine, 2018). É Jornalista e escritor, com livros e artigos publicados em diversas línguas, além do português. 2021 - Pesquisador convidado da Cátedra Calas-IEAT-UFMG, questionando a lógica urbana e o especismo humano, com a pesquisa A Vida é Selvagem.
FRANCIS WOLFF foi professor de filosofia na École Normale Supérieure (Paris). Foi professor na Universidade de Paris-Nanterre e na USP. Escreveu os livros Socrate (edição portuguesa: Sócrates), Aristote et la Politique (edição brasileira: Aristóteles e a política), Dire le Monde (edição brasileira: Dizer o mundo), L’être, l’homme, le disciple e Notre Humanité, d’Aristote aux neurosciences (edição brasileira: Nossa humanidade, de Aristóteles às neurociências). Escreveu ainda ensaios para as coletâneas A crise da razão, O avesso da liberdade, Muito além do espetáculo, Poetas que pensaram o mundo, O silêncio dos intelectuais, Ensaios sobre o medo, O esquecimento da política, A condição humana, Vida, vício, virtude, Mutações: a experiência do pensamento e Mutações: elogio à preguiça.
LILIA SCHWARCZ, historiadora e antropóloga, é professora titular da USP e da Universidade de Princeton (EUA). Escreveu os livros As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos (pelo qual ganhou o prêmio Jabuti), Retrato em branco e negro: jornais, escravos e cidadãos em São Paulo no fim do século XIX, O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e pensamento racial no Brasil: 1870-1930, O império em procissão: a longa viagem da biblioteca dos reis – do terremoto de Lisboa à independência do Brasil, O sol do Brasil: Nicolas-Antoine Taunay e as desventuras dos artistas franceses na corte de D. João, 1816-1821 (ganhador do prêmio Jabuti), D. João Carioca – a corte portuguesa chega ao Brasil 1808-1821, Um enigma chamado Brasil (ganhador do prêmio Jabuti), Agenda brasileira (organizado com André Botelho), História do Brasil Nação, volume 3 – a abertura para o mundo, 1889- 1930 (organizadora do volume e diretora da coleção), Nem preto nem branco, muito pelo contrário, A batalha do Avaí - a beleza da barbárie: a Guerra do Paraguai pintada por Pedro Américo, Brasil: uma biografia (com Heloisa Murgel Starling), Lima Barreto: Triste Visionário, História do Brasil: nação em seis volumes (três dos quais indicados para o prêmio Jabuti). É curadora adjunta do Masp.
EUGÊNIO BUCCI jornalista, é professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da USP. Integra o Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura de São Paulo). Escreve quinzenalmente para o jornal O Estado de S. Paulo e para o site Observatório da Imprensa. É autor de, entre outros livros, Brasil em tempo de TV (Boitempo, 1996), Sobre ética e imprensa (Companhia das Letras, 2000), Do B (Record, 2003), Videologias (Boitempo, 2004, em parceria com Maria Rita Kehl) e Em Brasília, 19 horas (Record, 2008). Foi editor da revista Teoria e Debate (de 1987 a 1991), diretor de redação da Superinteressante (de 1994 a 1998) e da Quatro Rodas (entre 1998 e 1999), além de secretário editorial da Editora Abril (de 1996 a 2001) e presidente da Radiobrás (de 2003 a 2007). É colunista e crítico de vários jornais e revistas. Participou como ensaísta do livro e A condição humana.
RENATO LESSA é Professor Associado de Filosofia Política e Coordenador do Centro Levi na PUC-Rio. É, ainda, Investigador Associado do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. É doutor em Teoria Política (IUPERJ, 1994), com estágios de pós-doutorado na American University (Washington D. C., 1994), na Universidade de Lisboa (2004), na Universidade do Piemonte Oriental (Itália, 2011-2012) e na Universidade de Paris IV: Sorbonne (2015 e 2021/22). Publicou vários livros e ensaios nos campos da filosofia política e das interpretações sobre o Brasil, entre os quais A Invenção Republicana (Topbooks, 3a edição 2015), Veneno Pirrônico: ensaios sobre o ceticismo (Francisco Alves, 1997), Agonia, Aposta e Ceticismo: ensaios de filosofia política (Editora da UFMG, 2003) e Presidencialismo de Animação: ensaios sobre a política brasileira (Vieira & Lent, 2006). Suas publicações mais recentes, no campo da filosofia, são o livro O Cético e o Rabino: breve filosofia sobre a preguiça, a crença e o tempo, São Paulo: LeYa, 2019 e a coletânea Mundos de Primo Levi, Rio de Janeiro: Editora da PUC-Rio, 2022. É Pesquisador 1 A do CNPq, membro da Ordem do Mérito Científico (Brasil) e da Ordem da Instrução Pública (Portugal). Em 2018 foi agraciado com a Cátedra Alphonse Dupront, no Centre Roland Mousnier da Sorbonne Lettres Université (ex-Paris IV: Sorbonne). Foi, ainda, Presidente da Biblioteca Nacional, de 2013 a 2016 e Presidente da FAPERJ, em 2002. De 2003 a 2013 foi Presidente do Instituto Ciência Hoje. Há quinze anos tem participado com regularidade dos ciclos organizados pela Artepensamento e publicado ensaios nos livros deles resultantes.
