Inscrições para cursos em Técnicas e Produção para Artes Cênicas em Ipatinga (MG) terminam no dia 11 de março
março 08, 2022
Os cursos nas áreas de luz, som, técnicas de palco e produção são gratuitos e serão ministrados nos equipamentos do Instituto Usiminas. As inscrições podem ser feitas até 11 de março.
Última semana para inscrições no processo seletivo para novas turmas do programa Práticas e Técnicas para as Artes Cênicas, do Instituto do Teatro Brasileiro, no município de Ipatinga, MG. As inscrições encerram no dia 11 de março e devem ser feitas no site www.itb.art.br.
Os cursos são gratuitos e as aulas ocorrerão entre 13 de abril e o final de julho de 2022. O projeto conta com o patrocínio da Usiminas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e apoio do Instituto Usiminas. Podem participar do processo candidatos que possuam Ensino Médio completo e tenham mais de 18 anos. A seleção ocorre em duas etapas e leva em consideração a Lei nº 12.711/2012, sobre a política de cotas para o ingresso em universidades públicas federais. A primeira fase consiste na análise da ficha de inscrição do candidato; e a segunda, em entrevistas com os coordenadores dos cursos.
Os responsáveis pelo programa são a consultora pedagógica Maria Thais, os coordenadores pedagógicos André Prado e Gabriel Fontes Paiva (que também coordenam as oficinas de luz e produção, respectivamente) e os coordenadores das oficinas de som, André Omote e palco, Joab Sangi. O corpo docente contará ainda com mais de 40 profissionais de notório conhecimento nas disciplinas ministradas.
Com duração total de 96 horas de aulas e 40 horas de estágio supervisionado obrigatório, o PTAC oferece formação nas áreas de luz, som, técnicas de palco e produção. As aulas terão formato híbrido, presencialmente nos equipamentos do Instituto Usiminas e online por meio de plataforma digital. O programa tem formato de laboratório e oficinas com foco em conhecimentos gerais e diversos nas artes cênica, além de conteúdo específico sobre cada área. Ao final do curso, os alunos aprovados receberão o certificado de participação do ITB e o registro profissional.
Cada curso é dividido em quatro módulos. O Módulo 1 (48 horas) tem grade curricular comum para todas as turmas, pois seu objetivo é contextualizar o aluno na área artística e no ambiente profissional.
Com grade específica por curso, o Módulo 2 (16 horas) busca fundamentar o aluno sobre os fenômenos científicos e conceitos da área escolhida. O Módulo 3 (32 horas) aprofunda e desenvolve os conhecimentos vistos até aquele momento.
Já o Módulo 4 (40 horas) é o estágio supervisionado, que tem como objetivo introduzir o aluno no mercado de trabalho e ajudá-lo a experimentar o cotidiano da profissão. Há também uma consultoria a partir da avaliação entregue pela entidade parceira que oferece o estágio.
Formando profissionais
O programa Práticas e Técnicas para as Artes Cênicas – PTAC surgiu da percepção do Instituto do Teatro Brasileiro sobre as relações entre a formação e as crescentes demandas do mercado de trabalho de profissionais nas áreas técnicas e de produção, no campo das artes cênicas. Se por um lado observa-se a carência de cursos e estudos dedicados à formação de técnicos e produtores, por outro identifica-se uma crescente oferta de trabalho a estes profissionais, convidados a atuar em diferentes contextos e linguagens. Profissionais com experiência acumulada são cada vez mais solicitados pela produção cultural. Mas os jovens técnicos, na maioria das vezes, trilham um caminho de ensino não formal baseado apenas na instrumentalização técnica, sem perspectiva artística e criativa.
O PTAC é um laboratório de oficinas de formação com foco inicial voltado para a introdução aos fundamentos da linguagem cênica e, a seguir, aos conteúdos específicos de cada área. Pensado como um laboratório prático, criativo, de experimentação, os módulos iniciais são comuns a todas as áreas e o desenvolvimento de projetos específicos fica a cargo de cada uma das áreas.
Alguns princípios norteiam a formulação do PTAC, tais como: construir um programa que observe as especificidades de cada lugar - região, cidade etc. onde será desenvolvido; encontrar parcerias locais (institucional, artística, pedagógica); transitar por regiões, permitindo o intercâmbio entre artistas e formadores de todo o país; ser um laboratório prático de criação e experimentação; desenvolver um programa transversal, que permita aos alunos uma atuação autônoma e responsável.
