Mujer Sabiá fest reúne cantoras de peso do cenário latino americano em torno de boa música e conversas engajadas

abril 08, 2021

Adriana Mezzadri, Anaí Rosa, Juliana Strassacapa (Francisco El Hombre), Victoria Saavedra e Fabiana Cozza aceitaram convite da cantora e compositora peruana Martha Galdos para participar do festival em formato inovador, que intercala diálogos relevantes com shows online.


Dias 15, 16 e 17 de abril, a internet será palco de um festival de sons e ideias, inédito no Brasil e no cenário sul-americano. Trata-se do MUJER SÁBIÁ FEST um evento cultural on-line que agrega música, reflexões e artes visuais, com o objetivo de oferecer ao público uma vivência baseada no intercâmbio dos “saberes musicais”, que compõem a identidade latino-americana, e a possibilidade de refletir sobre temas relevantes do atual contexto social.

O projeto junta artistas consagradas e emergentes, brasileiras e latinas, que transitam em vários cenários, musicais, compondo uma diversidade que alcança diferentes nichos de público e busca promover uma interação entre eles. O festival é parte da programação do ProAC Expresso LAB da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo (Lei Aldir Blanc).

Celebração da diversidade e da cultura

A iniciativa é da cantora e compositora peruana, radicada no Brasil, Martha Galdos, que idealizou um encontro com artistas engajadas e que desenvolvem em seu processo criativo temáticas voltadas à mulher, LGTBQIA+, afro latinidade entre outras abordagens contemporâneas - e necessárias na atualidade.

“Nosso propósito é levantar discussões importantes de uma forma sensível, no contexto de uma celebração da diversidade e da arte do eixo Brasil-América Latina”, diz Martha. Ela conta que o repertório de cada apresentação é único, com uma fusão de ritmos que vão de bolero, cumbia, coco, maracatu, salsa, xote, MPB, landó, festejo e valsa, até rock, pop, jazz, entre outros.

Rompendo com as barreiras da língua

MUJER SÁBIÁ FEST também cumpre o papel de provocar o público a buscar maior compreensão sobre as origens do povo latino, destacando similaridades e ancestralidades, acima das barreiras da língua. O formato dinâmico do MUJER SÁBIÁ FEST é outro diferencial. O evento reúne apresentações musicais, entrevistas de bastidor e depoimentos pré-gravados, permeados por intervenções artísticas criadas especialmente para a ocasião.

Segundo Martha Galdos, a intenção é valorizar e estreitar laços entre os povos irmãos da América Latina. “Queremos reforçar e empoderar uma identidade latino-americana permeada por histórias em comum e toda a miscigenação cultural que herdamos sob as influências africana, europeia e ameríndia, transpondo as fronteiras idiomáticas”, acrescenta.

Sábias e lendas

O nome do evento - MUJER SÁBIÁ FEST – é um jogo de palavras que “brinca” com as traduções de “sabiá”, a mulher que traz sabedoria, no espanhol, e, em português, nome dado a um pássaro, presente em diferentes países da América do Sul, conhecido pela beleza do canto (a palavra provém de ‘haabi’á’ - em língua tupi que significa “aquele que reza muito”).

Na internet, pelas redes sociais

Durante os três dias de realização, o festival será transmitido no Youtube. Todas as apresentações contam com um dueto no qual Martha Galdos faz participação especial. Valem destaque um pot-pourri de Luiz Gonzaga “Sábiá – Xote das Meninas” com Anai Rosa, “La Flor de la Canela de Chabuca Granda com Adriana Mezzadri, “La Jardinera” de Violeta Parra com Juliana Strassacapa e “2 de febrero”com a cantora colombiana Victoria Saavedra.

Teresa Fuller filha da compositora peruana Chabuca Granda que fez centenário de nascimento em 2020, e que também é autora de outros grandes sucessos como Fina Estampa (que foi trilha de abertura da novela homônima no Brasil), gravou depoimento especial para o espetáculo. Esse promete ser um dos pontos altos e emocionantes do festival.

Gravado em formato “ao vivo”, no estúdio Arsis na cidade de São Paulo, seguindo os protocolos de segurança definidos para o controle da Covid 19, MUJER SÁBIÁ FEST será ambientado com bastidores bordados com sabiás feitos pela brasileira Ana Luisa Maisonnave, cuja imagem está presente também na logo e cortina animada. Serão duas apresentações por dia, confira a agenda abaixo:

Serviço: Festival Mujer Sabiá


Quando:

15/04 - 18 às 21h

ADRIANA MEZZADRI (Peru)
ANAÍ ROSA (Brasil)
16/04 - 18 às 21h

JULIANA STRASSACAPA (Brasil)
VICTORIA SAAVEDRA (Colômbia)
17/04 - 18 às 21h

FABIANA COZZA (Brasil)
MARTHA GALDOS (Brasil)
Classificação indicativa: livre para todos os públicos.

 
Sobre as artistas envolvidas:

MARTHA GALDOS (Perú)



Martha Galdos tem onze anos de trajetória. Em seu primeiro disco, (Respiraré, 2016), traz uma pesquisa artística focada em visibilizar as pontes entre o eixo Brasil-Peru na história, cultura e música latino-americana. A artista tem parceiros fortes como o produtor paulistano Dante Ozzetti e a percussionista Simone Sou. Em março 2020 lançou o show “COLORES” no SESC São Paulo (24 de Maio), com projeções de obras tematizadas na ancestralidade latina do pintor peruano Enrique Galdos Rivas, pai da cantora. A artista faz parte da Temporada de shows online Colores através da Lei Aldir Blanc ProAC Expresso Lab, e está trabalhando em seu primeiro single e videoclipe no Brasil, da canção Aya T’ika, música inspirada no Rio Amazonas e a biografia da Chabuca Granda, resultado da parceria entre Dante Ozzetti e o letrista amapaense Joãozinho Gomes.

