Biblioteca A Casa Amarela em Anchieta chega para trazer cultura e arte ao subúrbio carioca
maio 31, 2022
Livros, afeto e acolhimento pela transformação - Biblioteca “A Casa Amarela” em Anchieta chega para trazer cultura e arte ao subúrbio do Rio de Janeiro
Liderada por Pedro do Livro, a proposta é mostrar que a leitura faz a diferença e transforma a vida das pessoas.
“Um livro na mão pode ser a arma mais poderosa que uma pessoa pode portar” – Pedro do livro
A leitura é a mola mestra na formação do ser humano. Quem lê tem a possibilidade de viajar para inúmeros lugares e viver em mundos diferentes, participando de experiências que vão além do mundo real, mas que dialogam com a realidade, o que permite aprendizados e reflexões profundas. E a Biblioteca A Casa Amarela chega para fazer a diferença: se tornar um espaço de convivência que vai buscar ser referência na leitura, principalmente para crianças e mulheres. Além de livros, será um local de trocas, de afeto e acolhimento - e que inaugura em Anchieta, zona norte carioca, no próximo dia 11 de junho, sob o comando de Pedro Gerolimich, idealizador do projeto.
O professor e escritor, também conhecido por Pedro do Livro, faz uma aterrissagem em terra firme e traz na bagagem muitos planos. O principal deles é o de levar o visitante a uma grande viagem na literatura, de um jeito que seja possível alcançar um novo mundo de quem tem sede de saber.
Com o apoio da Secretaria de Estado e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Central Única de Favelas, a Biblioteca vai funcionar também como ferramenta de transformação social, e mais, vai ser um cantinho aberto para quem não está acostumado ou sequer jamais vislumbrou estar num lugar assim. Na programação, atividades lúdicas e educacionais, oficinas literárias, reforço escolar, escrita criativa, aulas de inglês, leitura dramatizada, gastronomia, teatro e artes visuais.
“Esse projeto vem se desenhando na minha cabeça desde o inicio da retomada das atividades presenciais, acho que a pandemia nos fez voltar a questões que antes não dávamos a devida atenção, são questões como solidariedade, afeto, até mesmo um simples abraço tiveram todo um ressignificado em minha vida, por isso comecei a compartilhar esse sonho, primeiro com minha esposa, minha família, amigos, daí tudo foi crescendo e o sonho passou a ser o sonho de outras pessoas também, até se tornar realidade” – relata Pedro do livro.
O Projeto
A Biblioteca “A Casa Amarela” nasceu a partir de um grupo de moradores envolvidos com o bairro Anchieta que se uniu e começou a colocar a mão na massa, desde a diretoria, oficineiros, voluntários, entre outros. O funcionamento vai girar em torno de dois principais programas: o empréstimo de livros com o cadastro prévio e a distribuição gratuita de livros, com o compromisso do leitor, assim que terminar a leitura, passar adiante a obra para outra pessoa. A Casa Amarela quer se tornar uma referência sociocultural do bairro e trazer um diferencial positivo na vida das pessoas.
“Meu sonho é que nossa cidade, que já é reconhecida pela sua beleza, seja reconhecida também como uma cidade educadora, que um livro em uma estante ou na mochila de uma criança não seja privilégio somente das crianças ricas, mas faça parte de nosso dia a dia, que mães possam trabalhar e ter com quem deixar seus filhos e que na volta para casa eles estejam alimentados e felizes” – completa Gerolimich.
Outro foco do projeto é a intenção de mudar o entorno, formando cidadãos críticos, pensantes e autônomos. Paralelo a isso, os arredores também serão transformados de alguma maneira, chamando a atenção para as carências do bairro, fazendo melhorias e ampliando os direitos da vizinhança.
Sobre Pedro Gerolimich – o Pedro do livro
Filho de um professor de história, mãe advogada e formado em geografia, o professor e escritor Pedro Gerolimich, nascido e criado em Anchieta, vem deixando sua marca em projetos importantes no mundo da literatura, como o Livro de Rua, que já distribuiu gratuitamente mais de 100.000 exemplares por diversos bairros do Rio de Janeiro. No ano de 2019, assumiu o cargo de Superintendente de Leitura e Conhecimento na Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro. E, foi na adversidade que assolava o mundo, em tempos de coronavírus, que ele teve a ideia de lançar o ‘Histórias por Telefone’. Uma iniciativa que buscava alcançar idosos e pessoas solitárias durante a pandemia. Através de uma ligação telefônica, voluntários contavam histórias, liam poesias ou apenas conversavam com os participantes. Foi um grande sucesso.
Atualmente, é Coordenador Geral da Traços-RJ, uma revista que nasceu para gerar renda e reinserir no mercado de trabalho pessoas em situação de rua ou de extrema vulnerabilidade financeira, através da venda de exemplares. Agora, também está à frente da Biblioteca A Casa Amarela, um projeto que já nasce gigante e de importância ímpar para a população do bairro de Anchieta e arredores.
Livros podem mudar a vida de uma pessoa, conhecimento não se guarda, compartilha-se, como muito bem disse Malala, a menina que ficou mundialmente famosa porque queria ir para escola “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo!” finaliza.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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