O programa estreia em Ipatinga, MG e deve chegar em breve a cidades de outras regiões do país, como São Paulo, SP e Petrolina, PE. E, para oferecer uma formação plural, que se ajuste ao contexto de cada lugar atendido pelo programa, os cursos serão ministrados por profissionais locais. “O Brasil possui, em todas as regiões, artistas criativos, que conhecem a realidade cultural de seus territórios, com os quais poderemos aprender os diversos modos de fazer teatro”, explica Gabriel Fontes Paiva.
“E os professores locais também farão trocas com os mentores vindos de fora. Queremos que esse intercâmbio torne a experiência ainda mais enriquecedora para os alunos”, acrescenta André Prado.
Sobre o ITB e os profissionais do PTAC
O Instituto do Teatro Brasileiro - ITB nasceu para proteger o registro da história do teatro no país, assim como, para multiplicar seu alcance. Três pilares norteiam sua atuação: a democratização do teatro, a formação e a preservação da memória.
Maria Thais (consultora pedagógica)
Maria Thais é professora doutora em Interpretação e Direção Teatral no Departamento de Artes Cênicas da ECA/USP. Ela ministra disciplinas no Programa de Pós-Graduação e é diretora da Cia Teatro Balagan.
Foi professora do Departamento de Artes Cênicas da Unicamp e responsável pela concepção, implantação e coordenação do projeto Escola Livre de Teatro, do Departamento de Cultura de Santo André, SP.
Gabriel Fontes Paiva (coordenador pedagógico e do curso de Produção Cultural)
Gabriel Fontes Paiva idealizou e realizou mais de 80 projetos culturais de destaque, fundamentados em pesquisas e experimentações cênicas e construídos coletivamente com alguns dos principais artistas do teatro e da música da atualidade no Brasil.
Dirigiu vários espetáculos de teatro, com destaque para “Neste Mundo Louco Nesta Noite Brilhante”, “A Golondrina”, “Marte, Você Está Aí?” e “Uma Espécie de Alasca”. Possui seu escritório de produção cultural desde 2001, a Fontes Realizações Artísticas. E é diretor artístico do Grupo 3 de Teatro, fundado em 2005 por ele e as atrizes Yara de Novaes e Débora Falabella. Foi presidente da APTI (Associação dos Produtores Teatrais Independentes) até 2021.
And
ré Luiz Prado (coordenador pedagógico e do curso de Técnico em Iluminação Cênica)
André Prado começou sua carreira artística em 1996, na área da música e em 1998, no teatro. Iniciou seus estudos acadêmicos no curso de Comunicação Social pela Universidade São Judas Tadeu. É formado em Eletroeletrônica pela Escola Senai A. Jacob Lafer e estudou Iluminação Cênica com o diretor Roberto Lima.
Tem atuado como iluminador de muitos grupos da cena teatral, da música e da dança paulistana. Foi coordenador técnico do Projeto Piloto e da primeira gestão da ocupação artística da antiga Escola Municipal de Bailados de São Paulo, hoje Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo.
And
ré Luís Omote (coordenador do curso de Técnico de Som)
Desde 1991, André Omote trabalha com sonorização de espetáculos teatrais, óperas, musicais, balés, shows e eventos. Fez o projeto de som de 28 peças e musicais, coordenou a sonorização de 20 óperas realizadas no Theatro Municipal de São Paulo e operou o som de mais de 70 espetáculos teatrais, shows, musicais e eventos.
Joab
Sangi (coordenador do curso de Técnicas de Palco)
Arquiteto, cenógrafo, figurinista e design de produtos, Joab Sangi é natural de Ipatinga, MG. É mestrando em Design de Produtos e Espaço - IADE Creative University (Lisboa, Portugal); graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Unileste; e formado no curso de Iluminação Cênica pelo Seminaluz. Também passou pelo Núcleo de Pesquisa em Cenografia do Galpão Cine Horto; fez curso livre de cenografia e Expografia – Itaú Cultural e realizou vários cursos de formação criativa em artes cênicas.
É professor do módulo de Cenografia e Figurinos no curso livre de teatro do Espaço Cultural Casa Laboratório e assina, desde 2015, todos os projetos cenográficos desse equipamento e da Orquestra de Viola Caipira Vale do Aço.
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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