“PRETA DE ÉBANO”

julho 11, 2021

UMA PRINCESA DO NOSSO TEMPO

O espetáculo infantojuvenil atualiza o papel feminino na sociedade, mostrando que não se fazem mais princesas como antigamente. Felizmente.


Já foi o tempo dos contos de fadas em que princesas esperavam por príncipes encantados para salvá-las, e o final feliz para elas era o casamento. Assim como já foi o tempo em que princesa tinha de ser branca como a neve. Hoje a princesa é negra e tem mais com o que se preocupar do que casamento e príncipe salvador. Ela, sim, é a salvadora. E não de uma vida, mas de toda uma comunidade. Ou um reino, como é o caso de Preta de Ébano, personagem-título do livro de Gisela de Castro, que escreveu a obra inspirada no questionamento da filha: “Existem princesas negras?”. O livro virou peça estrelada pela atriz Luiza Loroza, dirigida por Natália Balbino e com trilha sonora composta por Maíra Freitas. 

Graças ao PRÊMIO DE MONTAGEM TEATRAL DA FUNARJ, “Preta de Ébano” estreia microtemporada no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, com duas sessões agendadas para Projeto Escola e duas sessões abertas ao público no domingo, dia 11 de julho, às 14h e às 17h. E há previsão de temporada on-line a partir de setembro.

Preta de Ébano é muito mais do que uma princesa. Com suas perguntas, ela será capaz de salvar a si e ao seu reino, mas não fará isso sozinha. Ela vai contar com o poder da orientação ancestral das Três Senhoras. Juntas, elas vão pesquisar a magia das ervas, do tempo e do mistério.

Luiza Loroza é a narradora da saga da princesa negra. A atriz está atenta à responsabilidade de dialogar com o público infantojuvenil e feliz em poder colaborar para formar uma geração que reconheça a igualdade de gênero, sem preconceito racial e com respeito à ciência. No espetáculo, ela está sozinha em cena, mas sabe que representa várias mulheres negras: mães, filhas, professoras, sábias, cientistas, heroínas.

A diretora Natália Balbino lembra que a história de Preta de Ébano ainda faz mais um paralelo com a situação que estamos vivendo agora. A princesa se isola com as sábias para encontrar – por meio dos saberes ancestrais sobre o poder de cura das plantas – a salvação para os problemas do reino. Exatamente como os pesquisadores debruçados sobre a ciência para produzir vacinas capazes de vencer a Covid-19. “E ainda temos, aqui no Brasil, a Dra. Jaqueline Goes de Jesus, que sequenciou o coronavírus”, observa Natália, destacando a biomédica baiana, de 31 anos, coordenadora da equipe que sequenciou o genoma do vírus em 48 horas, tempo recorde em relação a outros países.

Ao lado de Luiza Loroza e Natália Balbino, temos o terceiro vértice da pirâmide, a terceira sábia: Maíra Freitas, compositora, pianista e cantora, que fez a trilha sonora do espetáculo.

 

Sinopse

A chegada de um ardiloso forasteiro ameaça o reino tranquilo da jovem princesa Preta de Ébano. A protagonista dá nome ao espetáculo teatral infantojuvenil, onde é narrada a história de uma princesa heroína que embarca em uma jornada para salvar seu povo. “Quando não souberes para onde ir, olha para trás e saibas ao menos de onde vens.” Com muita coragem e pelo poder da orientação ancestral, Preta de Ébano vai pesquisar a magia das ervas e do tempo.

 

A autora

Gisela de Castro nasceu em Santa Teresa, no Rio de Janeiro-RJ. É multiartista, produtora, sócia e diretora artística da Editora Zucca Books e da Zucca Produções, desde 2003. Licenciada em Ciências Biológicas pela UFRJ, estudou Metodologia do Ensino na Unicamp e agora é mestranda em Mídias Criativas na ECO/UFRJ. É autora contratada da Agência Riff, inaugurada em 1991, que representa grandes nomes da literatura brasileira e as principais editoras no Brasil e em Portugal. Recebeu prêmios como atriz e escritora, e foi finalista do Prêmio Jabuti 2020, pelo livro “Um voo sobre as capitais brasileiras” (2019). Em 2017, lançou “A asa da borboleta e outras sutilezas”, com ilustrações de Anna Bella Geiger. Está com dois livros no prelo: “A curiosidade matou o gato?”, com ilustrações de Luci Vilanova, e “Leon”, em parceria com Guto Lins. “Preta de Ébano”, lançamento da Zucca Books em 2021, virou peça homônima com várias temporadas previstas em modos presencial e virtual.