FABIANA COZZA (Brasil)



A paulistana Fabiana Cozza se destaca pela crítica como uma das importantes intérpretes da música brasileira contemporânea. Atuou em musicais com temática brasileira no início da vida artística, aprimorando sua expressão cênica e interpretação. Vencedora do Prêmio da Música Brasileira em 2012 e 2018, respetivamente “Melhor cantora de samba” e “Melhor CD de língua estrangeira”. Com três DVDs e sete albumes lançados, tem projeção no exterior e se apresenta ao lado de grandes personalidades do jazz internacional como o saxofonista Sadao Watanabe (Japão) em países como Israel, Alemanha, França, Canadá, EUA, Bulgária, Chile, Espanha, Portugal, Suécia. Mestra em fonoaudiologia, também é professora de canto e interpretação.

JULIANA STRASSACAPA (Brasil)



“Que um homem não te define. Sua casa não te define. Sua carne não te define. Você é seu próprio lar”. Na música “Triste, louca ou má”, a cantora e compositora Juliana Strassacapa da banda “Francisco, el hombre” expressa sua inquietação diante dos enquadramentos sociais aos quais as mulheres estão submetidas, e dos estereótipos que pesam sobre elas quando decidem rompê-los. (Paula Guimarães, Catarinas). Reconhecida integrante da banda Francisco, el Hombre, coletivo artístico mexicano-brasileiro com a qual lançou dois discos e alguns Eps, a artista se apresenta como não-binárie. Seu trabalho mais recente é a faixa “Duas Águas”, que convida ao mergulho em timbres e texturas vocais pintando a paisagem sonora em sua letra, em que Ju enaltece Bia comparando- a as potências e levezas das águas doces e salgadas.

ANAÍ ROSA (Brasil)



Anaí Rosa é uma cantora e instrumentista brasileira, formada em viola de arco e violino pela Unicamp. . Tem três álbuns gravados. Um deles, Anaí Rosa Atraca Geraldo Pereira, foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode de 2019. Ganhou vários prêmios como "Melhor Intérprete" em diversos festivais nas cidades do interior de São Paulo. Integrou a Orquestra Sinfônica de Campinas, sob regência do maestro Benito Juarez. Participou do grupo Soma, que se apresentava em várias cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais. Atuou também no grupo Farinha Seca

VICTORIA SAAVEDRA (Colômbia)


A cantora e compositora colombiana, Victoria Saavedra, radicada em São Paulo faz 10 anos, tem ganhado reconhecimento na cena musical paulistana pela sua versatilidade e carisma. Estre os seus projetos se destacam: Orquestra K, o espetáculo Mar Alto, em parceria com a dançarina Marina Abib, Candombá, a web série, Latinas. Dividiu palco e fez participações com: Samuca e a Selva, Luedji Luna, Anna Tréa, Mateus Porto, Ékò Afrobeat, Quimbará, Barroso, entre outros. Victoria, que já possui na sua discografia o elogiado e contemplativo, Remanso entre Raízes (2017). Em junho de 2020 a cantora reaparece com, “Peripécias”, primeiro single do seu segundo álbum e que tem previsão de estreia para inícios de 2021. Este trabalho conta com a produção de Adrian Sabogal (COL), Pedro Dona (BR) e será lançado pela YB.

ADRIANA MEZZADRI (Perú-Brasil)


Adriana Mezzadri é uma cantora e compositora peruana, filha de pai brasileiro e mãe peruana, que vive no Brasil desde a adolescência. Seu maior sucesso é a canção Marcas de Ayer, que foi tema da telenovela O Clone, mas tem trabalhos incluídos nas trilhas sonoras de outras produções importantes como a minissérie A Casa das Sete Mulheres e o filme Olga. Iniciou carreira cantando em zarzuelas (operetas espanholas) e eventos religiosos no Peru antes de fixar residência no Brasil aos 16 anos de idade. Participou de musicais de Oswaldo Montenegro e cantou com Jorge Bem Jor em discos e shows. O seu primeiro cd solo, "Marcas de Ayer", foi gravado em Los Angeles, pelo produtor americano KC Porter e o brasileiro Luiz Carlos Maluly, ambos premiados pelo Grammy Latino. Convidada para representar o Brasil no festival internacional de Música Budista em Taiwan, compôs a música “Primavera Iluminada”, baseada num poema do Mestre Hsing Yün. Sendo premiada como melhor intérprete. Durante o concurso, recebeu convite para se apresentar em Johannesburg, África do Sul, onde permaneceu até o fim do ano. Em 2006, “Primavera Iluminada” foi escolhida como homenagem ao Dalai Lama, durante uma palestra dele no Brasil.

ANA LUISA MAISONNAVE (Brasil)


Ana Luisa Maisonnave vive em São Paulo por opção e pelas voltas da vida.

Cresceu em Foz do Iguaçu, no Paraná, em meio às culturas múltiplas da fronteira Brasil, Paraguai e Argentina e ao lado da pungência de umas das sete maravilhas naturais do mundo, as Cataratas do Iguaçu. Desde sempre a natureza motivou suas escolhas, estudou Biologia na Universidade de São Paulo e mais tarde Ilustração da EBAC, Escola Britânica de Artes Criativas. A arte tomou parte preponderante da sua vida e trouxe a possibilidade de convergir suas paixões e estender tantos assuntos dissonantes. As mulheres sempre foram uma constante em seu trabalho. Trabalhou com ilustração científica, pintou painéis, ilustrou livros, sempre experimentando técnicas e tendo a natureza como norte.

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