Black Friday ou Black Fraude? Site descobre pegadinhas e falsas promoções
novembro 20, 2020Basta inserir o link do produto em oferta para que o sistema o avalie e traga informações úteis sobre preços, histórico e custo total do item
A poucos dias da Black Friday no Brasil, que acontecerá no próximo dia 27, em um ano atípico para o comércio eletrônico e para o consumo, a Black Friday que já uma das datas mais importantes para o e-commerce brasileiro, projeta um ano histórico com previsão de 27% crescimento, de acordo com levantamentos realizados pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e pela consultoria Ebit/Nielsen.
Um outro dado interessante, é que 62% dos consumidores brasileiros pretendem comprar na Black Friday 2020, segundo levantamento produzido pelo site Reclame Aqui com 2,5 mil consumidores entre os dias 28 de outubro e 4 novembro, o que reforça a expectativa dos varejistas para a data.
A data que é importada da tradição norte-americana cresce ano após ano no país, e já é considerado um dos principais eventos de compras no Brasil, tanto para o comércio eletrônico quanto para o varejo físico.
As lojas estão cada vez mais amadurecidas, e lutam para abandonar o apelido de “Black Fraude”, termo dado pelos consumidores para as lojas que praticam a maquiagem de preços, prática também conhecida como “metade do dobro”, que consiste em aumentar os preços antes da data do evento para depois baixá-los de forma proposital.
Mesmo que tal prática tenha diminuído com o passar dos anos, o problema continua em grande parte das lojas e ainda incomoda o consumidor, pensando nisso, ferramentas como a Black ou Fraude, desenvolvida pelo Reduza especialmente para a semana da Black Friday, ajudam o consumidor a identificar falsas promoções e evitar prejuízos. Segundo uma pesquisa recente realizada pelo Reclame Aqui, que conversou com mais de 3.000 consumidores, apenas 4,07% dos entrevistados confiam plenamente na Black Friday, outros 95,93% confiam parcialmente ou não confiam.
Já um levantamento realizado pelo Procon-SP sobre a Black Friday de 2018, a maquiagem de preço foi o principal problema reportado pelos consumidores com 145 denúncias (30,33%).
Produto/serviço oferecido não disponível (19,87%), mudança de preço ao finalizar a compra (18,20%), pedido cancelado pela empresa após finalização da compra (16,53%), site intermitente (6,69%) e sites que não permitem pagamento via boleto bancário ou débito em conta (1,67%). Esses dados sinalizam a importância do uso de ferramentas para comparar e monitorar preços antes de fechar uma compra, porém o Brasil é um país gigante e a grande pegadinha pode estar além do preço do produto, o valor do frete por exemplo, pode representar até 40% do valor da compra e variar em até 400% de uma loja para outra.
Outro cuidado importante é com a forma de pagamento, onde a maioria dos comparadores apontam o menor preço para o valor à vista, o que pode confundir o consumidor e fazê-lo pagar mais caro ao finalizar a compra, caso queira comprar de forma parcelada.
O Black ou Fraude do Reduza faz uma análise completa das possíveis promoções, comparando preços nas diferentes formas de pagamento (à vista e parcelado), histórico dos últimos 60 dias e valor do frete, para determinar o preço final da compra para o CEP do consumidor, pois uma super oferta não necessariamente é o menor preço se considerarmos o valor da entrega, principalmente para consumidores que estão fora do eixo Rio-São Paulo, onde o frete para um eletrodoméstico pode custar até R$ 500 ou mais.
Por fim, o site testa automaticamente milhares de cupons de desconto, para descobrir preços até 30% mais baratos que nos comparadores de preços tradicionais.
Além da maquiagem de preço outro problema grave em época de Black Friday são os golpes através de falsas promoções que aparecem por e-mail ou em redes sociais, é cada vez mais comum, propagandas com preços impraticáveis, que chamam a atenção e levam para páginas clonadas das lojas, que são sites falsos usados para dar golpes ou roubar dados bancários, prática também conhecida como phishing.
O Black ou Fraude, faz uma análise da URL para identificar se trata-se do site oficial da loja, ou se pode ser um site clonado por criminosos que pode leva-lo a um golpe.
O uso da ferramenta é bem simples, basta copiar o link do produto da loja que anunciou a promoção, colar no site Black ou Fraude (https://www.reduza.
Outro recurso interessante é o sistema de alerta de preço e frete grátis, que pode ajudar o usuário a monitorar um determinado produto para comprar na Black Friday ou no Natal.
Para Alessandro Fontes, co-fundador da startup “a informação e o planejamento são os grandes aliados do consumidor, tanto na Black Friday, quanto em outras datas. Então compare, monitore e principalmente use cupons de desconto para economizar ainda mais”.
“Todo cuidado é pouco, principalmente em época de Black Friday”, afirma Lucas Pelegrino, co-fundador do site e responsável pela tecnologia da empresa, e que listou algumas dicas fundamentais de segurança para fugir desse tipo de prática.
1. Desconfie de preços muito baixos:
Viu uma promoção incrível no Facebook, Instagram ou em seu e-mail?
Cuidado, o preço é o primeiro sinal para esse tipo de golpe, que geralmente oferece produtos incríveis com preços praticamente impossíveis, que na Black Friday pode confundir o consumidor e levá-lo a um prejuízo.
2. Confira o link/URL destino da promoção;
Ao abrir o anúncio, faça uma análise da URL, que é o link que te levou ao site da promoção. Veja se realmente é o domínio oficial da loja em questão, na dúvida acesse o site da loja diretamente ou através do Google e pesquise pelo item da promoção.
Se for uma loja que não é popular, faça buscas nas redes sociais, sites de reclamações, lista do Procon, ligue na loja e na dúvida não compre, prefira sites confiáveis que você já conhece e que são mais populares.
3. Confira o nome da página ou perfil que divulgou a promoção;
É muito comum esse tipo de golpe o anúncio partir das redes sociais que tentam remeter ao nome da loja, ou nome de uma promoção. Então fique de olho e veja se é a página ou perfil oficial da loja que está anunciando.
4. O “cadeadinho verde”, ou HTTPS, não é garantia de segurança nesses casos;
Muito se ensina sobre sites seguros na internet, e para a importância de comprar em sites com selos de segurança, que na verdade garantem sigilo dos dados e não se o site é confiável, inclusive muitos desses sites clonados já trazem URL’s com protocolos “https://”, que é importante mas não garante se você está em um site confiável, por isso fique ligado nas dicas anteriores também.
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