 

A diretora

Natália Balbino é bacharel em Artes Cênicas pela PUC-Rio. Mestranda em Artes da cena pela UFRJ. Nascida na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, desenvolve, desde a graduação, uma pesquisa sobre a representação de pessoas negras e faveladas no audiovisual. Roteirista da Rede Globo, pôde colaborar com “Malhação Transformação”. Em 2021, teve uma oficina de roteiro aprovada na Lei Aldir Blanc. Com o incentivo da Prefeitura do Rio, pôde realizar um projeto focado nos adolescentes da Rede Municipal da Vila Cruzeiro onde nasceu. Natália também é atriz com experiência no teatro e no audiovisual. Participou da web-série “Zodíaca”, da Conspiração Filmes, no canal Hysteria. Esteve também no filme “Diário de Intercâmbio”, com previsão de estreia para 2021. Trabalhou ainda como assistente de direção ao lado de diretores como Ana Kfouri e Luiz Fernando Lobo, da Companhia Ensaio Aberto.

 

A diretora musical e compositora da trilha sonora

Maíra Freitas é pianista de sólida formação clássica, vinda de família de músicos, que partiu para a carreira de cantora, arranjadora e compositora a partir de seu primeiro CD solo em 2011, pela gravadora Biscoito Fino. “Maíra Freitas” teve produção de sua irmã Mart'nália e participação de seu pai, Martinho da Vila. Maíra lançou-se nos mercados nacional e internacional e passou a fazer shows e turnês. Em 2012, fez participação no DVD “Duas Faces - Ao Vivo na Mangueira”, de Alcione, cantando a música “Basta de clamares inocência” (Cartola), acompanhada pela Orquestra da Mangueira. Em 2013, fez a direção musical, os arranjos, e atuou como cantora e pianista, ao lado de sua irmã Mart'nália, no álbum "Carnavalança - Carnaval para Crianças", lançado pela Biscoito Fino. O disco conta com participações de grandes nomes da música brasileira, como Chico Buarque, Maria Rita, Martinho da Vila, Luiz Melodia, Paula Lima, Moyseis Marques e Evandro Mesquita.

 

A atriz

Luiza Loroza é atriz, poeta, cantora, produtora e diretora. Formada em nível médio, desde 2015, pela Escola de Atores Wolf Maya e graduanda em Artes Cênicas - Bacharelado em Atuação Cênica pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Em 2021, iniciou a carreira musical com o lançamento de “Pureza”, música composta por ela e seu pai, Sérgio Loroza. Está no elenco do espetáculo “Melhor faz tranças do mundo” e assina a direção, ao lado de Cris Moura, do espetáculo “O pequeno herói preto”. Em maio deste ano, lançou seu primeiro single como cantora. Durante os primeiros meses da pandemia, integrou o experimento cênico “Sarau possível”, realizou lives-show e performances pelo Instagram e criou cinco obras de videoarte do projeto “Black Dadaism” e do projeto “Casa 32”, dirigido por Dora Freind. Estreou no espetáculo “Jacksons do Pandeiro - o Musical”, da Barca dos Corações Partidos, com direção de Duda Maia, em temporada on-line e para a TV, no Canal Bis.

 

Ficha técnica

Texto, idealização e coordenação geral – Gisela de Castro

Direção e movimentação cênica – Natália Balbino

Atuação e canto – Luiza Loroza

Direção musical e trilha original – Maíra Freitas

Direção de Arte – Flávio Souza

Iluminação, montagem e operação de luz – Luiz Oliva

Consultoria de iluminação – Renato Machado

Confecção de figurinos – Cicero Balbino

Operação de Som – Raquel Lazaro

Intérprete de Libras – Jadson Abraão

Direção de fotografia (vídeos) – Caroline Lopez

Fotos – Sabrina da Paz

Direção de produção – Paula Sandroni

Assistente de produção – Camila Oliveira

Estagiária de produção – Julia Afonso

Programação visual e redes sociais – Gabriel Perelo

Assessoria de Imprensa – Sheila Gomes

Gestão empresarial – Julio Augusto Zucca

Realização – Zucca Produções

 

Serviço: “Preta de Ébano”

Duração – 60 minutos

Classificação etária - LIVRE

Teatro Glaucio Gill - Espaço da FUNARJ. 

Endereço: Praça Cardeal Arcoverde s/nº – Copacabana

Dias 8 e 9 de julho – exclusivamente para Projeto Escola agendado.

Dia 11 (domingo) – sessões às 14h e às 17h

Ingressos: R$ 20 (inteira) – R$10 (meia-entrada)

Venda de ingressos na bilheteria, que abre uma hora antes do espetáculo.

Seguindo o Protocolo de Segurança Sanitária da FUNARJ contra a Covid-19, o teatro está com capacidade total de apenas 30 lugares. Confira a disponibilidade de vagas, pois os ingressos são limitados.

Telefone da bilheteria: (21) 2332-7904

 

Vendas internet: https://www.sympla.com.br

 

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