Festival Curta Brasília traz filmes inéditos em realidade virtual de diversos países em seu metaverso a partir desta quarta-feira (8)
dezembro 12, 2021
O público vai poder conferir durante cinco dias curtas-metragens nacionais e internacionais em sua plataforma digital e totalmente gratuita. Para participar basta acessar o site www.curtabrasilia.com.br
Consolidado como um dos principais festivais brasileiros de curta-metragem, o Festival Curta Brasília comemora, neste ano, uma década. E para iniciar a celebração de suas 10 primaveras, preparou uma programação online e totalmente gratuita, de quarta-feira a domingo, 8 a 12 de dezembro, com mostras em realidade virtual com curtas nacionais e internacionais, em sua maioria inéditos no Brasil até o momento.
Assim como em 2020, a edição será online e vai acontecer no próprio metaverso do Festival, que permite não apenas o acesso aos filmes em 360º e 2D gratuitamente pelo computador, como também a criação e interação entre avatares escolhidos pelo público com passeio imersivo em ambiente com estética retrofuturista, criada pela VP Events.
“Esse será nosso segundo ano com este modelo de Festival, com uma plataforma de realidade virtual, onde recebemos um público de 11 países, somando mais de 5.400 visualizações durante quatro dias em 2020. Enxergamos que esta nova forma de interação social após o contexto da pandemia é de grande valia e nos possibilita alcançar um grande público sem as barreiras que o ambiente físico nos limita. A programação traz esse conceito de retrofuturismo, mas de uma forma que coloca em destaque os direitos humanos, as mudanças climáticas e as desigualdades sociais que avançam mesmo com tecnologias mais presentes a cada dia”, explica Ana Arruda, diretora do Festival.
Pioneiro na América Latina
Desde 2016, e sendo o primeiro festival da América Latina com programação de cinema de 360˚, o Curta Brasília apresenta uma área exclusiva de cinema de realidade virtual. Com um histórico de parcerias internacionais, workshops e laboratórios voltados para as narrativas imersivas, criando uma ponte entre o público e as novas tecnologias.
Formato híbrido - presencial e virtual
Em 2021, o Curta Brasília retornou com suas atividades presenciais no Festival Hors Pistes do Centre Pompidou de Paris, realizado pela Aliança Francesa de Brasília, com a CVR - mostra de realidade virtual - no contexto do Novembre Numérique, em parceria com a Embaixada da França. "O intuito é seguir em 2022 com essas atividades que realizamos neste ano, para comemorar os 10 anos do nosso Festival e expandir para todos os públicos, tanto para os brasileiros quanto para os estrangeiros", antecipa Ana.
Filmes que vão estar presentes na mostra
Com patrocínio da Embaixada do Reino dos Países Baixos e da Embaixada da França, e apoio da Embaixada da Espanha, com parceria do Instituto Cultural da Dinamarca, o festival é realizado pela Sétima Cinema, e a Mostra CVR de Realidade Virtual vai apresentar alguns curtas-metragens inéditos produzidos nesses países, além da retrospectiva com alguns convidados.
A abertura oficial acontece na quarta-feira, às 19h, com Encontro Virtual de Abertura (Happy Hour) onde visa reunir o maior número de participantes de todo o mundo em seu metaverso. A programação vai contar com um debate com o diretor João Inada (do premiado filme "Na Pele") e a produtora Thamyra Tâmara (GatoMídia), atuantes no Complexo do Alemão e em periferias do Brasil com projetos sociais e artísticos. O debate vai abordar tecnologia e afrofuturismo, como democratizar e cocriar realidades e narrativas mais acessíveis para todes. Para quem quiser acompanhar, basta acessar o canal do Youtube oficial do evento (Festival Curta Brasília).
A Holanda, referência em políticas em prol da economia criativa, direitos humanos e inovação, segue parceria com o Festival, trazendo reflexões ao grande público por meio do cinema e da realidade virtual.