MARCIA SÁ CAVALCANTE é professora titular de filosofia na Universidade de Södertörn (Suécia). Entre 1994 e 2000 foi Professora Adjunto do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. Suas principais áreas de trabalho são hermenêutica, fenomenologia, idealismo alemão, filosofia francesa contemporânea e estética poética e musical. Possui uma extensa lista de publicação em várias línguas. Dentre os seus livros pode-se mencionar: O começo de Deus: a filosofia do devir no pensamento tardio de F. W. Schelling, 1998, A Doutrina dos sons de Goethe a caminho da música nova de Webern, 1999, Para ler os medievais. Ensaio de hermenêutica imaginativa , 2000, Lovtal till intet: essäer om filosofisk hermeneutik (Elogio ao nada: ensaios de hermenêutica filosófica), 2006, Att tänka i skisser: essäer om bildens filosofi och filosofins bilder (Pensar por esboços: ensaios sobre a filosofia da imagem e as imagens da filosofia), 2011, Olho a Olho, ensaios de longe, 2011, Being with the without (com Jean-Luc Nancy), 2013, Dis-orentations: Philosophy, Literatura and the Lost grounds of Modernity (com Tora Lane), 2015, The End of the World: Contemporary Philosophy and Art (com Susanna Lindberg), 2017, O fascismo da ambiguidade (UFRJ, 2021), e Ex-Brasilis: brev från pandemin (Faethon, 2022). É tradutora de várias obras de filosofia e poesia dentre as quais Ser e Tempo, Heráclito, A Caminho da Linguagem de Martin Heidegger, Hipérion e Escritos Teóricos de F. Hölderlin, reflexões sobre o sonho e outros ensaios filosóficos de Paul Valéry.
JORGE COLI é professor titular em História da Arte e da Cultura da Unicamp. Formou-se em História da Arte e da Cultura, Arqueologia e História do Cinema na Universidade de Provença. Doutor em Estética pela USP, foi professor na França, no Japão e nos Estados Unidos. Foi também colaborador regular do jornal francês Le Monde. É autor de Música Final (Unicamp, 1998), A paixão segundo a ópera (Perspectiva, 2003) e Ponto de fuga (Perspectiva, 2004). Traduziu para o francês Os sertões, de Euclides da Cunha e Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos. Jorge Coli assina a coluna Ponto de Fuga, publicada aos domingos no caderno Mais! da Folha de São Paulo.
VLADIMIR SAFATLE é graduado em Filosofia pela USP e em Comunicação Social pela ESPM, mestre em Filosofia pela USP e doutor pela Universidade Paris VII. Atualmente, é professor de Filosofia na USP. Foi professor visitante das Universidades de Paris VII e Paris VIII, além de responsável de seminário no College International de Philosophie (Paris). Desenvolve pesquisas nas áreas de epistemologia da psicanálise, desdobramentos da tradição dialética hegeliana na filosofia do século XX e filosofia da música. É um dos coordenadores da International Society of Psychoanalysis and Philosophy. Escreveu Lacan para a série da Publifolha. Publicou um ensaio em A condição humana (Agir/Sesc SP, 2009).
NEWTON BIGNOTTO é professor titular aposentado de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Defendeu sua tese de doutorado sobre Maquiavel, em 1989, na École de Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, sob a direção de Claude Lefort. Dentre outros, publicou os livros: Linguagem da Destruição (com Heloísa Starling e Miguel Lago (2022); Golpe de Estado: História de uma Ideia (2021); O Brasil à procura da democracia: da proclamação da república ao século XXI (2020); Matrizes do republicanismo (org.) (2014); As aventuras da virtude (2010), Republicanismo e realismo: um perfil de Francesco Guicciardini (2006); Origens do republicanismo moderno (2001-2021); Pensar a República (org.) (2000); O tirano e a cidade (1998-2020) e Maquiavel republicano (1991- 2003).
