Edimilson Pereira abre o FLI-BH cobrando diversidade editorial

agosto 09, 2021

Escritor mineiro negro, que é um dos mais premiados da literatura brasileira, fala sobre a falta de diversidade na produção editorial do país

A Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Periférico, realizam, entre 10 e 20 de agosto, a 4ª edição do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI BH) que terá Edimilson de Almeida Pereira na conferência de abertura, às 19h30.

 

Um dos escritores mais premiados da literatura nacional, o mineiro de Juiz de Fora vai falar sobre como a produção editorial do país ainda é frágil na publicação da diversidade cultural e intelectual brasileira. Editorias negras no Brasil: Notas sobre ser estrangeiro em sua própria terra” é o tema a ser abordado por Edimilson. A mediação será de Ana Elisa Ribeiro e Madu Costa que são curadoras do 4º FLI BH.

Sobre o conferencista

Edimilson de Almeida Pereira é poeta, ficcionista, ensaísta, professor da UFJF e pesquisador da cultura e da religiosidade afro-brasileiras. Graduado em Letras, especialista e mestre em Ciência da Religião pela UFJF e Literatura Portuguesa pela UFRJ, com doutorado em Comunicação (UFRJ-UFJF) e Cultura e pós-doutorado em Literatura Comparada pela Universidade de Zurique, na Suíça. Autor de dezenas de livros e artigos, com importantes publicações de cunho etnográfico, fruto de pesquisas sobre a produção cultural oriunda da diáspora africana no Brasil, como “Entre Orfe(x)u e Exunouveau: análise de uma epistemologia de base afrodiaspórica na Literatura Brasileira” (Editora Azougue), “Guelras” (Mazza Edições), “Poesia + antologia 2015-2019” (Ed. 34) e “O ausente” (Relicário Edições).

 

Sobre as mediadoras

Ana Elisa Ribeiro é pesquisadora e professora do CEFET-MG no curso de Letras (Bacharelado em Tecnologias da Edição), no Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens (mestrado e doutorado) e no ensino médio (Redação). Também é curadora da coleção Leve um Livro que distribui milhares de edições de poesia em BH.

Madu Costa é o nome artístico de Maria do Carmo Ferreira da Costa, pedagoga arte-educadora, escritora, cordelista e narradora de histórias. Madu leciona artes e literatura na rede municipal de BH, dá cursos de contação de histórias com o Grupo Conta e Encanta e é integrante do “Coral Ágbará Vozes da África Cantamos na língua Yorubá”. A autora escreve sobre a afro-brasilidade para difundir a afirmação racial entre as crianças, como meio de transformar a realidade delas.

 

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