A programação dos curtas holandeses vai abordar a diversidade, explorando narrativas tradicionais e imersivas para falar sobre identidade, como é o caso do filme Jordy in Transitland, de Willem Timmers. O empoderamento e auto-aceitação, fazem parte do curta Munya in mij, de Mascha Halberstad, e a forma de lidar com desafios cotidianos distorcendo sua realidade com estilo bem-humorado, está presente no curta Jacco's film, de Daan Bakker. Alguns filmes fazem parte da retrospectiva de 10 anos, revisitando edições do Festival com destaques.
O Festival, desde sua segunda edição, conta com a parceria da Embaixada da França que, neste ano, vai promover um debate sobre metaverso, realidade virtual e especulações do futuro. Com os especialistas franceses Damien Gires e Guillaume Lucas da Hervé de Paris, grupo que é referência em realidade virtual, com histórico de atuação com o Brasil. A mediação será feita por Mariana Brecht, roteirista e narrative designer de experiências imersivas premiadas, como "A Linha" e "YUKI".
Entre os títulos, premiados curtas serão exibidos, como o curta francês The Real Thing, de Benoit Felici e Mathias Chelebourg. O filme faz uma viagem para uma cópia do nosso mundo, uma realidade paralela arquitetônica de outros países, com réplicas de obras em ambiente residencial na China, com ares de ficção científica. Na programação de filmes franceses, Odyssée, de François Vautier, também está na mostra. Este promove uma experiência de realidade virtual que vai além do convite à viagem, não só esclarecendo as intenções monumentais de Kubrick, mas também revelando uma das chaves da obra nunca antes evocada. Outro destaque fica por conta de I Gotta Look Good for the Apocalypse, de Ayce Kartal, que simula uma possível realidade social impulsionada por momentos epidêmicos e de metaversos.
A Espanha estará presente com o filme M.O.M que mostra como a inteligência artificial pode afetar as relações afetivas humanas de uma forma decisiva, revelando um futuro mais próximo e possível do que imaginaríamos. Já o documentário espanhol Symphony mostra a potencialidade da narrativa imersiva para mergulhar no universo da música desde a concepção de uma composição, a construção de um instrumento até a experiência de estar dentro da orquestra.
O destaque brasileiro fica por conta do filme Na Pele, de João Inada, exibido em festivais como IDFA - Competition for Digital Storytelling 2020, South by Southwest (SXSW) e Luxembourg City Film Festival.
Confira todos os curtas que vão estar presentes na mostra
Na Pele (360˚)
Dir. João Inada, 23 min. 2020, Brasil, Luxemburgo, China, Alemanha
Jordy in Transitland (2D)
Dir. Willem Timmers, 06 min. 2016, Holanda
Munya in mij (2D)
Dir. Mascha Halberstad, 20 min. 2013, Holanda
Jacco's film (2D)
Dir. Daan Bakker, 17 min. 2009, Holanda
Meet the Soldier (360˚)
Dir. Teddy Cherim, 21. 2018, Holanda e Uganda
The Real Thing (360˚)
Dir. Benoit Felici e Mathias Chelebourg, 16 min. 2018, França
Odyssey 1.4.9 (360˚)
Dir. François Vautier, 07 min. 2019, França
I Gotta Look Good for the Apocalypse (2D)
Dir. Ayce Kartal, 5 min. 2021, França
M.O.M (2D)
Dir. Patrícia Huguet, 19 min. 2021, Espanha
Symphony (2D)
Dir. Igor Cortadellas, 14 min. 2020, Espanha
Less than Human (2D)
Dir. Steffen Bang Lindholm, 06 min. 2016, Dinamarca
Bacchus (2D)
Dir. Rikke Alma Krogshave Planeta, 05 min. 2018, Dinamarca
Escritora, autora da duologia "A Princesa e o Viking" disponível na Amazon. Advogada e designer de moda. Desde 2008 é blogueira. A longa trajetória já teve diversas fases, iniciando como Fritando Ovo e desde 2018 rebatizado como Leoa Ruiva, agora o blog atinge maturidade profissional, com conteúdo inovador e diferenciado. Bem vindos!
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