PEDRO DUARTE é doutor em filosofia pela PUC-Rio, de onde é professor na graduação, pós-graduação e especialização em Arte e Filosofia. Foi professor visitante nas universidades de Brown (EUA) e Södertörns (Suécia). É autor dos livros Estio do tempo: Romantismo e estética moderna e A palavra modernista: vanguarda e manifesto. Prepara Tropicália, para a coleção O livro do disco. Publicou capítulos em livros e artigos em periódicos acadêmicos e veículos da mídia. Desenvolve pesquisas voltadas para filosofia contemporânea, estética, cultura brasileira e história da filosofia.
MARCELO GANTUS JASMIN é historiador, mestre e doutor em ciência política e professor do Departamento de História da PUC-Rio e do IUPERJ, onde ensina Teoria Política e História do Pensamento Político e Social. Publicou os livros: Alexis de Tocqueville: a historiografia como ciência da política (Access) e Racionalidade e história na teoria política (Editora da UFMG) e vários artigos e capítulos sobre as relações entre história e teoria política. Atualmente é diretor-executivo da Fundação Casa de Rui Barbosa.
OLGÁRIA MATOS doutora pela École des Hautes Études, pelo Departamento de Filosofia da FFLCH-USP, e professora de Filosofia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Escreveu: Rousseau: uma arqueologia da desigualdade (Mg Editores Associados, 1978), Os arcanos do inteiramente outro – a Escola de Frankfurt, a melancolia, a revolução (Brasiliense, 1989), A Escola de Frankfurt – sombras e luzes do Iluminismo (Moderna, 1993) e Discretas esperanças: reflexões filosóficas sobre o mundo contemporâneo (Nova Alexandria, 2006). Colaborou na edição brasileira de Passagens de Walter Benjamin e prefaciou Aufklârung na Metrópole – Paris e a Via Láctea. Participou recentemente da coletânea Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo.
HELTON ADVERSE é doutor em filosofia pela UFMG, da qual é professor. É pós-doutor pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais. Especializou-se em filosofias políticas renascentista e contemporânea, com ênfase na tradição republicana e no sentido político.
TESSA MOURA LACERDA é professora de Filosofia na Universidade de São Paulo- USP, especialista em Filosofia Moderna, mas estudiosa também de outros temas, como a relação entre história, memória e testemunho (relacionada particularmente com a ditadura civil-militar brasileira de 1964-85); e as questões de gênero pensadas de um ponto de vista filosófico (feminismos, Transfeminismo, teoria queer). É autora de A política da metafísica. Teoria e prática em Leibniz (Humanitas, 2004), As paixões (Martins Fontes, 2013), além de inúmeros artigos principalmente sobre Filosofia Moderna e sobre os feminismos e sua relação com a proposta de reescritura do cânone filosófico. Editora da revista Cadernos espinosanos. Estudos sobre o Pensamento do Século XVII, da USP. Coordenadora do grupo NÓS - Grupo de estudos sobre feminismos da USP. É membro da Comissão de Defesa de Direitos Humanos da FFLCH-USP (comissão que atualmente preside).
LUIZ ALBERTO OLIVEIRA é físico, doutor em cosmologia, pesquisador do Laboratório de Cosmologia Física Experimental de Altas Energias e professor de história e filosofia da ciência do Centro de Pesquisas Físicas — CBPF/CNPq. Escreveu ensaios para Tempo e história, Crise da razão, O avesso da liberdade, O homem-máquina, Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo e A condição humana.
MARIA RITA KEHL psicanalista, doutora em psicanálise pela PUC e escritora. Autora de artigos na imprensa brasileira desde 1974, escreveu ensaios em diversas coletâneas, algumas organizadas por Adauto Novaes. Seus últimos seus livros são: Sobre ética e psicanálise (Companhia das Letras), Ressentimento (Casa do Psicólogo), Videologias (em parceria com Eugenio Bucci, Boitempo) e O tempo e o cão (Boitempo). Recentemente, escreveu ainda para os livros Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo e A condição humana.
OSWALDO GIACOIA JUNIOR é professor do Departamento de Filosofiada Unicamp. Doutor em filosofia com tese sobre a filosofia da cultura de Friedrich Nietzsche na Universidade Livre de Berlim, publicou, entre outros livros: Os labirintos da alma (1997, Unicamp), Nietzsche como psicólogo (Unisinos, 2004) e Sonhos e pesadelos da razão esclarecida (UPF Editora, 2005). Escreveu para Mutações: ensaios sobre as novas configurações do mundo e A condição humana.



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