ABRAPE comemora aprovação final de projeto que auxilia setor de eventos de cultura e entretenimento
abril 09, 2021Depois de sofrer mudanças no Senado, PL que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos - PERSE, foi aprovado nesta quarta (7) pela Câmara dos Deputados. "Foi uma grande vitória para o segmento", destaca Caramori Júnior. empresário e presidente da ABRAPE.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta (7), depois de sofrer mudanças no Senado, o Projeto de Lei que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos - PERSE. A iniciativa, que é essencial para a sobrevivência do segmento mais afetado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), é resultado direto da mobilização organizada pela Associação Brasileira de Promotores de Eventos (ABRAPE). “Associados em todo o país fizeram um intenso trabalho de conscientização dos parlamentares da Câmara e do Senado sobre a importância do projeto. Foi uma grande vitória para o segmento”, destaca Caramori Júnior. empresário e presidente da ABRAPE.
¨Além disso, o empenho do deputado Felipe Carreras (PSB-PE), autor do projeto, e das relatoras na Câmara, a deputada Renata Abreu (PODE-SP), e no Senado, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), foram essenciais para o sucesso da aprovação em regime de urgência. Saliento, também, a sensibilidade dos presidentes das duas Casas, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) o deputado Arthur Lira (PP-AL), em não medir esforços para que o PL se tornasse realidade”, pontua o empresário e presidente da ABRAPE. Doreni e o setor aguardam agora a sanção presidencial.
Cerca de seis milhões de brasileiros podem ser beneficiados pelo PERSE. Este é o número aproximado de trabalhadores envolvidos no hub setorial da cadeia no País, que abrange 52 ramos de negócios em aproximadamente 640 mil empresas e 2,2 milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs), como, por exemplo, donos de barraquinhas de comida, eletricistas, técnico de som e luz etc.
Desde o início da pandemia, 335.435 empregos formais, composto por operadores turísticos e agências de viagem, aluguel e montagem de estruturas para eventos, hospedagem, segurança privada e serviços gerais e de limpeza foram extintos só no setor de eventos. O número passa de 450 mil se entrarem no cálculo os trabalhadores indiretos. “Precisamos que os empreendedores e as empresas estejam vivas para conseguir retomar as suas atividades no momento em que as condições epidemiológicas permitirem”, afirma o empresário que preside a ABRAPE.
Versão final A versão final do PERSE alterada no Senado e aprovada pela Câmara aperfeiçoou aspectos como o refinanciamento das obrigações fiscais, não fiscais e FGTS, o crédito para sobrevivência das empresas e a desoneração Fiscal. Dois tópicos como os que tratam do cancelamento e adiamento de reservas e eventos e da manutenção de empregos foram excluídos do PL. O primeiro já foi atendido pelo governo, que editou recentemente uma Medida Provisória estendendo o regramento das relações de consumo até dezembro de 2022 e o segundo, com vem sinalizando o Governo Federal, deve ser tema de uma nova MP em breve.
No tópico que trata sobre o refinanciamento das obrigações fiscais, a versão final do PERSE permite a redução de até 70% no débito todo (e não só nas multas e juros) e a possibilidade de parcelamento em até 145 meses, para empresas ligadas à entidades de representação coletiva como a ABRAPE. No que diz respeito ao crédito para sobrevivência das empresas, direciona pelo menos 20% dos recursos do novo Programa Nacional de Apoio às Microempresas (Pronampe) exclusivamente para aquelas atendidas pelo PERSE.
Além disso, cria um programa de garantias, que vai utilizar recursos oriundo das cotas da União no FGI para garantir as operações de crédito das empresas que não puderem aderir ao Pronampe (50% dessa garantia será exclusivamente para operações dos setores que fazem parte do PERSE) e estende a validade das certidões negativas para abranger o setor, que não conseguiu cumprir com tributos e parcelamentos vencidos no período da pandemia.
Sobre a desoneração fiscal, o texto manteve a proposta de isentar as empresas atendidas pela PERSE de pagar os tributos federais (PIS, PASEP, COFINS, IRPJ e CSLL) por 5 anos.
Sobre a ABRAPE
Criada em 1992 com o propósito de promover o desenvolvimento e a valorização das empresas produtoras e promotoras de eventos culturais e de entretenimento no Brasil, a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos - ABRAPE tem, atualmente, 450 associados, sediados em todos os Estados da Federação, que são verdadeiros expoentes nacionais na oferta de empregos diretos e indiretos e na geração de renda, movimentando bilhões de reais anualmente. A entidade congrega as principais lideranças regionais e nacionais do segmento, tem no portfólio de associados empresas como a Live Nation, Opus Entretenimento, T4F e mega eventos, como o Festival de Verão de Salvador e a Festa do Peão de Boiadeiros de Barretos.
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